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domingo, 3 de julho de 2011

'Póstumo'


Póstumo

de M. Quintão
Reformador (FEB)  15.9.1908

Jaz no limo, desfeita, apodrecida
A pobre veste que despi na Terra!
E de peias isento, nesta vida,
Meu ser exulta à nova luz em que erra.

Do mal vencida a tenebrosa guerra,
Com ela a humana dor também vencida,
Ao bem, por Deus, o espírito se aferra,
Que é bom rever a crença não descrida.

Homens que lamentais a minha sorte,
 Filhos que aí deixei, entes queridos,
Não choreis, não choreis a minha morte!
A morte é sombra passageira, e agora
-Ave desperta em páramos floridos -
Eu vivo, eu canto a minha eterna aurora.

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