Pesquisar este blog

terça-feira, 10 de maio de 2011

06 /10 Cristianismo - Os primeiros 400 anos


06/10

c250    Orígenes
            185?-254? d.C.
          Filósofo cristão nascido no Egito, celebrizou-se como mestre em Alexandria e escreveu obras teológicas, além de ter editado a Bíblia em 6 versões paralelas hebraico-gregas, afirma Indro (10).
            Leigo até 230 a.C., ordenou-se na Palestina. Exilado de Alexandria pelo bispo Demétrio, estabeleceu uma nova escola em Cesaréia.
            Foi preso durante a perseguição promovida por Décio em 250 a.C. morrendo pouco depois. Seus escritos eram originais, densos e prolíficos, mas suas posições a respeito da unidade divina e especulações sobre a salvação do mal foram condenadas por concílios da Igreja nos séculos 5 e 6. Complementa a Enciclopédia Folha (9).

251      Décio  morre  em  combate contra os godos. Sua sucessão é garantida pela tropa que impõe os nomes de Treboniano Galo e após, Marco Emílio Emiliano. Galo governou o mundo romano com deploráveis espetáculos de inconsciência e devassidão.
            A seu tempo, orientadores e magistrados, guerreiros e políticos, pareciam  dominados pela decadência moral, a estender-se, arrasadora.
          Terrível epidemia começara a lavrar em todas as províncias. Uma vez mais, os sacerdotes das divindades olímpicas espalhavam a notícia de que os deuses flagelavam o povo por complacência daqueles com os seguidores de Cristo. Os irmãos em Cristo Jesus, com mais rigor, eram apedrejados, presos, banidos ou exterminados sem compaixão.

253/256     Período de governo de  Públio Aurélio Licínio Valeriano. Não obstante as vitórias sobre os godos, havia desagregação em toda parte. “Em Roma, a dignidade sofria esquecimento e subversão; nas linhas provinciais crescia a irresponsabilidade e a indisciplina”, afirma-nos Emmanuel (4).

            Cipriano de Cartago
            ?-258? d.C.    
            Bispo de Cartago.
            Lutou em prol da unidade da igreja formulando orientações ortodoxas, relata Indro (10).  
            Sob Valeriano, aclara Walker (14), proibiram-se as assembléias cristãs, confiscaram-se as igrejas e os cemitérios. Cipriano morreu em Cartago, o Bispo Sexto II e o Diácono Lourenço em Roma e o Bispo Frutuoso em Tarregona, na Espanha.

257      Valeriano,  preso  pelos  persas,  é  substituído  por  Egnácio  Galieno,  seu  filho. Pessoalmente, Galieno tinha simpatia pelo Cristianismo torturado, da qual, pouco depois, ofereceria públicas demonstrações.   Mas, no rigor dos conflitos sociais, o imperador curvou-se aos desejos das classes dominantes. A força dos editos de 257 e 258, gerou tremenda repressão aos serviços do Evangelho. “A fúria dos perseguidores, porém, amainava-se à frente das famílias cristãs mais importantes, para recrudescer diante dos pobres e dos pequeninos. Os cárceres jaziam repletos...” Palavras de Emmanuel. (4).

            Galiano
            (260-268)
            Filho e sucessor de Valeriano, para poder enfrentar a ameaça de colapso de toda a ordem imperial, restitui a liberdade de culto e as propriedades confiscadas por Valeriano à igreja. Gough (11).

268      O  fim  para  Galieno.  Sucede-o   Cláudio II.

            Eleutério
            Assina Almerindo de Castro (16)
       "Eleutério era filho de senador romano, provavelmente pagão. Sua mãe, porém, professava o Cristianismo e nesta crença o educara. Eleutério pertencia a essa falange de espíritos que, nos séculos mais próximos à senda de Cristo, deviam secundar a ação do Mestre e espalhar, pela palavra e pelos exemplos, as leis de Deus para aperfeiçoamento e evolução das almas humanas. Era médium de extraordinário poder curador. Não houve doente ou obsedado a quem ele deixasse de restituir a saúde, a posse de si mesmo. E tantos foram os casos maravilhosos operados que do conhecimento do Imperador chegou a notícia das conversões em massa conseguidas pelo santo médium, motivo porque foi mandado prender por numerosíssima escolta.
            Levado à presença do imperante, este o interrogou sobre qual religião que professava e sobre os sortilégios e encantamentos de que se servia para perverter o povo.
            “Ignoro o que seja isso, respondeu. Sou cristão e unicamente pela onipotência do meu Deus, criador do Céu e da Terra, é que livro os possessos, dou saúde aos enfermos e faço outros prodígios. E vós, senhor, homem ilustrado que sois, não podeis ignorar que ‘a multiplicidade dos deuses arruina toda a idéia que devemos ter da divindade’, que esses vossos chamados deuses foram homens mortais, como os outros, entre os quais se distinguiram somente pela multidão e gravidade de seus crimes. Não  há senão um Deus onipotente e eterno a quem sirvo e desejo que todos adorem.”  
            Esta doutrina, que é do Evangelho é também a do Espiritismo. A diferença está apenas em que, na boca dos ‘santos’, é inatacável; quando pregada pelos espíritas é satânica e demolidora. O Espiritismo a reconhece verdadeira e a cumpre, não criando templos nem altares; a Igreja a tem nos seus livros, porém cada vez mais aumenta o número dos santos, dos deuses. E nem admite a irrefragável mediunidade dos chamados santos que o Espiritismo demonstra terem sido médiuns, apesar da prova existir nos acontecimentos da vida desses mesmos santos.
            A Eleutério deram o castigo de morrer queimado sobre um leito de grelhas de ferro. Algozes o meteram numa caldeira de pés e azeite ferventes, porém, ainda aí, nada conseguiram. Cortaram-lhe, então, a cabeça e dilaceraram-lhe as carnes do corpo.
            Fora dos fenômenos espíritas podem explicar-se esses chamados milagres? Quando, onde, alguém já o fez?”

270      Termina o curto mandato de Cláudio II. Assume Quintilo, substituído, no mesmo ano, por Aureliano.

            Margarida
            Assina Almerindo de Castro (16).
            “Margarida era filha de um sacerdote pagão, de Antiochia, porém foi educada por uma virtuosa senhora que, ocultamente, professava a religião cristã. Tão logo o sacerdote soube do fato e estando Margarida já moça, trouxe-a de volta ao lar e tentou fazê-la adotar os ritos dos ídolos e das imagens. Não tendo conseguido seus desígnios o sacerdote relegou-a, em castigo, a misteres grosseiros e fe-la, sob esfarrapadas vestes, guardar rebanhos.
            Foi atormentada de modo bárbaro pelo general Olibrio, dos exércitos do imperador Aureliano (reinou entre 270 e 275 d.C.). Olibrio era governador da Pisídia e, em troca de matrimônio, exigiu de Margarida o desprezo à sua fé cristã. Margarida recusou e teve como destino o suplício e a morte.
            Sua morte foi através da aplicação às mãos e pés de pranchas de bronze em brasa, ao mesmo tempo que grossas varas, armadas de ferro, lhe renovavam as chagas abertas anteriormente no corpo.
            Margarida disse animosamente ao seu algoz:
            “-Vossos carrascos estão cansados, inventai pois novos tormentos e vereis que, estando Jesus Cristo, como está, em nosso favor, tudo deve ceder ante à força que Ele me dá.”
            A força de sua fé afastou-a do martírio mas não evitou novo encarceramento.
            A pressões para que Margarida abandonasse o Cristianismo recrudesceram e, ao fim, teve a cabeça decepada.”

275      Aureliano é assassinado. A partir daí,  e sucessivamente,  Roma teve militares que se auto- proclamaram imperadores, a saber: Tácito (275-276), Floriano (276), Probo (276-282), Caro (282-283), Numeriano (283-284) e Carino (283-285), quase todos de origem na Ilíria, mais tarde o conjunto de etnias que compõem a Bósnia, a Sérvia, a Iuguslávia, a Macedônia, etc.

284      O império sob Diocleciano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário