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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Dai de graça...



Dai de graça...
J. Lemos
Reformador (FEB) Julho 1951

No Brasil, felizmente, raríssimos foram os médiuns que se aventuraram a cobrar os seus trabalhos mediúnicos, e os poucos que assim procederam, apesar de todas as suas tendenciosas argumentações, ficaram mal vistos, sentiram a repulsa de todo o nosso meio espírita.

Na Inglaterra, segundo notícias que de lá vimos recebendo, a nova lei que está sendo estudada pelo governo daquele país, diante dos fatos e talvez a pedido dos próprios espíritas, consideram crime receber alguém qualquer pagamento pelos serviços mediúnicos prestados.

Na Itália, na América do Norte e em outros países, o médium não está sujeito a lei alguma nesse sentido. Poderá fazer o preço que bem entender, exatamente como se vendesse uma mercadoria de sua exclusiva fabricação.

Que os espíritas brasileiros saibamos conservar a orientação que herdamos dos nossos maiores.

Aliás, diz-nos Emmanuel em o nº 402 d'O “Consolador”:

“Quando um médium se resolve a transformar suas faculdades em fonte de de renda material, será melhor esquecer suas responsabilidades psíquicas e não se aventurar pelo terreno delicado dos estudos espirituais.

“A remuneração financeira, no trato das questões da alma, estabelece um comércio criminoso, do qual o médium deverá esperar no futuro os resgates mais dolorosos.

A mediunidade não é oficio do mundo, e os espíritos esclarecidos, na verdade e no bem, conhecem, mais que os seus irmãos na carne, as necessidades dos seus intermediários”.  

E Allan Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo", Cap.  XXVI – nº 7, assim nos fala:

“Os médiuns atuais - pois que também os apóstolos tinham mediunidade - igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes das Espíritos para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que lhe não pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas concepções, nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais.”


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