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domingo, 6 de janeiro de 2013

'A Parábola do Semeador' (na palavra de Mateus)




A Parábola
do Semeador

13,1   “ Naquele dia, saiu Jesus e sentou-se à beira do lago.
13,2 Acercou-se Dele, porém, uma tal multidão, que precisou entrar numa barca. Nela se assentou, enquanto a multidão ficava à margem.
13,3 E seus discursos foram uma série de parábolas.
13,4 Disse Ele: “ -Eis que o semeador saiu a semear. E, semeando, parte da semente caiu ao longo do caminho; os pássaros vieram e comeram.
13,5 Outra parte caiu em solo pedregoso, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque a terra era pouco profunda.
13,6 Logo, porém, que o sol nasceu, queimou-se, por falta de raízes.
13,7 E outra caiu em boa terra e deu fruto, um a cem ,outro a sessenta e outro a trinta. 13,8 Aquele que tem ouvidos, ouça”

           Esclarecedora a palavra de Emmanuel por Chico Xavier, no livro “Caminho, Verdade e Vida”:
           
'Semeadura 

            É razoável que todos os homens procurem compreender a substância dos atos que praticam nas atividades diárias. Ainda que estejam obedecendo a certos regulamentos do mundo, que os compelem a determinadas atitudes, é imprescindível examinar a qualidade de sua contribuição pessoal no mecanismo das circunstâncias, porquanto é da lei de Deus que toda semeadura se desenvolva.

            O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação. Muitos espíritos, de corpo em corpo, permanecem na Terra com as mesmas recapitulações durante milênios. A semeadura prejudicial condicionou-os à chamada “morte no pecado”. Atravessam os dias, resgatando débitos escabrosos e caindo de novo pela renovação da sementeira indesejável. A existência deles constitui largo círculo vicioso, porque o mal os enraíza ao solo ardente e árido das paixões ingratas.

            Somente o bem pode conferir o galardão da liberdade suprema, representando a chave única suscetível de abrir as portas sagradas do Infinito à alma ansiosa.

            Haja, pois, suficiente cuidado em nós, cada dia, porquanto o bem ou o mal, tendo sido semeados, crescerão junto de nós. de conformidade com as leis que regem a vida.”

            Para  Mt  (13,4) - Eis que o semeador saiu a semear... - lemos em “Fonte Viva” de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Todo ensinamento do Divino Mestre é profundo e sublime na menor expressão. Quando se dispõe a contar a parábola do semeador, começa com ensinamento da maior importância que vale relembrar.

            Não nos fala que o semeador deva agir, através do contrato com terceiras pessoas, e sim que ele mesmo saiu a semear. Transferindo-se a imagem para o solo do espírito, em que tantos imperativos de renovação convidam os obreiros da boa vontade à santificante lavoura da elevação, somos levados a reconhecer que o serviço do Evangelho é compelido a sair de si próprio, a fim de beneficiar corações alheios.

            É necessário desintegrar o velho cárcere do “ponto de vista” para nos devotarmos ao serviço do próximo. Aprendendo a ciência de nos retirarmos da escura cadeia do “eu”, excursionaremos através do grande continente denominado “interesse geral”. E , na infinita extensão dele, encontraremos a “terra das almas”, sufocada de espinheiros, ralada de pobreza, revestida de pedras ou intoxicada de pântanos, oferecendo-nos a divina oportunidade de agir a benefício de todos.

            Foi nesse roteiro que o Divino Semeador pautou o ministério da luz, iniciando a celeste missão do auxílio entre humildes tratadores de animais e continuando-a através dos amigos de Nazaré e dos doutores de Jerusalém, dos fariseus palavrosos e dos pescadores simples, dos justos e dos injustos, ricos e pobres, doentes do corpo e da alma, velhos e jovens, mulheres e crianças...

            Segundo observamos, o semeador do céu ausentou-se da grandeza a que se acolhe e veio até nós, espalhando as claridades da Revelação e aumentando-nos a visão e o discernimento. Humilhou-se para que nos exaltássemos e confundiu-se com a sombra a fim de que a nossa luz pudesse brilhar, embora lhe fosse fácil fazer-se substituído por milhares de mensageiros, se desejasse.

            Afastemo-nos, pois, das nossas inibições e aprendamos com o Cristo a “sair para semear”. ” 

         Para  Mt  (13,8) -Caiu em Boa Terra e deu Fruto... - lemos. em “Palavras de Vida Eterna” de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Referindo-nos à parábola do semeador, narrada pelo Divino Mestre, lembremo-nos de que o campo da vida é assim como a terra comum. Nele encontramos criaturas que expressam glebas espirituais de todos os tipos:

            Homens-calhaus... Homens-espinheiros... Homens-milhafres... Homens-parasitas... Homens-charcos... Homens-furnas... Homens-superfícies... Homens-obstáculos... Homens-palhas... Homens-sorvedouros... Homens-erosões... Homens-abismos...

            Mas, surpreendemos também, com alegria, os homens-searas, aqueles que reunindo consigo o solo produtivo do caráter reto, a água pura dos sentimentos nobres, o adubo da abnegação, a charrua do esforço próprio e o suor do trabalho constante, sabem albergar as sementes divinas do conhecimento superior, produzindo as colheitas do bem para os semelhantes.

            Reparemos a vasta paisagem que nos rodeia, através da meditação, e, com facilidade, por nossa atitude perante os outros, reconheceremos de pronto que espécie de terreno estamos sendo nós.”

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