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‘Que diremos pois à vista destas coisas?
Se Deus é por nós, quem será contra nós?”
Romanos 8,31
A interrogação de Paulo ainda representa precioso tema para a comunidade evangélica dos dias que correm.
Perante nosso esforço desdobra-se campo imenso, onde o Mestre nos aguarda a colaboração resoluta.
Muitas vezes, contudo, grande número de companheiros prefere abandonar a construção para disputar com malfeitores do caminho.
Elementos adversos nos cercam em toda parte.
Obstáculos inesperados se desenham ante os nossos olhos aflitos, velhos amigos deixam-nos a sós, situações favoráveis, até ontem, são metamosfoseadas em hostilidades cruéis.
Enormes fileiras de operários fogem ao perigo, temendo a borrasca e esquecendo o testemunho.
Entretanto, não fomos situados na obra a fim de nos rendermos ao pânico, nem o Mestre nos enviou ao trabalho com o objetivo de confundir-nos através de experiências dos círculos exteriores.
Fomos chamados a construir.
Naturalmente, deveremos contar as mil eventualidades de cada dia, suscetíveis de nascer das forças contrárias, dificultando-nos a edificação; nosso dia de luta será assediado pela perturbação e pela fadiga. Isto é inevitável num mundo que tudo espera do cristão genuíno.
En razão de semelhante imperativo, entre ameaças e incompreensões da senda, cabe-nos indagar, bem-humorados, à maneira do apóstolo aos gentios: “- Se Deus é por nós, quem será contra nós?”
'Pão Nosso'
“Porque a Escritura diz:
Todo aquele que nele crer não será confundido.”
Romanos 10,11
Em todos os círculos do Cristianismo, há formas diversas quanto à crença individual.
Há católicos romanos que restringem ao padre o objeto de confiança; reformistas evangélicos que se limitam à fórmula verbal e espiritistas que concentram todas as expressões da fé na organização mediúnica.
É natural, portanto, a colheita de desilusões.
Em todos os lugares, há sacerdotes que não satisfazem, fórmulas verbalistas que não atendem e médiuns que não solucionam todas as necessidades.
Além disso, temos a considerar que toda crença cega, distante do Cristo, pode redundar em séria perturbação... Quase sempre, os devotos não pedem algo mais que a satisfação egoística no culto comum, no sentimento rudimentar de religiosidade, e, daí, os desastres do coração.
O discípulo sincero, em todas as circunstâncias, compreende a probabilidade de falência na colaboração humana e, por isso, coloca o ensino de Jesus acima de tudo.
O Mestre não veio ao mundo operar a exaltação do egoísmo individual, e, sim, traçar um roteiro definitivo às criaturas, instituindo trabalho edificante e revelando os objetivos sublimes da vida.
Lembra sempre que a tua existência é jornada para Deus.
Em que objeto centraliza a tua crença, meu amigo? Recorda que é necessário crer sinceramente em Jesus e segui-Lo, para não sermos confundidos.
'Vinha de Luz'
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