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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Nascimento de João Batista



Nascimento de João Batista
        
   1,57 Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho 1,58 Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifesta sua misericórdia e congratulam-se com ela. 1,59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino e o queriam chamar pelo nome do pai, Zacarias 1,60 Mas sua mãe interveio: -Não! Disse ela, ele se chamará João. 1,61 Replicaram-lhe:- Não há ninguém na tua família que se chame por este nome! 1,62 e perguntaram, por acenos, ao seu pai, como queria que se chamasse 1,63 Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: -João é o seu nome!  Todos ficaram pasmados. 1,64 e logo se lhe abriu a boca e soltou-se-lhe a língua e ele falou, bendizendo a Deus. 1,65 O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; o fato divulgou-se por todas as montanhas da Judéia. 1,66 Todos os que o ouviam, conservavam-no no coração, dizendo: 1,67 Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou, nestes termos:

            Para Lc (1,57-67) -Nascimento de João Batista - tomemos a Antônio Luiz Sayão, em “Elucidações Evangélicas” (FEB):  

            “João, filho de Zacarias e de Isabel, o Precursor de Jesus, nasceu seis meses antes do aparecimento deste e desencarnou com 31 anos de idade. Cheio de um Espírito Santo desde o ventre materno, como diz o Evangelho, ele foi, conforme o declarou o divino Mestre, o maior dentre os nascidos de mulher (Mt 11,11).

            Jovem ainda, retirou-se para o deserto, a fim de se entregar a uma vida de rigorosa austeridade, donde só regressou para dar início ao desempenho da sua missão, no ano 15 do império romano, aos 29 anos de idade, sob o reinado de Herodes Ântipas. Entrou a pregar e a administrar o batismo de penitência, donde lhe veio o cognome de Batista. Grande médium vidente e audiente, como o foram todos os profetas, recebeu no deserto a inspiração de que soara a hora de ter começo a missão, que trouxera, de Precursor do Cristo e que consistia em preparar os caminhos que este teria de percorrer, em abrir brechas nas consciências, por onde penetrasse a luz de que Jesus era portador. Foi o que fez, pregando, ensinando, aconselhando aos homens que lavassem de toda impureza suas almas, que se arrependessem de suas culpas e praticassem a penitência, para se tornarem dignos de receber aquela luz, consubstanciação da moral divina. Quer dizer que João aparelhava o terreno para a obra que o Cristo descera a realizar.

            O batismo, que ele administrava, era precedido da confissão, feita em público e em altas vozes pelo batizando, de suas faltas e pecados, para lhe despertar no íntimo o sentimento da humildade e para o constranger a evitá-las pela vergonha de as ter que confessar publicamente.

            A prática dessa confissão durou longo tempo.

             Depois, os que se arvoraram em representantes de Cristo dela se apossaram e a fizeram cair no desprestígio e na desmoralização que conhecemos, imposta como mandamento pelos que pregam o que não praticam.”

Nascimento de João Batista   (2)
         1,68   -Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo 1,69  e, suscitou-nos Um poderoso salvador, na casa de Davi,,  seu  servo   1,70 (como haviam anunciado, desde os primeiros tempos, os profetas) 1,71  para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam. 1,72 Assim, exerce sua misericórdia com nossos pais, e se recorda de sua aliança, 1,73 segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão: De nos conceder que,sem temor, 1,74  libertados das mãos inimigas, possamos servi-Lo, 1,75  em santidade e justiça, em Sua presença, todos os dias de nossa vida. 1,76 E tu, menino, serás chamado Profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho, 1,77 para dar seu povo conhecer a salvação,   pelo   perdão   dos  pecados.  1,78 Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do sol nascente, 1,79    que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no  caminho  da  paz.1,80 O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.

            Para  Lc (1,68-80) -Nascimento de João Batista - sigamos com Antônio Luiz Sayão, em “Elucidações Evangélicas”:  

            “João, cuja elevação espiritual as palavras de Jesus patentearam (... o maior dentre os nascidos de mulher), era, no entanto, menor do que, por exemplo, Melquisedec, rei de justiça e paz, que foi sem pai, sem mãe e sem genealogia, que não teve princípio, nem fim de vida, que fez o seu aparecimento na Terra à semelhança do Filho de Deus, Jesus Cristo, cuja natureza puramente espiritual, sob as vestes de um corpo celeste e não terrestre, aquelas palavras comprovam, comprovando, portanto, que ele não “nasceu”, nem “morreu”, que a sua vida humana foi apenas aparente.

            Não obstante tratar-se de um Espírito superior em missão, como Maria e José, João, por estar encarnado, se achava olvidado da sua existência anterior, dela perdera a consciência.

            Assim é que não se lembrava de que fora Elias.

            Para abater o orgulho dos hebreus, que só consideravam filhos do Senhor os que suportavam o jugo de Moisés, tal qual a Igreja Romana, que assim só considera os que cegamente lhe aceitam os dogmas, João, missionário celeste, disse que poderoso é Deus para fazer das pedras filhos de Abraão, que estes, portanto, não são somente os que dizem: Senhor!, Senhor! e vivem preocupados com fórmulas exteriores, ritos, cerimônias etc., mas os que trazem puros os corações; que a árvore que não dá bons frutos será arrancada e lançada ao fogo, isto é, que o Espírito encarnado, que não progride, mediante as expiações, as provas e as reparações a que o sujeitam seus erros e transviamentos, que não apresenta frutos de regeneração, será, depois da desencarnação, a que comumente chama “morte”, lançado no fogo dos remorsos das torturas morais, correspondentes ao grau da sua culpabilidade.

            O batismo, que João ministrava e a que Jesus se submeteu para exemplo, consistia na ablução, ou lavagem do corpo, fato material destinado a simbolizar a purificação da alma, pela humildade, pelo arrependimento, de que era prova a confissão pública das faltas e crimes cometidos.

            Era um meio material de impressionar homens materiais, mas, ao mesmo tempo um ato emblemático, como um selo posto ao compromisso assumido de regeneração moral, a efetuar-se pelo batismo em fogo e em Espírito Santo, que tem sua expressão nos sofrimentos purificadores e na assistência dos Espíritos purificados, assistência que faculta ao culpado os meios e as forças de levar a cabo a sua purificação integral.

            O conjunto dos Espíritos superiores, dos Espíritos purificados, fiéis cumpridores dos desígnios de Deus, é, com efeito, o que devemos entender, de modo indeterminado, por Espírito Santo.”

            

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