O Grão
que
Germina Sozinho
4,26
Dizia também: “O reino de Deus é como um homem que lança a semente à
terra
4,27
Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente cresce, sem ele o
perceber
4,28
Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e,
por último, o grão abundante na espiga.
4,29
Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a
colheita.”
Para Mc (4,26) - O grão que germina sozinho...- reproduzimos “Livro da Esperança”, de
Emmanuel por Chico Xavier:
“Para considerar a
importância do trabalho, relacionemos particularmente algumas das calamidades
da inércia, no plano da natureza.
A casa longamente desabitada
afasta-se da missão de albergar os que vagueiam sem teto e, em seguida, passa à
condição de reduto dos animais inferiores que a mobilizam por residência.
O campo largado em abandono furta-se
ao cultivo dos elementos nobres, necessários à inteligência na Terra e
transforma-se, gradativamente, em deleitoso refúgio da tiririca.
O poço de águas trancadas foge de
aliviar a sede das criaturas, convertendo-se para logo em piscina de vermes.
O arado ocioso esquece a alegria de
produzir e, com o decurso do tempo, incorpora em si mesmo a ferrugem que o
desgasta.
A roupa que ninguém usa distancia-se
da tarefa de abrigar quem tirita de frio ao relento e faz-se, pouco a pouco, a
moradia da traça que a destrói.
O alimento indefinidamente guardado
sem proveito deixa a função que lhe cabe no socorro aos estômagos desnutridos e
acaba alentando os agentes da decomposição em que se corrompe.
Onde estiveres, lembra-te de que a
vida é caminhada, atividade, progresso, movimento e incessante renovação para o
Bem Eterno.
Trabalho é o infatigável
descobridor.
Transpõe dificuldades, desiste da
irritação, olvida mágoas, entesoura os recursos da experiência e prossegue
adiante.
Quem
persevera na preguiça, não somente deserta do serviço que lhe compete fazer,
mas abre também as portas da própria alma à sombra da obsessão em que
fatalmente se arruinará.”
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