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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Carta aos Novos Crentes


Carta aos
Crentes Novos

Amigo, chegas agora,
Do mundo de sombra e dor,
Para o banquete sublime
De luz do Consolador.

Já sei que sentes o fogo
Da crença e da devoção,
Desejando desdobrar
O esforço de salvação.

Vibra na paz de tua alma
O desejo superior,
De espalhar em longos jorros
A fonte de teu amor.

Mas, ouve. Acalma a ansiedade,
Porque no mundo infeliz,
Cada qual tem sua chaga
Em vias de cicatriz.

Nesse número de enfermos,
Não te esqueças de contar
Os próprios irmãos do sangue
Que o céu te manda ajudar.

Todo esse fogo da fé
Não desperdices a esmo,
Busca aplicar-lhe o calor
Na perfeição de ti mesmo.

Tão grande é o penoso esforço
Da última redenção,
Que não basta uma só vida
Pela própria conversão.

Acham muitos que a doutrina,
Para ensinar ou vencer,
Precisa de certos homens
Dos galarins do poder.

Mas, eu suponho o contrário.
Em seu anseio de luz,
O homem é que precisa
Da doutrina de Jesus.

Em se tratando de crenças
Nunca venhas a olvidar
Que o sol nunca precisou
Dos homens para brilhar.

Fala pouco. Pensa muito.
Sobretudo, faze o bem.
A palavra sem ação
Não esclarece a ninguém.

Não guardes muita ansiedade,
Se o Evangelho te conduz.
Lembra que dura há milênios
A esperança de Jesus.

de Casimiro Cunha
  por Chico Xavier  
Reformador  12.1938


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