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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

A Festa dos Tabernáculos



                        A Festa dos Tabernáculos -  Jesus e Irmãos                                                      
7,1 Depois disto, Jesus percorria a Galiléea. Ele não queria deter-se na Judeia, porque procuravam tirar-Lhe a vida. 
7,2 Aproximava-se a festa dos judeus chamada dos Tabernáculos. 
7,3 Seus irmãos disseram-Lhe: -Parte daqui e vai para a Judeia, a fim de que também os Teus discípulos vejam as obras que fazes; 
7,4  Pois quem deseja ser conhecido em público não faz coisa alguma ocultamente. Já que fazes estas obras, revela-Te ao mundo! 
7,5  Com efeito, nem mesmo seus irmãos acreditavam nele. 
7,6  Disse-lhes Jesus: “ -Ainda não é chegado o Meu tempo, mas, o vosso tempo sempre está pronto, 
7,7  o mundo não vos pode odiar, mas odeia-Me porque Eu tenho o testemunho contra ele, que as suas obras são más; 
7,8  Subi vós para a festa. Quanto a Mim, Eu não irei, porque ainda não chegou o Meu tempo.” 
7,9  Dito isto, permaneceu na Galileia. 
7,10  Mas, quando os Seus irmãos tinham subido, então subiu também Ele à festa, não em público, mas desapercebidamente. 
7,11  Buscavam-No os judeus durante a festa e perguntavam: - Onde está Ele? 
7,12  E, na multidão, só se discutia a respeito dele. Uns diziam: - É homem de bem! Outros, porém, diziam: - Não é, Ele seduz o povo. 
7,13 Ninguém, contudo, ousava falar Dele livremente com medo dos Judeus.

         Para  Jo (7,6), -Jesus e seus Irmãos -  tomemos “Conduta Espírita”, de André Luiz:

Conduta Espírita perante o tempo...

            - Em nenhuma condição, malbaratar o tempo com polêmicas e conversações estéreis, ocupações fantasistas e demasiado divertimento. Desperdiçar  tempo é esbanjar patrimônio divino.
           - Autodisciplinar-se em todos os cometimentos a que se proponha, revestindo-se do necessário discernimento. Fazer muito nem sempre traduz fazer bem
           - Fugir de chorar o passado, esforçando-se por reparar toda ação correta. O passado é a raiz do presente, mas o presente é a raiz do futuro.  
           - Afastar aflições descabidas com referência ao porvir, executando honestamente os deveres que o mundo lhe designa no minuto que passa. O amanhã germinará das sementes do hoje.
           - Quando possível, plasmar as resoluções do bem no momento em que surjam, de vez que, posteriormente, o campo da experiência pode modificar-se inteiramente. Ajuda menos quem tarde serve. 
           - Ainda que assoberbado de realizações e tarefas, jamais descurar o bem que possa fazer em favor dos outros. Quando procuramos o bem, o próprio bem nos ensina a encontrar o tempo de auxiliar.”                   

A Festa dos Tabernáculos - Jesus  e Irmãos      

7,14 Lá pelo meio da festa, Jesus subiu ao templo e pôs-se a ensinar. 
7,15 Os judeus se admiravam e diziam: -Este homem não faz estudos. Donde vem, pois, este conhecimento das escrituras? 
7,16 Respondeu-lhes Jesus:“ -A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou; 
7,17  Se alguém quiser cumprir a vontade de Deus, distinguirá se a minha doutrina é de Deus, ou se falo de mim mesmo; 
7,18 Quem fala por sua própria autoridade, busca a própria glória, mas quem procura a glória de quem O enviou, é digno de fé e Nele não há impostura alguma; 
7,19  Acaso não foi Moisés quem vos deu a lei? No entanto, ninguém de vós cumpre a lei...
7,20  Por que procurais tirar-Me a vida?”  Respondeu o povo: -Tens um espírito mal! Quem procura tirar-Te a vida? 
7,21 Replicou Jesus: “ -Fiz uma só obra,  e  todos  vós  vos  maravilhais!  
7,22  Moisés vos deu a circuncisão (se  bem que não é de Moisés, mas dos Patriarcas) e até no sábado circuncidais um homem!  
7,23  Se um homem recebe a circuncisão em dia de sábado, e isso sem violar a lei de Moisés, por que vos indignais comigo, que tenho curado os homens em todo o  corpo, em dia de sábado?”
7,24 Não julgueis conforme a aparência, mas julgai conforme a justiça!”

            Seguimos com Roustaing:

            Para Jo (7,16-19), -A minha doutrina não é minha mas daquele que me enviou, O espanto dos judeus ao ouvirem os ensinos de Jesus e isto que disseram: Como sabe este homem as letras sagradas (As Escrituras) sem as ter estudado? devem prender-vos a atenção.

            Os Judeus, efetivamente estavam muito bem certos de que Jesus não estudara. Como então que sabia as Escrituras? Que Espírito, sofrendo a encarnação material humana, pode jamais, ou pode, saber as Escrituras, sem que as tenha estudado? A resposta de Jesus, evasiva segundo a letra, resolve a questão, desde que seja entendida segundo o espírito:

            “A minha doutrina (a doutrina que prego) não é minha, mas daquele que me enviou”. Atesta, dessa forma, que sabe tudo o que dizem as Escrituras, sem as ter estudado; que sabe tudo o que ensina, por estar em relação direta com aquele que o enviou; que a sua ciência e, por conseguinte, sua natureza e sua origem são extra-humanas, não lhe vêm dos homens.

            Concita os Judeus a refletirem sobre o que diz e ensina, reportando-se ao que o homem deve fazer, segundo a lei que Moisés lhe outorgou, para obrar de acordo coma vontade de Deus cumprindo essa lei. Concita-os a que, comparando, reconheçam que a sua doutrina é de origem divina; que ele é o órgão direto do Senhor; que não busca  a vaidade das glórias humanas, mas a glória daquele que o enviou; que suas palavras são palavras de justiça, de amor e de verdade; que ele é delas a personificação mesma.

            Moisés, diz o Mestre, vos deu a lei e, entretanto, nenhum de vós a cumpre. A lei estava no Decálogo, no amor a Deus acima de todas as coisas, no amor ao próximo como a si mesmo, proclamados no Levítico e no Deuteronômio. E, nenhum dos que o ouviam cumpria a lei.
           
            Para Jo (7,20-24) -Não julgueis pela aparência e sim pela reta justiça... Do ponto de vista do ensino que, proferindo-as, dava Jesus sobre o sábado e o modo de santificar-se esse dia, já vos foi explicado...

            A circuncisão era um uso seguido pelos patriarcas, mas, voluntariamente, como medida de precaução. Moisés a tornou obrigatória, fazendo de sua prática uma lei religiosa.

            Na acusação, que lhe lançavam, de ter violado o sábado, porque praticara uma boa obra, havia apenas aparência de respeito à lei. Para os Judeus havia aparência de violação, porque houvera ato e todo ato era proibido no sábado. Mas, a justiça reta forçosamente reconheceria não haver dia algum interdito à prática do bem e que, se algum houvesse, não poderia ser o dia consagrado ao Senhor.




      A Festa dos Tabernáculos - A Origem do Messias                        

7,25 Algumas das pessoas de Jerusalém diziam: -Não é Este Aquele quem procuram tirar a vida? 
7,26  Todavia, Ei-Lo que fala em público e não Lhe dizem coisa alguma. Porventura reconhecem, de fato, as autoridades que Ele é o Cristo? 
7,27 Mas Este nós sabemos de onde vem. Do Cristo, porém, quando vier, ninguém saberá donde seja. 
7,28  Enquanto ensinava no templo, Jesus exclamou: “ -Ah! Vós me conheceis e sabeis donde Eu sou! Entretanto, não vim de Mim mesmo, mas é verdadeiro Aquele que Me enviou, e vós não O conheceis... 
7,29  Eu O conheço, porque venho Dele e Ele me enviou.” 
7,30  Procuravam prendê-Lo, mas ninguém Lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada a Sua hora.


         Para Jo (7,25-30), -A Origem do Messias - leiamos a  J.-B. Roustaing em “Os Quatro Evangelhos” - 4º Volume:

            “Tendes aqui mais um testemunho da origem de Jesus e do erro em que caíram os Judeus, atribuindo uma missão humana ao Messias que esperavam. Efetivamente, contavam eles que o Messias sairia da descendência de David. Logo, não deveriam esperar que surgisse no meio deles, humanamente, sem que se soubesse donde vinha. Entretanto, assim era.

            Por efeito das interpretações humanas a que dera lugar, a predição relativa ao Messias tivera como conseqüência, como resultado, a crença expressa nesta frase:

            Quando o Cristo vier, ninguém saberá donde ele é.” A contradição que assim se patenteia não existiria, desde que houvessem aplicado essa dedução à origem espiritual extra-humana, de Jesus, como de fato se aplica inteiramente.”

            Ainda Roustaing:

            Vv. 28 e 29: “Os judeus conheciam a Jesus do ponto de vista da aparência humana. Todos sabiam qual a sua residência material. Ignoravam, porém, que nada tendo de material a sua missão, imaterial era o seu princípio. Era imaterial relativamente aos homens, porque à sua encarnação nenhuma aplicação tiveram as leis de reprodução no planeta terreno. Este fato, contudo, não estava ao alcance dos homens daquela época e mesmo dos vossos contemporâneos será mal compreendido. (Ditado mediúnico em Dezembro de 1864).

            Pela sua natureza espiritual, só Jesus, entre os homens, podia conhecer aquele que o enviara. “Eu, disse ele, o conheço, porque dele nasci e porque ele me enviou.

            Desse modo aludia à sua natureza extra-humana, à sua essência espiritual de enviado, as quais lhe permitiram ter, durante todo o curso da sua missão terrena, consciência exata da sua posição espírita, do conhecimento, que possuía, de Deus e da relação direta em que com este se achava a acha.”

            Vv.30: “Não chegara ainda a hora do sacrifício. Por meio de ação magnética e por ato da sua vontade, Jesus atua sobre os que o cercam, afastando deles a ideia de o prenderem. Se já houvera chegado a hora, não se teria subtraído à perseguição dos que lhe queriam dar a morte. Conheceis a ação da vontade do magnetizador humano sobre o homem. Deveis avaliar perfeitamente qual fosse a de Jesus, que possuía no máximo grau o poder magnético.”




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