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sexta-feira, 1 de abril de 2011

'Os três Crivos de Sócrates'





Os Três Crivos


Certa feita, um homem esbaforido 
achegou-se A Sócrates e
 sussurrou-lhe aos ouvidos:
Escuta, na condição de teu amigo, 
tenho alguma coisa muito grave para dizer-te, em particular...
Espera!... ajuntou o sábio prudente. 
Já passaste o que vais me dizer pelos três crivos?
-Três crivos?  perguntou o visitante, espantado.
Sim, meu amigo, três crivos.   
Observemos se tua confidência passou por eles.  
O primeiro é o crivo da verdade.  
Guardas absoluta certeza quanto aquilo
 que pretendes comunicar?
Bem, ponderou o interlocutor, assegurar mesmo, 
não posso... Mas ouvi dizer e... então...
Exato. Decerto peneiraste o assunto 
pelo segundo crivo,  o  da bondade
Ainda que não seja real o que julga saber, 
será pelo menos bom o que me queres contar? 
Hesitando, o homem replicou: Isso não... 
Muito pelo contrário... 
Ah! tornou o sábio  então recorramos ao terceiro crivo, 
o da utilidadee notemos o proveito do que tanto te aflige.
 Útil?!...  aduziu o visitante ainda agitado.
 Útil não é... 
Bem, rematou o filósofo num sorriso. 
se o que tens a confiar não é verdadeiro
nem bom e nem útil, esqueçamos o problema 
e não te preocupes com ele,
já que nada valem casos 
sem edificação para nós!...
Aí está, meu amigo, a lição de Sócrates, 
sobre maledicência...


                        Irmão X  por Chico Xavier

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