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terça-feira, 30 de agosto de 2011

O Paralítico... Meu Pai trabalha até agora...


O Paralítico da Piscina - Sua Cura

Meu Pai
         trabalha até agora...            



         5,1 Depois disso, houve uma festa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 5,2 Há, em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebraico “Betesda” e que tem cinco pórticos. 5,3 Neste pórtico jazia um grande número de  enfermos, de cegos, de coxos e de paralíticos, que esperavam o movimento da água. 5,4 (pois, de tempos em tempos, um anjo do Senhor descia  ao tanque e a água se punha em movimento. E, o primeiro que entrasse no tanque, depois da agitação das águas, ficava curado de qualquer doença que tivesse.) 5,5  Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos. 5,6 Vendo-o deitado e sabendo que já havia muito que estava enfermo, perguntou-lhe Jesus: “ -Queres ficar curado?”   5,7  O  enfermo  respondeu-Lhe: -Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; enquanto isso, já outro desceu antes de mim.  5,8  Ordenou Jesus: “ -Levanta-te, toma o teu leito e anda!” 5,9  No mesmo instante aquele homem ficou curado, tomou o seu leito e foi andando. Ora, aquele dia era sábado! 5,10  e os judeus diziam ao homem curado: -É sábado, não te é permitido carregar o teu leito!
          
Para  Jo (5,1-17),  tomemos  “A Gênese”, de Allan Kardec:
                       
            “-Piscina- (da palavra latina piscis, peixe), entre os romanos, eram os reservatórios ou viveiros onde se criavam peixes. Mais tarde, o termo se tornou extensivo aos tanques destinados a banhos em comum.

            A piscina de Betesda, em Jerusalém, era uma cisterna, próxima ao Templo, alimentada por uma fonte natural, cuja água parece ter tido propriedades curativas. Era, sem dúvida, uma fonte intermitente que, em certas épocas, jorrava com força, agitando a água. Segundo a crença popular, esse era o momento mais propício às curas. Talvez que, na realidade, ao brotar da fonte a água, mais ativas fossem as suas propriedades, ou que a agitação que o jorro produzia na água fizesse vir à tona a vasa salutar para algumas moléstias. Tais efeitos são muito naturais e perfeitamente conhecidos hoje; mas então, as ciências estavam pouco adiantadas e à maioria dos fenômenos incompreendidos se atribuíam uma causa sobrenatural. Os judeus, pois tinham a agitação da água como devida a presença de um anjo e tanto mais fundadas lhes pareciam essas crenças, quanto mais viam que, naquelas ocasiões, mais curativa se mostrava a água.

            Depois de haver curado aquele paralítico, disse-lhe Jesus: “Para o futuro não tornes  a pecar, a fim de que não te aconteça coisa pior.” Por essas palavras, deu-lhe  a entender que a sua doença era uma punição e que, se ele não se melhorasse, poderia vir a ser de novo punido e com mais rigor, doutrina essa inteiramente conforme à do Espiritismo.  

            Para  Jo (5,1-10) -O Paralítico da Piscina - leiamos ainda a Bittencourt Sampaio em “Jesus perante a Cristandade”:

            “Somos todos paralíticos, junto ao tanque das ovelhas - Betsaida - a cujo fundo aspiramos descer, para a cura dos nossos males. Falecem-nos, é certo, a ação, o movimento; mas, se em nós existir a esperança, se tivermos vontade, se nos alentar a fé, teremos ao nosso lado, como há dezenove séculos, o Divino Cordeiro, para, dando-nos a mão, como fez ao paralítico, dizer-nos: Levanta-te e caminha!

            Os que, a todos os momentos, os que, a todos os instantes, sabem ter fé, os que sabem ter vontade, esses estão aptos para, levantando-se da inércia, terem o movimento do espírito, pois a fé, essa força incoercível, essa poderosa alavanca, que, na frase de N.S. Jesus-Cristo, transporta montanhas, reabilita o homem, elevando-o para o seu Deus, seu Criador e Pai!

            Mas, Jesus, levantando o paralítico, realizou um milagre, derrogou as leis da natureza?

            E - perguntarão os livre pensadores - então, para restabelecer enfermos de longos anos, basta a simples palavra?

            E o que será mais fácil, homens de ciência; formar planetas, com todas as suas propriedades físicas que conheceis e admirais, ou, fluidicamente apenas, atuar sobre organismos resfriados e inertes, dando-lhes a cura, que é o movimento e a ação?

            Percorrendo a História Sacra, encontramos Jesus realizando curas pela ação da lei dos fluidos, e nunca obrando milagres pela derrogação das leis estabelecidas pelo Criador; é assim que não o vemos dando membros ao corpo que os tivesse perdido.

            O que Ele fazia era do domínio da lei dos fluidos, que, por ser desconhecida dos homens, era por eles considerada sobrenatural, e o será até que chegue o momento de lhes serem desvendados os mistérios que o acanhamento da sua inteligência lhes não permite ainda compreender, e aos quais só poderão atingir quando livres da lepra do pecado, pela prática constante dos ensinamentos do Divino Modelo, puderem receber a luz que se transfunde das páginas do seu Evangelho!

Nota: grifos do blogueiro!
           



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