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sábado, 14 de maio de 2011

08 / 10 Os primeiros 400 anos


08/10

3º Século         Basílio de Cesaréia e Gregório Nazianzeno
            No século III, instituem o culto aos santos. Emmanuel em Reformador de 16.06.1934.

            Juliano, o Apóstata
            Flavius Claudius Julianus
           Bispo de Halicarnasso, integrante de uma facção do monofisismo, surgido nos princípios do século III.
         A facção de Juliano, porém, só se identificou no século seguinte, com a defesa do corpo aparente de Jesus.
            Afirma Luciano dos Anjos (15):
            “Discordando quanto à natureza do corpo de Jesus, afirmava, então, que era fazer injúria à sua divindade supor que o verbo se unira a uma carne terrestre e corruptível como aquela dos homens ‘animalizados’ e ‘malcheirosos’. O Cristo, em sua passagem pela Terra, tivera o seu corpo sempre incorruptível, como aquele de Adão antes da queda, e igual àquele que os outros o crêem ter tomado após a ressurreição; foi sempre isento da corrupção e das enfermidades, bem como da punição do pecado.”

            Veio da Ásia central a peste que devastou o mundo romano no século 3º d.C. causando centenas de mortes diariamente.

            No século III, diz Zêus (8),
            “Dos Monarquianos ou Teodocianos, seita fundada por Teodoto, o Banqueiro, derivou-se um ramo que, baseando-se nas palavras dos Salmos “-vós sois sacerdote, segundo a ordem de Melquisedec” nelas julgou ver uma razão peremptória contra a origem superior de Jesus. Colhendo dados, no Velho e em o Novo Testamentos, que pudessem estabelecer que Melquidesec devia ser colocado acima de Jesus, concluíram não ser o rei de Salem um homem como os demais, que era superior ao próprio Jesus, pois que este tivera princípio e morrera. Melquisedec, elevado então a primeiro pontífice da sacerdócio eterno, tornou-se o objeto de culto daqueles homens, erigido no verdadeiro mediador entre os homens e Deus. Constituiu-se, assim, a chamada seita dos Melquisedequianos.”

305      Diocleciano abdica. Maxêncio tenta usurpar o poder de Constantino. “Durante a luta, ele (Maxêncio) vê nos céus a cruz e as célebres palavras ‘in hoc signo vinces’- ‘Com este sinal vencerás’. Coloca-as em seu estandarte e, vitória sobre vitória, chega a Roma, em 312, suspendendo imediatamente as perseguições.” Aclara-nos Luciano dos Anjos (7).

311       30 de Abril          
            O Edito de Milão (Ou da Tolerância) concede tolerância ao Cristianismo no Império Romano isto é, deu liberdade religiosa e a igualdade de direitos para os cristãos - Denuo Christiani Sint -, a devolução dos bens expropriados à Igreja, a abolição do culto estatal., a guarda do domingo, isenta o clero de impostos, dá fim a crucificação, combate heresias, etc.

312      Morre Maxêncio, em Roma.

314      Concílio de Arles
            Foi o primeiro convocado oficialmente por um imperador e visou regular o cisma donatista. Engel-Rémy (18).

323      Pacômio funda o primeiro mosteiro no vale do rio Nilo.
            Monasticismo,  pela Enciclopédia Folha: (9)
         Termo relativo aos hábitos, à vida e às doutrinas que se organizavam em comunidades religiosas ou instituições destinadas à prática ou coletiva ou individual do ascetismo.
            O monasticismo foi importante para o cristianismo desde seus primórdios, evoluindo desde o ascetismo praticado no século 3º por fiéis que fugiam da perseguição romana nos países do Mediterrâneo em direção ao deserto egípcio, onde procuravam a união com Deus.
            O monasticismo cristão originou-se no Egito e na Síria, nas remotas comunidades eremitas do deserto. Depois de Pacômio (c.292-346) fundou a primeira comunidade organizada em Tabennisi, no Egito, o monasticismo cristão espalhou-se rapidamente pela Europa Ocidental, através da regra de Sto. Basílio (c.330-379), que enfatizava a difusão da liturgia, e pela Europa ocidental, através da regra de Sto. Bento, de reverência e trabalho cuidadosamente regulados. No século X, as grandes ordens monásticas haviam evoluído.
            A ordem de Cluny, na França (fundada em 909), construiu uma série de mosteiros, que se estenderam pela Europa, todos sob o controle direto dos poderosos abades de Cluny.
        Os cistercientes (1098) construíram mosteiros na Inglaterra e Europa Continental, apesar destas fundações deterem, cada uma, posição semi-autônoma  e de estarem sujeitas apenas à influência direta do abade de Citeaux em um concílio anual.
            Outras ordens foram as dos cartusianos (1098), premonstrateses (1120) e gilbertinos (1131).
        Os mosteiros tiveram grande influência na vida medieval como centros de peregrinação, estalagem, cuidados médicos e ensino.
          Suas bibliotecas eram refúgios para textos clássicos e, talvez por isso, muitos poetas e cronistas da Idade Média eram monges.
            No budismo, a ordem ou sangha, Theravada possui mais de 250000 membros.
            Os essênios, seita judaica messiânica (século 2 a.C.), fundaram uma comunidade antiga próxima ao Mar Morto.
         No Islã, os correlatos mais próximos do monasticismo são o sufismo e as ordens sufi, criadas aproximadamente no século 12, quando formaram as fraternidades rifalta e mawlawita.. No hinduísmo, toma a forma de ahrams ou retiros. 

            Arianismo
            Ensinamento de Ário (250-336), padre líbio que vivia em Alexandria, e que pregava a heresia (em grego heresia quer dizer escolha!!).
            Declarou que Jesus Cristo não era divino, mas sim um ser humano excepcional.  
            Isso era a negação de Deus Filho igual a Deus Pai, visto Cristo, embora gerado do Pai antes do tempo começar, ser uma criatura, o que significava que, antes de o tempo ser, Ele ainda não era. Essa crença num Deus supremo com 2 subordinados opunha-se diretamente ao dogma ortodoxo trinário e, em 318, depois de queixas contra Ário, Alexandre, patriaca de Alexandria, reafirmou a posição ortodoxa declarando que Cristo era da mesma substância do Pai.
            Isso Ário rejeitou e, em 321, foi excomungado por um sínodo dos bispos do Egito e da Líbia. Seus ensinamentos alcançaram larga audiência desde a família imperial até humildes cidadãos. Em 325, esse credo foi banido e Cristo foi redefinido como da mesma substância do Pai . Com a morte de Ário em 336 e de Constantino em 337, a disputa irrompeu com mais evidência. Constâncio II era partidário dos arianos. A heresia, porém, com apoio oficial, perdeu importância. Juliano sucede a Constâncio II e era pagão o que fez com que o cristianismo se junta-se contra ele.  Outra condenação ao arianismo foi exarada em 381, já no reinado de Teodósio I. Invasores germânicos do império adotaram em geral o arianismo, por ser mais simples que o cristianismo ortodoxo.
            Espalhou-se pela Europa ocidental e persistiu em diversos locais até o século 8º.”
            Fontes: Gough  (11) e Folha (9).

321      A semana, ao contrário do dia, mês ou ano, é uma criação artificial, sem origens astronômicas. Foi introduzida pela primeira vez pelos babilônios, e tornou-se aceita na Era Cristã apenas quando foi relacionada com o Calendário Juliano por Constantino nesta data. Enciclopédia Folha (9).

325      Primeiro  Concilio Ecumênico de Nicéia
            Chamado de ecumênico porque a ele ocorreram prelados de várias partes do mundo. Nele, condenaram o  Arianismo de Ário. Engel-Remy ( 18 )

326      O domingo foi declarado dia sagrado  por Constantino I .

            Trindade - Na doutrina católica, dogma segundo o qual Deus é uma substância única, composta pela união de três distintas pessoas divinas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essa doutrina central do cristianismo não é encontrada explicitamente no Novo Testamento, apesar de algumas fórmulas serem utilizadas no texto. Foi formulada em uma série de grandes concílios nos séculos 3º e 4º.

            Antônio Lima (17) nos fala dos...
            Concílios:       
            “Em nenhum dos concílios de Nicéia, efetuados em 325, 326 e 787, não se cogitou da veracidade dos Evangelhos. No primeiro, convocado por Constantino, Imperador de Bizâncio, cognominado o Grande (grande déspota e sanguinário, isso sim), foi imposto por violência e ameaça de excomunhão o dogma da Divindade de Jesus, ou consubstancialidade do Filho com o Pai, perante uma platéia de 2048 prelados, que, na sua grande maioria, se recusaram a subscrever semelhante absurdo, logrando apenas a adesão de 300 dos concorrentes essa deliberação, até hoje prevalecente, sendo então anatemizado Ário, sacerdote de Alexandria, fundador da seita dos arianos, que entendia ser o Filho inferior ao Pai. Nessa reunião também se ocuparam da celebração das Páscoa e do celibato dos padres. Em 326 só se tratou da deposição de Eusébio de Nicomédia e de Teóguis de Nicéia, suspeitos de arianismo. O de 787 teve por fim anatemizar os iconoclastas e restabelecer o culto das imagens nos templos, porém sete anos depois, no concílio de Frankfurt, negava-se a adesão a esse decreto. Mas, a adoração aos bonecos voltou a ser restaurada.
         Examinando o objetivo de todos os concílios, desde o primeiro em Jerusalém no ano 50, até o de Poltières em 1867 (ao todo 683), em nenhum se me deparou como assunto de pesquisa a autenticidade dos Evangelhos.
        Em outro exegeta leio que durante dezoito séculos a autoridade dos Evangelhos nunca foi contestada. Os cristãos não mantinham dúvidas sobre a sua autenticidade, aliás atestada pelos maiores escritores do primeiro século, entre eles S. Bernardo, Pápias, Hermes, S. Clemente, Sto. Inácio, S. Policarpo, S. Justino, Sto. Irineu, Clemente de Alexandria, Tertuliano, Origenes, etc. Só mais tarde, no começo do século XIX, foi que a crítica racionalista, naturalmente infensa em admitir os prodígios e milagres, por contrários à ciência positiva, vibrou os primeiros golpes sobre os textos evangélicos, saindo a campo Paulus, Strauss, Tubing, Renan, Reville, Schérer, Vegel, Miguel Nicolau e outros, golpes esses de espadachins inócuos, semelhantes aos de D. Quixote nos odres de vinho e nos moinhos de vento. (Vejam-se as coleções dos Concílios desde Pierre Cabre, 2 volumes - Colonia - até J. Mansi, 31 volumes - Florença.)

330      Bizâncio, rebatizada Constantinopla, substitui Roma como capital do império romano, com Constantino como imperador. Já neste momento da história a religião se havia quase transformado em política e o Cristianismo em romanismo.

337      Morre Constantino. Assumem primos e filhos. Sai vencedor Constâncio II.

341      Os sacrifícios pagãos são proibidos por Constâncio II. Os deuses romanos - Apolo, Hélio, Baco, Júpiter e Cíbele, entre outros - e suas representações - saem de cena, pouco a pouco, nos grandes centros, sendo mantidos, por tradição, no interior.

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