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sexta-feira, 27 de maio de 2011

28 Trabalhos do Grupo Ismael





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SESSÃO DE 22 DE NOVEMBRO DE 1939

Comunicação final, sonambúlica


De que sofre o mundo. – A felicidade dos obreiros da oficina de Ismael. - O que lhes foi dado. – O que preferiram os falsos cristos e os falsos profetas. – A tarefa da Casa de Ismael. – O que é dado ver aquele que sente o Cristo na sua obra. – sublimidade da doutrina espírita cristã. – Exortação aos médiuns.


Médium: J. CELANI


            Sim, Rainha dos céus, protege com o teu carinho a todos os novos levitas que se esforçam para ressuscitar, das ruínas das velhas crenças, o Evangelho de teu Filho, o Salvador do Mundo.
            Meus companheiros, Paz em vossos corações, vigor à vossa Fé, porque muito será pedido a todos aqueles que receberam a esmola na proporção da que recebeste. O mundo não padece de penúria material, o mundo padece de secura do coração.
            A Fé desertou, morreu a Esperança de melhores dias, para os filhos de Deus, chumbados á carne. Eles não tem, como vós, um recinto semelhante a este, que é para vós o mesmo que a Meca para os crentes do Islã. Eles não sentem, no entrevero das paixões pecaminosas, as doçuras balsâmicas que descem do seio da Virgem, Rainha dos Céus, a vos confortar e encorajar nos embates das provações dolorosas. Eles não têm, como vós, a certeza das promessas do Divino Mestre, nem a certeza da transitoriedade dos sofrimentos terrenos.
            Vede, pois, que sois felizes, em meio das tormentas que rugem pelo mundo em fora. Sois, porventura, privilegiados? – Não. Apenas vos foi dado abrir os olhos e os ouvidos, para a percepção das novas verdades, que vêm destruir a mentira dos falsos Cristos e falsos Profetas. Eles preferiram deixar-se conduzir pelos ventos da fortuna terrena. E lá se foi o barco, singrando o mar da vida até que a certa altura do roteiro, as águas se encresparam e tornaram em tormenta pavorosa. Desde então, os pobres navegantes procuram no horizonte o sinal da bonança e tudo se lhes apresenta negro como a noite.
            Vede, meus companheiros, o valor da esmola que recebestes, não porque conhecestes a Casa de Ismael; mas, porque sentistes a finalidade da sua tarefa grandiosa nas Terras de Santa Cruz. Quereis maior estimulo para enfrentar todas as lutas, todas as dores que vos acicatam. Se mais não mereceis, mais não vos será dado, atenta a vossa condição de pecadores.
            O vendaval ruge e atira nas trevas exteriores milhares de criaturas; por enquanto, as paixões crescem, avolumam-se os ódios, há lágrimas de desespero e lagrimas redentoras; mas, ao Espírito Livre, ao  Espírito que pode sentir o Cristo na sua obra é dado ver além, muito além, um outro mundo, uma nova terra, que será, para a geração que chegou até aqui pela senda da evolução, qual foi outrora para o povo de Ismael a Terra da Promissão.
            Companheiros, que sublime é esta doutrina, como enche o coração da criatura de alegrias e esperanças sempre renovadas. O mais, entretanto, que o Espírito pode obter na Terra é assimilá-la e sentí-la, para envolver com a sua luz os que o cercam neste mundo. Prossegui a vossa jornada; lutai convosco mesmo; não deixeis, irmãos médiuns, se oxidem as vossas ferramentas, necessárias ao labor do campo que vos foi confiado.
            Glória a ti, Senhor, no mais alto dos Céus, a ti que ensinaste partindo da simplicidade da manjedoura e percorrendo a Via sacra do martírio.
            Em todos os teus ensinos não há palavras inacessíveis ao mais humilde servo. Tu não ensinaste para os doutos, mas para todo coração humilde.
            Abençoa a Casa de Ismael. Que ela se integre em sua finalidade de Mãe da pobreza do corpo e da pobreza do Espírito.
            Dá aos Espíritos dos humildes obreiros, que aqui se aconchegam sob o pálio  ‘’Deus, Cristo e Caridade’’, forças, coragem, fé, luz, paz e a humildade, para que confraternizem em torno do Evangelho e constituam o feixe de varas, símbolos da união.
            Eis o que te peço, Senhor, em nome daquela que é Mãe da humanidade, por delegação tua.
            Eis, meus companheiros, o que vos tenho a dizer. Ide para os vosso lares contentes convosco mesmos, por haverdes cumprido o vosso dever. – Bittencourt.


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