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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Diário de uma criança que não nasceu...



Diário
de uma criança
que não nasceu


M. Schwab
Reformador(FEB), pág. 66 -  03.1959
               
15 de Outubro -     
Hoje teve início a minha vida. Papai e mamãe não o sabem. Eu sou menos que a cabeça de um alfinete; contudo, sou um ser independente. Todas as minhas características físicas e psíquicas estão já determinadas. Por exemplo, eu terei os olhos do papai, os cabelos castanhos ondulados da mamãe. E isso também é certo - eu sou uma menina.
19 de Outubro -   
Hoje, começa a abertura da minha boca. Dentro de um ano poderei sorrir, quando os meus pais se inclinarem sobre o meu berço. A minha primeira palavra será mamãe.
P.S. - Seria verdadeiramente ridículo afirmar que eu não sou um ser humano na minha essência, mas somente uma pele de minha mãe.
25 de Outubro -    
O meu coração começou a bater. Ele continuará a sua função sem jamais parar, sem descansar, até o fim da vida. De fato, isto é um grande milagre!
2 de Novembro -     
Agora nas minhas mãos estão despontando as unhas. Com minhas mãos apoderar-me-ei do mundo e participarei das fadigas dos homens.
20 de Novembro -  
Hoje, pela primeira vez, minha mãe percebeu pelo seu coração que me traz em seu seio. Quem sabe sua grande alegria!
28 de Novembro - 
Todos os meus órgãos estão completamente formados. Eu estou muito grande.
12 de Dezembro -                                                                                                                                               Crescem-me os cabelos e as sobrancelhas. Oh! como ficará contente minha mãe com sua filhinha.
13 de Dezembro -      
Logo mais poderei ver. Porém os meus olhos estão ainda costurados com um fio. Luz, cor, flores... como deve ser magnífico! Sobretudo, enche-me de alegria o pensamento de que poderei ver minha mãe... Oh! Se eu não tivesse que esperar tanto tempo! Ainda mais de seis meses...
24 de Dezembro -                                                                                                                                        O meu coração está pronto. Deve haver crianças que nascem com o coração defeituoso. Neste caso precisam sujeitar-se a delicadas intervenções cirúrgicas para corrigir os defeitos. Graças a Deus, o meu coração não tem anomalia alguma e eu serei uma menina cheia de vida e de força. Todos ficarão alegres com meu nascimento.
28 de Dezembro -                                                                                                                                    Hoje, Minha Mãe Me Assassinou!
(Extraída da Seção Católica de “O  Jornal”,  de 14 de Setembro de 1958.)        





Aborto Não!

Josiel
(Mensagem recebida no Grupo Espírita Fabiano, RJ,
em junho de 1991, pelo médium Jorge Caldas.)
Reformador (FEB) Setembro 1993

                Imaginaste que tuas lágrimas só tiveram por companhia o silêncio da noite espessa.
                Pensaste que ninguém ouvia os reclamos de tua alma, os gritos do teu coração.
                Permaneceste alimentando revolta  e insatisfação, aumentando o caudal de tuas emoções em desequilíbrio.
                Planejaste exterminar o entezinho que se abrigava em teu seio, sem que ninguém soubesse.
                Admitiste a impossibilidade de seres mãe por tua própria iniciativa.
                Uma amiga sim. Ela seria a salvação. Já conhecia os trâmites que lhe permitiram quatro abortamentos. Sim. A amiga será a salvação.
                Minha filha, queremos dizer-te que o que tens pensado e desejado realizar só aumentará os teus tormentos.
                Não creias que um filho atrapalhará a tua vida.
                Antes, será ele que no futuro te dará ânimo e sustento, amparo e proteção.
                Não coloques obstáculos.
                Não impeças a manifestação da vontade divina que se dignou premiar-te, oferecendo-te a guarida de um entezinho que, se hoje te pede carinho e amizade, compreensão e socorro, amanhã te recompensará por todo o bem que fizeres.
                Não, o aborto não é solução, antes a complicação!
                Muitas mulheres na atualidade deploram o ministério da maternidade, esquecidas de que ser mãe é ser cooperadora de Deus no santificado mister da procriação; outras derramam lágrimas de sangue por se verem impossibilitadas de gerar; outras, contudo, alegram-se, felicitam-se por abrigarem na intimidade de seu ventre um ser que crescerá e se engrandecerá para as glórias da vida.
                Pense um pouco, minha filha, ainda é tempo de evitares o crime nefando que alimentas na casa mental, onde teus pensamentos aparentemente inaudíveis são facilmente detectados por nós, os amigos de Jesus, que nos esforçamos para evitar o infanticídio que se generaliza na Terra, abrigado nas malhas do materialismo e amparado por interesses inconfessáveis.
                Pensa nisso, filha. Tu também, todos nós, um dia prestaremos contas a Deus de tudo o que fizemos e do que deixamos de fazer.
                Aborto não! Vida sim! Desde a menor expressão do ser que se liga à futura mãe, até o anjo que se evola ao céu, a vida é de Deus e só Ele tem o poder de dá-la ou tirá-la. 


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