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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Aos Espíritas


Aos Espíritas
Guerra Junqueiro
por Amélia Delgado (médium)
em 18 de Junho de 1972, no Rio de Janeiro
Reformador (FEB) Julho 1972

Há muita confusão em torno da Doutrina;
Forças inteligentes no erro situadas,
Investem combatendo o que Jesus ensina
No roteiro de luz das Escrituras Sagradas.
Já não parte da Igreja o principal perigo;
É um flagelo maior nas bases da retórica
Insuflando de leve os planos do inimigo
Em obras poluídas de ingestão pletórica.
Esse tumultuar de insânia disfarçada,
Visando a conquistar a opinião das gentes,
Grava sobre o painel da mente descuidada
O vazio sem fim das coisas incoerentes.

Os redutos do mal estão organizados,
Procurando invadir a Seara da Verdade,
Dando como elixir para os desavisados
Os vírus infernais da incredulidade.
Há estouro de ideias, surtos de mensagens,
Enxertos que deformam o que há de mais sagrado;
E ai de quem se perde atrás dessas miragens
Abismado no erro a que ficar ligado.
Nessas competições existem escritores
Nivelando a Doutrina a cenas caricatas
Onde médiuns fiéis aos orientadores
Fazem auto-de-fé a mastigar baratas.
Por trás dessa porção de frases bem urdidas
Há um triste silvar de cobras escondidas
Promovendo a cizânia, a desagregação
Do trabalho que leva à purificação.

Ativai o labor à santa propaganda,
Seja com sacrifício até da própria vida;
Estancai o furor dessa invasão nefanda
Ampliando as noções da fé esclarecida.
Não deixeis que os incréus façam do Espiritismo
O seu ponto de apoio à especulação,
Arrastando outros tantos para o mesmo abismo
De incerteza e descrença em que eles já estão.



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