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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Verdades inocultáveis

                            

Verdades inocultáveis

Túlio Tupinambá (Indalício Mendes)   

Reformador (FEB) Fevereiro 1968

             É digno de realce o interesse e o carinho que o trabalho em favor da unificação do Espiritismo kardequiano se desenvolve no Brasil.

            Semelhante dedicação atesta a sinceridade dos verdadeiros trabalhadores da seara espírita.

            Entretanto, elementos não integrados no legítimo sentido doutrinário, amantes de novidades, procuram realizar um serviço negativo, pensando, talvez, que estão descobrindo a pólvora. Assim é que se denunciam, provando não serem espíritas kardequianos ao sancionarem ou abonarem ideias estapafúrdias, negativas, que não podem ligar-se ao movimento salutar da unificação, porque antes, se mostram adversas ao ponto de vista fraternal da imensa maioria.

            Movimentos paralelos são esses que, aparentando identidade espírita, realizam tentativas divisionistas, disseminando a confusão, retardando a possibilidade de muitas criaturas seguirem o caminho certo, por isso que tomam o tempo com a defesa de opiniões absurdas e anódinas (sem significado), que desorientam e paralisam.

            Em outros países pululam seitas extravagantes, as quais muitas vezes chegam a adquirir popularidade por sua facilidade de induzir ao misticismo mórbido e ao fanatismo estéril. O mesmo está acontecendo no Brasil de hoje. Numerosas seitas estão aparecendo, inclusive à margem do Espiritismo. Isto quer dizer que a barafunda vai aumentar, porque os simples nem sempre sabem, em casos tais, discernir a verdade legítima, deixando-se seduzir por verdades aparentes, por falsas realidades, e, quando se capacitarem do erro cometido, terão perdido precioso tempo e acumulado responsabilidades sérias.

            Da mesma maneira no capítulo das publicações, têm surgido editoras ditas espíritas, muitas das quais não possuem senão o objetivo comercial, não abrigando o propósito benéfico de colocar os interesses puros e legítimos da Doutrina acima de quaisquer outros interesses.

            Já lemos livros editados por algumas delas, com erros provenientes de revisões desatentas, além de outras falhas. Fora daí, livros referentes ao Espiritismo, contendo temas estranhos ao espírito da Doutrina, contradições, equívocos, etc. Aqueles que nos perguntam que livros devem preferir, respondemos que, em primeiro lugar, os subscritos por Allan Kardec, sob a chancela da FEB, em vista do cuidado com que são examinados, revisados e lançados à publicidade. Pelo menos, ter-se-á a convicção de que tais obras, garantidas pela Federação Espírita Brasileira, nada conterão de incompatível com a Doutrina. Quanto a outros livros espíritas ou ditos espíritas, nada podemos aconselhar, porque, entre editoras e autores escrupulosos, há, de mistura, outras e outros que não observam o mesmo cuidado seletivo.

            A importância do conteúdo dos livros que tratam de assuntos espíritas, doutrinários ou não, é relevante. O livro bom é um mensageiro divino; o livro medíocre ou ruim, um propagador de erros e falsidades. Daí a importância fundamental da escolha de livros de editoras bem reputadas e de autores verdadeiramente idôneos. As verdades que dizemos podem não agradar a alguns, mas, certamente, agradarão à maioria. O essencial, porém, é que a Verdade não fique oculta e, assim, as verdades que dela decorrem devem ser espalhadas desassombradamente, para que seus efeitos benéficos conduzam à Verdade maior, à Verdade absoluta.

 


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