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segunda-feira, 30 de maio de 2011

2d Tragédias Coletivas


D

Todos recordamos, ainda hoje, a tragédia ocorrida no dia 17 de dezembro de 1961, com o Gran Circo Norte-Americano, na cidade fluminense de Niterói o qual, destruído por um incêndio, causou a morte de centenas de pessoas.
Consoante noticiário da época, o acontecimento teve tão grande repercussão que o Governador Paulo Peçanha decretou luto oficial por três dias em todo o Estado do Rio de Janeiro, enquanto o próprio Presidente João Goulart foi a Niterói a fim de se inteirar pessoalmente da catástrofe.
Realmente, foi uma tragédia que chocou todo o país.
Um delegado da Polícia Fluminense, que estivera assistindo ao espetáculo naquela tarde de domingo no Gran Circo Norte-Americano, calculava que 4.000 pessoas estavam presentes. Informava ainda que o incêndio começara por baixo do lado da fronteira de serviço e que vira numerosas pessoas serem pisoteadas pela massa humana em pânico.
Todos os hospitais de Niterói ficaram abarrotados de centenas de feridos. Quanto aos mortos, informavam alguns jornais que o número era de 305;afiançavam outros já na data de 19 de  dezembro que chegaria a 442!
Escoados cinco anos, ou seja, no ano de 1966, o Espírito Irmão X, através da mediunidade de nosso querido Francisco Cândido Xavier, escreveu a obra “Cartas e Crônicas”, publicada pela Federação Espírita Brasileira, na qual constava uma página realmente comovente, relembrando um episódio do Império Romano e passado na recuada época do ano 177.
O acontecimento tem início – segundo a mencionada página – numa reunião do ‘concilium’ de Lião, exatamente quando é anunciada para o dia seguinte a chegada de Lúcio Galo, famoso militar que desfrutava das atenções do Imperador.
Nessa reunião, de triste lembrança, planos são traçados com o fim de preparar a recepção para esse célebre cabo-de-guerra. E entre as muitas sugestões apresentadas uma se destaca pela sua originalidade cruel. É o plano de Álcio, que assim se expressa, na palavra de Irmão X:

“(...) Ouvi, porém, alguns companheiros, ainda hoje, e apresentaremos um plano que espero resulte certo. Poderíamos reunir, nesta noite, aproximadamente mil crianças e mulheres cristão, guardando-as nos cárceres... E, amanhã, coroando as homenagens, ajuntá-las-emos na arena, molhada de resinas e devidamente cercada de farpas embebidas em óleo, deixando apenas passagem estreita para a liberação das mais fortes. Depois de mostradas festivamente em público, incendiaremos toda a área, deitando sobre elas os velhos cavalos que já não sirvam aos nossos jogos... Realmente, as chamas e as patas dos animais formarão muitos lances inéditos...” (...)

E eis como descreve o autor espiritual o sacrifício do dia seguinte:

“(...) Durante a noite inteira, mais de mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia subsequente, ao Sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos cavalos em correria.” (...) (Destaquei)

Após essa recordação de uma das mais impressionantes ocorrências no velho Império Romano, termina e explica Irmão X:

Quase dezoito séculos passaram sobre o tenebroso acontecimento... Entretanto, a justiça da Lei, através da reencarnação, reaproximou todos os responsáveis, que, em diversas posições de idade física, se reuniram de novo para dolorosa expiação, a 17 de dezembro de 1964, na cidade brasileira de Niterói, em comovedora tragédia num circo”. (Destaquei)

Percebemos, desta forma, que não há injustiças nas catástrofes, a sacrificarem dezena, centenas, milhares de criaturas. Nessas ocorrências estão reunidos Espíritos faltosos para dolorosa resgate, para umadolorosa expiação!...

Nota: - Este artigo estava pronto para ser remetido à Redação de REFORMADOR, quando tomei conhecimento de triste fato na cidade mineira de Contagen. O jornal HOJE em dia (edição de 19-3-1992) de Belo Horizonte, assim informou:

Um estrondo seguido do desmoronamento de milhares de meros cúbicos de terra projetaram-se sobre os 400 barracos da Vila Baraginha, em Contagem, às 13 h 30 min de ontem, inicando a maior tragédia de Minas gerais nos últimos 21 anos” (...)

É, como se percebe, um acontecimento enquadrado na faixa já citada de deslizamento de solo



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