Pesquisar este blog

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Acusações contra os Fariseus e os Escribas



Acusações contra os Fariseus e os Escribas

 23,1   Dirigindo-se, então, Jesus à multidão e aos seus discípulos, disse:      
23,2 “ -Os escribas e os fariseus estão sentados na cátedra de Moisés. 
23,3 Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem. 
23,4  atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros     dos homens  mas, não querem movê-los sequer com o dedo.
23,5  fazem todas as suas ações para serem vistas pelos homens. Por isso trazem largas faixas e longas franjas nos seus mantos.       
23,6  gostam dos 1ºs  lugares nos banquetes e das 1ªs  cadeiras nas sinagogas.        
23,7  gostam de ser saudados nas praças públicas e de serem chamados de mestres. 
23,8  mas vós não vos façais chamar de mestre, porque um só é o Pai e vós sois todos irmãos. 
23,9  e a ninguém chameis de pai sobre a terra porque um só é o Pai: Aquele que está nos céus. 
23,10  nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo 
23,11  o maior dentre vós será vosso servo 
23,12  aquele que se exaltar será humilhado e aquele que se humilhar será exaltado. 23,13 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Vós fechais aos homens o reino dos céus; Vós mesmos não entrais e nem deixais que entrem os que querem entrar. 
23,14  Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!  Devorais os bens das viúvas fingindo fazer longas orações. Por isso, sereis castigados com muito mais rigor.
       
        Para Mt (23,1-39) - Preces pagas, encontramos em “O Evangelho...”, de Kardec, no seu Cap. XXVI, o que se segue:
           
            “A prece é um ato de caridade, um impulso do coração; fazer-se pagar pela que se dirige a Deus por outrem, é transformar-se em intermediário assalariado.”
            “A razão, o bom senso, a lógica dizem que Deus, a perfeição absoluta, não pode delegar a criaturas imperfeitas o direito de pôr preço em sua justiça. A justiça de Deus é como o Sol, que está para todo o mundo, para o pobre como para o rico. Se se considera imoral traficar as graças de um soberano da Terra, seria lícito vender as do soberano do universo?”

            Para  Mt (23,13-14) -Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! - leiamos a Luiz Sérgio, em “Dois Mundos Tão Meus”:

            “Assistíamos a Jesus no pátio onde se achava a arca do tesouro e observava os que ali iam depositar as ofertas. Os ricos deitavam largas somas, mas Jesus feliz ficou quando pobre viúva aproximou-se, hesitante, como receosa de ser observada.
            Olhou de um lado para outro.
            Era tão pouco o que tinha para doar... mas o fazia com o coração, ela acreditava na obra de Deus.
             Após depositar a moeda, virou-se e já ia se afastar ligeiro, porém encontrou o olhar de Jesus cravado nela.
             Quanta doçura! Quem não conhece a parábola do óbulo da viúva?
             E assim Jesus ia pregando. Ouvimos o Mestre falar:
             “Ai  de vós escribas e fariseus hipócritas! pois edificais os sepulcros dos profetas e adorais os monumentos dos justos e dizeis: Se existíssemos no tempo dos nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas” (Mt 23,30-31).
            Os judeus eram muito zelosos com os túmulos dos profetas mortos, mas negligenciavam os seus ensinos.
            Como somos culpados em negligenciar as viúvas, os órfãos, os doentes, em construirmos mausoléus para os mortos!
            Acompanhávamos a narrativa.
            Cristo lutava contra a hipocrisia, os erros pelos quais os homens estavam destruindo a própria alma. O semblante de Jesus estampava divina piedade, quando falou:
            “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas, e apedrejas os que te são enviados. Quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos como a galinha junta os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste!
            Jesus já Se despedia, olhando fixamente para cada pessoa, e falou:
            Eis que vossa casa vai ficar deserta. (Mt 23,37-39)
            Lenta e dolorosamente deixou Cristo, para sempre, os limites do templo.
            O povo que amava Jesus chorou, os sacerdotes principais encheram-se de terror. Indagaram: Por que Ele proferiu tais palavras? Diante de nós, Cristo preparava-Se para deixar a Crosta, ficando bem claro que Seu amor não se restringia a uma classe; que Seus seguidores não poderiam viver separados, tinham de considerar irmãos uns aos outros, e que um filho de Deus pratica uma boa ação a cada minuto.
             Neste trecho Cristo só falou em caridade, frisando que um bom homem tem de confortar os tristes, proteger os que estão em perigo, abrir a porta aos necessitados e sofredores, pois não devemos negligenciar os pobres e estropiados;
            Deus deu ao rico fortuna para que socorra e conforte Seus filhos sofredores.
            Aqui encerrou a aula, mas, como gostaríamos de permanecer mais tempo.
            Logo estávamos no pátio da Universidade...”

Acusações contra os Fariseus e os Escribas

 23,15  Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!  Percorrei mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um merecedor de longo estágio no umbral, duas vezes pior que o que preparais para vós mesmos. 
23,16  Ai de vós, guias de cegos! Vós direis, se alguém jura pelo templo, isto não é nada; mas se jura pelo tesouro do templo, é obrigado pelo seu juramento. 
23,17 Insensatos! Cegos! Qual é o maior? O ouro ou o templo que santifica o ouro? 23,18  E dizeis ainda: Se alguém jura pelo altar, não é nada; mas, se jura pela oferta que está sobre ele, é obrigado. 
23,19  Cegos! Qual é o maior? A oferta ou o altar que santifica a oferta? 
23,20  Aquele que jura pelo altar, jura, ao mesmo tempo, por tudo o que está sobre ele. 23,21  Aquele que jura pelo templo, jura, ao mesmo tempo, pelo trono de Deus e  por  Aquele  que  nele  está sentado.
23,22 E aquele que jura pelo céu, jura, ao mesmo tempo, pelo trono de Deus e por Aquele que nele está sentado. 
23,23  Ai de vós escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, da erva doce e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: A justiça, a  misericórdia e a  fidelidade. 
23,24 Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo! 
23,25  Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estás cheios de roubo e de cobiça.
         
         Para Mt (23,15-25) -Ai de Vós, Escribas e Fariseus Hipócritas! - leiamos ainda a  Sayão, em “Elucidações Evangélicas”:

            “Escribas e fariseus hipócritas são todos os que se abrigam por detrás de uma fé que não possuem, a fim de abusarem da credulidade dos homens e dela se aproveitarem para a consecução de seus fins; são os que mercadejam com as suas orações e vendem as graças do Senhor, assim como a entrada na morada divina.
            São cegos, guias de cegos, que emaranham seus irmãos numa teia inextricável de puerilidades culposas; que substituem os ensinamentos singelos de Nosso Senhor Jesus Cristo, constantes nos Evangelhos, por um tecido de mandamentos mesquinhos e arbitrários que eles mesmos elaboram; pesadas cadeias com que embaraçam o passo no sagrado carreiro da salvação, às criaturas humanas, as quais, cegas também, mas que, no entanto, para verem a luz, bastaria abrissem os olhos, se submetem a um jugo que a razão repele.
            Felizmente, porém, por mais que hajam feito e ainda façam, a luz que se irradia da santa Doutrina do divino Mestre vai espancando as trevas das inteligências e dos corações e esses infelizes, um dia, reconhecerão quão criminosos foram. O remorso, então, e a expiação lhes farão curvar as frontes orgulhosas e dobrar os joelhos inteiriçados. Queiram ou não queiram, hão de eles convencer-se, e bem assim os que lhes obedecem ao mando, que já vai distante o tempo das supersticiosas imposições da teocracia; que ao seu reinado sucedeu o império da inteligência e da razão, tornadas aptas a apreender, em toda a sua simplicidade e pureza, as verdades evangélicas, únicos fundamentos inabaláveis da fé esclarecida e ativa.
            Sim, passou o tempo da fé cega. Os crentes, os verdadeiros crentes, se formam, e cada vez mais assim será, pelo exercício livre do pensamento, pelo estudo, pela observação, pela investigação, pela análise.”

Acusações contra os Fariseus e os Escribas

         23,26  fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato para que também o que está fora fique limpo! 
23,27  Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Por fora parecem formosos, mas, por dentro, estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão. 
23,28  Assim também vós. Por fora pareceis justos aos olhos dos homens mas, por dentro, estais cheios de hipocrisias e de iniquidade. 
23,29  Ai de vós escribas e fariseus hipócritas! Edificais sepulcros aos profetas, adornais os monumentos dos justos 
23,30  e dizeis, se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos manchado nossas mãos como eles no sangue dos profetas... 
23,31  Testemunhais, assim, contra vós mesmos que sois de fato os filhos dos assassinos dos profetas. 
23,32  Acabais, pois, de encher a medida de vossos pais! 
23,33  Serpentes! Raça de víboras! Como escapareis ao castigo? 
23,34 Vede, Eu vos envio profetas, sábios, doutores... matareis e crucificareis uns e açoitareis outros nas vossas sinagogas. 
23,35  Para que caia sobre vós todo o sangue inocente derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem mataste entre o templo e o altar. 
23,36  Em verdade vos digo, todos esses crimes pesam sobre esta raça! 2
23,37  Jerusalém. Jerusalém, que mata os profetas e apedrejas aqueles que te  são enviados! Quantas vezes Eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne seus pintinhos debaixo de suas asas...e tu não quiseste! 
23,38  Pois bem! A vossa casa vos é deixada deserta! 
23,39  Porque, Eu vos digo: Já não Me vereis de hoje em diante, até que digais: Bendito seja Aquele que vem em nome do Senhor!       
      
         Para Mt (23,29-39) -Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! - leiamos, mais uma vez, a Sayão, em “Elucidações Evangélicas”:

            “O Divino Mestre aludia, para esses versículos, à morte e às perseguições que os profetas tinham sofrido, ao sacrifício que breve se consumaria no Gólgota, às perseguições, aos martírios e à morte que os apóstolos, os discípulos e os primeiros cristãos viriam a sofrer, aos esforços que Ele fizera para reunir as ovelhas em torno do cajado do bom pastor à destruição de Jerusalém, à dispersão dos Judeus e, finalmente, à época alegórica do fim do mundo, isto é, à época em que, operada pela depuração e transformação do nosso planeta e da humanidade terrena a regeneração desta, vindo o nosso protetor, governador e Mestre em toda a sua glória, os homens (Judeus e Gentios), regenerados, clamarão, num brado uníssono de amor, como outrora a multidão que o acompanhava à sua entrada na cidade santa: Bendito o que vem em nome do Senhor!”

            O Livro dos Médiuns”, de Kardec, em seu Cap. XXXI, apresenta comunicação, obtida por um dos melhores médiuns da Soc. Espírita de Paris, assinada com um nome que o respeito não permitiu Kardec reproduzir.
             Em nota de rodapé, prossegue Kardec:

             “De modo algum duvidamos que Jesus de Nazaré possa manifestar-se; mas, se os espíritos verdadeiramente superiores não o fazem, senão em circunstancias excepcionais, a razão nos inibe de acreditar que o Espírito por excelência puro responda ao chamado do primeiro que apareça. Em todo caso, haveria profanação, no se lhe atribuir uma linguagem indigna dele.”
            “Na comunicação abaixo, apenas uma coisa reconhecemos: é a superioridade incontestável da linguagem e das idéias, deixando que cada um julgue por si mesmo se aquele de quem ela traz o nome não a renegaria.”
            De parte do compilador, apenas recusamos a afirmação “responda ao chamado do primeiro que apareça.” Parece-nos possível que nem o próprio Kardec tivesse claro a magnitude do trabalho que empreendia ao denominar-se, e aos seus pares, dessa forma. Leiamos o texto:  

            “Venho, eu, vosso Salvador e vosso juiz; venho, como outrora, aos filhos transviados de Israel; venho trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, tem que lembrar aos materialistas que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar a planta e que levanta as ondas. Revelei a Doutrina Divina; como o ceifeiro, atei em feixes o bem esparso na Humanidade e disse: Vinde a mim, vós todos que sofreis !
            Mas, ingratos, os homens se desviaram do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e se perderam nas ásperas veredas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer, não mais por meio de profetas, não mais por meio de apóstolos, porém, que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto a morte não existe, vos socorrais e que a voz dos que já não existem ainda se faça ouvir é a Ressureição, e a vida - a prova escolhida, durante a qual, cultivadas, as vossas virtudes têm que crescer e desenvolver-se como o cedro.
            Crede nas vozes que vos respondem: são as próprias almas dos que evocais. Só muito raramente me comunico. Meus amigos, os que hão assistido à minha vida e `a minha morte são os interpretes divinos das vontades de meu Pai.
       Homens fracos, que acreditais no erro das vossas inteligências obscuras, não apagueis o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos, para vos clarear a estrada e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.
            Em verdade vos digo: crede na diversidade, na multiplicidade dos Espíritos que vos cercam. Estou infinitamente tocado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa imensa fraqueza, para deixar de estender mão protetora aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem no abismo do erro. Crede, amai, compreendei as verdades que vos são reveladas; não mistureis o joio com o bom grão, os sistemas com as verdades.
            Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro ensino; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgais o nada, vos clamam vozes: Irmãos! nada perece; Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade.”   

           






O Messias, senhor de David



O Messias, Senhor de David

22,41 Como os fariseus se agrupassem, Jesus interrogou-os:
22,42  “ -Que pensais vós de Cristo? De quem é filho?” Responderam: De David! 22,43  “ -Como então,”  prosseguiu Jesus; “David, falando sob inspiração do espírito, chama-O Senhor, dizendo:
22,44  -O Senhor disse a meu Senhor: “Senta-te à minha direita, até que Eu ponha teus inimigos debaixo dos teus pés! ” ( Salmo 109,1 ) 
22,45 “Se, pois David o chama Senhor, como é Ele seu filho?”
22,46 Ninguém pode responder-Lhe nada. E, depois daquele dia, ninguém mais ousou interrogá-Lo.

            Para Mt(22,45) -Davi o chama Senhor... - lemos em “Elucidações Evangélicas”, de Antônio Luiz Sayão, o que se segue:

            “Fazendo essa observação, tinha Jesus por fim:
 1º) dar a ver que nenhum laço carnal o unia a Davi, nem, portanto, à sua descendência; que não pertencia à Humanidade;
 2º) mostrar a distância que havia entre o Espírito de Davi e o do Cristo de Deus.

            Quaisquer que fossem a humildade, a doçura, o desprendimento de Jesus, não devemos esquecer a sua origem. Ele é o filho de Deus, não como sendo o próprio Deus, mas, como uma das suas criaturas, filho do Altíssimo, filho de Deus e irmão dos homens, como qualquer Espírito criado. É nosso irmão, porém, puro espírito, Espírito de pureza perfeita e imaculada e, como tal, nosso Senhor, nosso Mestre.

            A questão que Ele propôs aos fariseus e à qual nenhum pôde responder, só  a nova revelação a resolveria plenamente, porque só ela daria a conhecer, em espírito e verdade, a natureza e a origem do Cristo, sua missão, sua autoridade, seus poderes com relação ao nosso planeta e à Humanidade terrestre, o modo e as condições em que se verificou o seu aparecimento na Terra, para dar cumprimento à sua missão terrena.

            Estas palavras alegóricas: “Disse o Senhor a meu Senhor: Senta-te à minha direita até que eu reduza todos os teus inimigos a te servirem de escabelo para os pés, isto é, até que se haja completado a obra de regeneração, diziam respeito, veladamente, à missão de Jesus que, com relação ao nosso planeta, ocupa a direita do Pai, por ser, como é, o encarregado do progresso da Terra, o Espírito que a protege e governa no tocante à depuração e à transformação física, moral e intelectual da sua Humanidade.”