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terça-feira, 17 de junho de 2014

30. A palavra de Camille Flammarion



pg. 17-18  de
‘Deus na Natureza’ de Camille Flammarion
(6ª Edição FEB - 1990)
-Tradução de Manuel Quintão-

            “De resto, não há necessidade de acrescentar que são sempre esses princípios que atacamos, e nunca a personalidade dos que os advogam. Assim, considerando-se a índole mesma da questão, exclusas ficam as pessoas do campo de batalha.

            Além disso, em consciência, não acreditamos pratiquem os adversários o materialismo absoluto - o dos seus interesses e das paixões egoístas e, portanto, não temos outra intenção que discutir as suas teorias.

            Dividiremos nossa argumentação geral em cinco partes, no intuito de demonstrar em cada uma a proposição diametralmente contrária à sustentada pelos eminentes advogados do ateísmo.

            Assim, na primeira, lidaremos por estabelecer, preliminarmente, pelo movimento dos astros e depois pela observação do mundo inorgânico terrestre, que a Força não é atributo da Matéria, mas, ao contrário, a sua soberana, a sua causa diretora. No segundo livro, verificaremos, pelo estudo fisiológico dos seres, que a vida não é propriedade fortuita das moléculas que a compõem e sim uma força especial a governar átomos, conforme o tipo das espécies. O estudo da origem e progressão das espécies também aproveitará à nossa doutrina. No terceiro livro observaremos, examinando as relações do pensamento com o cérebro, que há no homem algo mais que a matéria, e que as faculdades intelectuais distinguem-se das afinidades químicas. A personalidade da alma afirmará o seu caráter e a sua independência. O quarto evidenciará em a Natureza um plano, uma destinação geral e particular, um sistema de combinações inteligentes, no seio das quais o olhar desprevenido não pode deixar de admirar, mediante sadia concepção das causas finais, o poder, a sabedoria e a previdência que coordenam o Universo.

            O quinto livro, enfim, como centro de convergência das vias precedentes, nos colocará na posição científica mais favorável para julgar simultaneamente a misteriosa grandeza do Ente Supremo e a cegueira inconteste dos que fecham os olhos para se convencerem de que Ele não existe.”


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