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terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Pensamento de Indalício Mendes (2)


            “Todo homem traz no coração a amargura de uma tragédia que viveu. Todo homem traz no coração vestígios de fugaz momento de ventura. Por ser fraco e falível, nem sempre tolera a crítica, pois não compreende que esta, sendo bem Intencionada, permite se tome a medida do comportamento de cada pessoa, em relação aos princípios morais estabelecidos para todos. Toda crítica humana é passível de crítica, porque nada no homem é perfeito, embora ele sinta, quando evolvido, essa ânsia de perfeição que o retempera, fazendo-o suportar de ânimo forte as vicissitudes. Mas, se toda crítica humana é suscetível de crítica, porque se critica? Porque a crítica honesta, quando orientada para o bem constitui uma barreira para o mal. Mesmo falível, a boa crítica é útil, porquanto encerra um objetivo de ordem moral. Todos obedecemos a um relativo fatalismo ou, dizendo melhor, a um
relativo determinismo, porque todos temos um papel a representar na vida, do qual, entretanto, participa também a relatividade do nosso livre arbítrio.”

José Brígido (Indalício Mendes)

Reformador (FEB) Março 1948

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