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segunda-feira, 30 de maio de 2011

33 Trabalhos do Grupo Ismael



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SESSÃO DE 3 DE JANEIRO DE 1940


Comunicação final,  sonambúlica


            Dada, pelo Espírito de um jovem medico recém-desencarnado, com o objetivo de confortar sua pobre mãe acabrunhada pela dor de o haver perdido.


            Sua consternação ao chegar no Além. – Beneficio que estão colheu da leitura, que aqui fizera, da obra  ‘’O problema do ser, do destino e da dor’’. – Seu despertar para a compreensão da vida. – Razão de ser da sua desencarnação tida por prematura. –  Exortações que dirige à que fora sua mãe, para compreender, na dor que a feriu, a excelsitude das bênçãos divinas. – Para que ela compreenda a derrocada dos planos materiais que concebera e renda graças a deus a louvores à sua justiça. – Causa única da sua mágoa, da sua tristeza.


Médium: J. CELANI


            Boa noite. No trigésimo dia do meu trespasse, tive a ventura de ser lembrado por este irmão, que me colocara nas mãos um livro orientador, quando eu ainda cursava as aulas da Faculdade, preparando a minha inteligência para me dedicar ao sacerdócio da medicina. Vencida a etapa dos estudos, quando encaminhava a minha vida para, de certa forma, recompensar os sacrifícios enormes que fizeram meus pais, paupérrimos, eis que aquilo que as criaturas humanas denominam ‘’Parca’’ me ceifou a existência terrena.
            Cai no espaço infinito, consternado com o ver por terra as aspirações máximas do meu espírito, grato aos que me ampararam na minha encarnação. A confusão porém, dos primeiros tempos sucedeu a lembranças da leitura desse monumento que se chama . – ‘’O Problema do Ser, do Destino e da Dor’’. A figura que encontro para explicar a transformação que então se operou no meu estado da alma é a de uma criatura que, presa num ambiente de trevas, o vê subitamente banhado de intensa caridade.
            O meu espírito despertou e compreendeu a vida, a razão de ser do meu esforço, a minha inclinação para os sofredores, dedicação que dispensava aos infelizes apanhados na via pública. Tudo isso era resgate do passado, tudo era desvio à propensão do meu espírito para as ascensões maiores que lhe competia realizar, a fim de conseguir o equilíbrio intelectual e moral. Essa a razão por que, num hospital, à beira do leito de um sofredor, é que fui contrair o vírus que deu causa ao meu trespasse, deixando tomada de tristeza, de desânimo, de desesperança aquela que foi minha mãe na terra.
            Sou um desconhecido para todos vós, menos para este por quem falo, e venho rogar-vos lhe peçais seja o transmissor destas palavras à minha pobre mãe.
            Que ele procure compreender, na dor que a feriu, a excelsitude das divinas bênçãos. Que ela adquira a certeza de que vivo, pois que lhe falo, e sentirá o bafejo do meu espírito a consolá-la para vencer os últimos lanços da estrada que lhe cumpre percorrer. Que não lamente o não ter mais a satisfação de ouvir os louvores que lhe faziam ao filho querido, ao seu talento, à sua dedicação, à sua modéstia. Tudo isso nada vale, só tinha razão de ser no passado do meu espírito, nas conquistas que realizara e nos cabedais que soube guardar, para lhe servir quando fosse necessário.
            Que ela, enfim, compreenda a derrocada dos planos materiais que assentavam em meus futuros triunfos no campo da medicina e renda graças a Deus e louvores à sua justiça imanente e soberana, porque, a todo espírito que se emancipa das contingências terrestres e se torna consequentemente liberto, não faltam consolações, nem esperanças novas, a substituir as que ele depositava num ideal sonhado e que a morte fez fenecessem.
            Eu vos agradeço e mais ainda a este amigo que me deu ânimo, que me estendeu a mão e aqui me trouxe, penalisado da minha tristeza, na minha mágoa por não poder consolar uma criatura inconsolável, que só sabe chorar e afligir-se, porque ainda não compreende o amor.
            Agradeço do fundo da alma o me haverdes admitido em vosso meio para ditar estas palavras que espero toquem o coração de minha mãe e a façam mais feliz, mais agradecida ao nosso Criador e Pai. Obrigado. – Oswaldo.

*

Comunicação final,  sonambúlica


Refere-se à comunicação acima e fala do Espírito que a deu. - Necessidade de velar o Grupo pela educação e preparação dos médiuns. 


Médium: J. CELANI


            Paz, meus companheiros.
            Este filho de Deus acompanhou o médium, a quem vem seguindo há muitos dias. Conheceu-o ai na terra e valeu-se disso para dar arras aos seus sentimentos filiais.
            E’ um Espírito feliz, elevado e culto ao qual vós, no exercício da vossa tarefa, prestastes uma caridade que muito bem lhe fará.
            Que Deus vos abençoe feliz, conforme e alente, para o desempenho de outras tarefas semelhantes.
            Afervorai os vossos sentimentos educai-os à luz dos ensinos do Messias, para receberdes mais e mais.
            Velai pela educação dos médiuns, pela sua preparação, para que possam ser interpretes fieis dos Espíritos que vos procurem para aprender, ou para vos instruir nos preceitos da Doutrina, mediante a exemplificação do estado de alma em que se encontram.
            Eis as minhas palavras de encerramento do vosso estudo de hoje.
            Paz fique convosco . – Bittencourt.











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