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domingo, 17 de junho de 2012

Ocaso Divino



Ocaso Divino JUN 17

         Depois destas palavras, levantou Jesus os olhos ao céu e disse: “Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho te glorifique. Deste-lhe poder sobre todos os homens, a fim de que dê a vida eterna a todos os que lhe confiaste. A vida eterna, porém, é esta: Conhecer-te a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste. Glorifiquei-te sobre a terra. Levei a termo a obra que me deste a fazer. Glorifica-me, pois, agora contigo, Pai, com aquela glória que eu tinha em ti, antes que houvesse mundo.           João 17,  2 ss



                Vai o sol submergir nas brumas do ocaso...

            Vai se extinguir a sua luz benéfica...

            Vai a “luz do mundo” abismar-se nas trevas de atroz martírio...

            Mas, antes de se afundar nesse oceano de dores e opróbrios, concentra mais uma vez os seus fulgores e, num ímpeto de saudades e amor, derrama sobre a terra crepuscular os derradeiros clarões sanguíneos do dia agonizante...

            “Pai, é chegada a hora...”

            “Glorifiquei-te...”

            “Levei a termo a obra que me deste...”

            Bem aventurado o mortal que, no limite extremo da vida, pode repetir estas palavras do divino apóstolo e mártir: “Pai, cumpri a obra de que me incumbiste!... Glorifiquei-te sobre a terra...”

            E lá das regiões da eterna luz ecoará uma voz suavíssima dizendo: “Glorificar-te-ei, meu filho... Vem... Entra no gozo do teu Senhor...”


           
Huberto Rohden
in “Em Espírito e Verdade”
Edição da Revista dos Tribunais, SP – 1941  



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