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quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Verbo Divino


O Verbo Divino                   

         1,1 No princípio era o verbo e o verbo estava junto de Deus e o verbo era Deus. 1,2 Ele estava no princípio junto de Deus. 1,3 Tudo foi feito por Ele, e ,sem Ele nada foi feito. 1,4 Nele havia vida e a vida era a luz dos homens.   1,5 A luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam. 1,6     Houve um homem, enviado de Deus, que se chamava João. 1,7 Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. 1,8 Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. 1,9  O verbo, a luz verdadeira, a luz que ilumina todo o homem, estava para   vir ao mundo. 1,10 Ele estava no mundo e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não o reconheceu. 1,11    Veio para o que  era  Seu,  mas  os  Seus não o receberam. 1,12   Mas, a todos aqueles que O receberam, aos que creem no Seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, 1,13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim da vontade de Deus. 1,14 E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que um Filho  recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. 1,15 João dá testemunho Dele, e exclama: -Eis aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim. 1,16  Todos nós recebemos da sua plenitude, graça por graça.  1,17   Pois se a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Cristo. 1,18 Ninguém, jamais, viu a Deus, O Filho, que está no seio do Pai, foi quem o revelou.                      

        Tomemos “Emmanuel”, de Emmanuel por Chico Xavier:
           
            “Nenhuma expressão fornece imagem mais justa do poder d’Aquele a quem todos os espíritos da Terra rendem culto do que a de João, no seu Evangelho - “No princípio era o verbo... ”
            Jesus, cuja perfeição se perde na noite imperscrutável das eras, personificando a sabedoria e o amor, tem orientado todo o desenvolvimento da Humanidade terrena, enviando os seus iluminados mensageiros, em todos os tempos, aos agrupamentos humanos e, assim como presidiu à formação do orbe, dirigindo, como Divino Inspirador, a quantos colaboraram na tarefa da elaboração geológica do planeta e da disseminação da vida em todos os laboratórios da Natureza, desde que o homem conquistou a racionalidade, vem-lhe fornecendo a idéia da sua divina origem, o tesouro das concepções de Deus e da imortalidade do espírito, revelando-lhe, em cada época, aquilo que a sua compreensão pode abranger.
            Em tempos remotos, quando os homens, fisicamente, pouco se dissemelhavam dos antropopitecos,* suas manifestações de religiosidade eram as mais bizarras, até que, transcorridos os anos, no labirinto dos séculos, vieram entre as populações do orbe os primeiros organizadores do pensamento religioso que, de acordo com a mentalidade geral, não conseguiram escapar das concepções de ferocidade que caracterizavam aqueles seres egressos do egoísmo animalesco da irracionalidade. Começaram aí os primeiros sacrifícios de sangue aos ídolos de cada facção, crueldades mais longínquas que as praticadas nos tempos de Baal, das quais tendes notícia pela História.”
            “Vamos encontrar, historicamente, as concepções mais remotas da organização religiosa na civilização chinesa, nas tradições da Índia védica e bramânica, de onde também se irradiaram as primeiras lições do Budismo, no antigo Egito, com os mistérios do culto aos faraós, na Grécia com os ensinamentos mitológicos, existindo já grandes mestres, isolados intelectualmente das massas, a quem ofereciam os seus ensinos exóticos, conservando o seu saber de iniciados no círculo restrito daqueles que os poderiam compreender devidamente.”
            “Fo-Hi, os compiladores dos Vedas, Confúcio, Hermes, Pitágoras, Gautama, os seguidores dos mestres da antigüidade, todos foram mensageiros de sabedoria que, encarnando em ambientes diversos, trouxeram ao mundo a idéia de Deus e das leis morais a que os homens se devem submeter para a obtenção de todos os primores da evolução espiritual. Todos foram mensageiros da sua doutrina de amor. Em afinidade com as características da civilização e dos costumes de cada povo, cada um deles foi portador de uma expressão do “amai-vos uns aos outros”. Compelidos, em razão do obscurantismo dos tempos, a revestir seus pensamentos com os véus misteriosos dos símbolos, como os que se conheciam dentro dos rigores iniciáticos, foram os missionários do Cristo preparadores dos seus gloriosos caminhos. ”

Nota do blogueiro:
* Antropopiteco - Andróide, animal fóssil intermediário entre o macaco e o homem.


            Para  Jo (1,5), -A luz resplandece nas trevas... - leiamos “Fonte Viva” , de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Não te aflijas porque estejas aparentemente só no serviço do bem.
            Jesus era sozinho, antes de reunir os companheiros para o serviço apostólico. Sozinho, à frente do mundo vasto, à maneira de um lavrador, sem instrumentos de trabalho, diante da selva imensa...
            Nem por isso o Cristianismo deixou de surgir, por templo vivo do amor, ainda hoje em construção na Terra, para a felicidade humana.
            Jesus, porém, não obstante conhecer a força da verdade que trazia consigo, não se prevaleceu da sua superioridade para humilhar ou ferir.
            Acima de todas as preocupações, buscou invariavelmente o bem, através de todas as situações e em todas as criaturas.
            Não perdeu tempo em reprovações descabidas.
            Não se confiou a polêmicas inúteis.
            Instituiu o reinado salvador de que se fizera mensageiro, servindo e amando, ajudando sempre e alicerçando cada ensinamento com a sua própria exemplificação.
            Continuemos, pois, em nossa marcha regenerativa para a frente, ainda mesmo quando nos sintamos a sós.   
            Sirvamos ao bem, acima de tudo, entretanto, evitemos discussões e agitações em que o mal possa expandir-se.
            Foge a sombra ao fulgor da luz.
            Não nos esqueçamos de que milhares de quilômetros de treva, no seio da noite, não conseguem apagar alguns milímetros da chama brilhante de uma vela, contudo, basta um leve sopro de vento para extingui-la.”



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