Pesquisar este blog

sexta-feira, 5 de julho de 2013

'Andar sobre as águas' (a palavra de Mateus)


Andar sobre
 as Águas

  14,22 Logo depois, Jesus obrigou seus discípulos a entrar na barca e a passar antes Dele para a outra margem, enquanto  Ele  despedia  a  multidão; 
 14,23  Feito isso, subiu a montanha para orar na solidão. E, chegando a noite, estava lá sozinho.
14,24 Entretanto, já à boa distância da margem, a barca era agitada pelas  ondas,  pois  o vento era contrário.
14,25 Pela 4ª vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre a mar
14,26 Quando os discípulos o perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: -É um fantasma!, disseram eles, soltando gritos de terror.  
14,27  Mas  Jesus logo lhes disse: “ -Tranquilizai-vos, sou Eu, não tenhais medo!”
14,28 Pedro tomou a palavra e falou: - Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti!
14,29 Ele disse-lhe: “-Vem!” Pedro saiu da barca e caminhou sobre as águas ao encontro de Jesus.
14,30 Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar,    gritou: -Senhor, Salva-me!
14,31 No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: “-Homem de pouca fé, por que duvidaste?”    
14,32 Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou.
14,33 Então, aqueles que estavam na barca prostraram-se diante Dele e disseram: - Tu és, verdadeiramente, o filho de Deus!      
14,34 E, tendo atravessado, chegaram a  Genesaré.
14,35 As pessoas do lugar o reconheceram e mandaram anunciar por todos os arredores.  Apresentaram-Lhe, então, todos os doentes,
14,36 Rogando-Lhe que, ao menos deixasse tocar na orla de sua veste. E todos aqueles que Nele tocaram, foram curados.   
                     
          Para  Mt(14,22-33), Kardec, em “A Gênese”, Cap. XV, instrui:

            “Este fenômeno nada tem de impossível, nem de miraculoso, pois se produz sob a ação das leis da Natureza. Pode operar-se de duas maneiras. Jesus, embora estivesse vivo, pôde aparecer sobre a água, com uma forma tangível, estando alhures o seu corpo. É a hipótese mais provável. Fácil é mesmo descobrir-se na narrativa alguns sinais característicos das aparições tangíveis. Por outro lado, também pode ter sucedido que seu corpo fosse sustentado e neutralizada a sua gravidade pela mesma força fluídica que mantém no espaço uma mesa, sem ponto de apoio. Idêntico efeito se produz muitas vezes com os corpos humanos.”

          Para Mt (14,23) -Orar, à parte, encontramos  a  palavra  de  Emmanuel, no  livro “Caminho, Verdade e Vida”, por Chico Xavier:
           
            “De vez em quando, surgem grupos religiosos que preconizam o absoluto retiro das lutas humanas para os serviços da oração.

            Neste particular, entretanto, o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. O trabalho e a prece são duas características de sua atividade divina. Jesus nunca se encerrou a distância das criaturas, com o fim de permanecer em contemplação absoluta dos quadros divinos que lhe iluminavam o coração, mas também cultivou a prece em sua altura celestial.

            Despedida a multidão, terminado o esforço diário, estabelecia a pausa necessária para meditar, à parte, comungando com o Pai, na oração solitária e sublime.

            Se alguém permanece na Terra, é com o objetivo de alcançar um ponto mais alto, nas expressões evolutivas, pelo trabalho que foi convocado a fazer. E, pela oração, o homem recebe de Deus o auxílio indispensável à santificação da tarefa. Esforço e prece completam-se no todo da atividade espiritual.

            A criatura que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso, acabaria desesperada, em horrível secura do coração; aquela que apenas se mantivesse genuflexa, estaria ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade. A oração ilumina o trabalho, e a ação é como um livro de luz na vida espiritualizada.

            Cuida de teus deveres porque para isso permaneces no mundo, mas nunca te esqueças desse monte, localizado em teus sentimentos mais nobres, a fim de orares “à parte”, recordando o Senhor.”      
                                                              


Nenhum comentário:

Postar um comentário