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quinta-feira, 12 de junho de 2014

23. A palavra de Camille Flammarion



pg. 19 /20 de
‘A Morte e o seu mistério - Vol 2 de Camille Flammarion
(4ª Edição FEB - 1990)

            “Os pressentimentos são, por vezes, de tal precisão que certos psicólogos pensam que a alma humana, reduzida às suas únicas forças, não é capaz de senti-los e que se torna necessário associar-lhe a intervenção dum espírito exterior a ela. Estes analistas levam as consequências espiritualistas ainda mais longe do que eu tenho feito até aqui.

            Que nisto o cérebro entre em jogo, muito bem; mas ele não é mais do que o instrumento. A locomotiva não se moveria sem o maquinista. O aparelho elétrico não é o telegrafista. O telefone não é a pessoa que faz a chamada. A câmara escura não é o fotógrafo.

            Há ainda um outro aspecto do homem, de que não falei até agora e sobre o qual nada tenho que dizer aqui: - o caráter moral. Como é que combinações de moléculas químicas poderiam produzir a bondade, a devoção, o amor do bem, a honestidade, a probidade, a virtude, o sentimento do sacrifício, o espírito de justiça, a paixão da verdade, e todas as faculdades espirituais que constituem o domínio moral da Humanidade? As faculdades da alma são tão diferentes como os indivíduos: mas existe uma semelhança comum entre todas as almas: - a consciência, para condenar o mal e louvar o bem. Além do lado espírito da alma, há também o lado moral que constitui o próprio fundo da psique humana. Como ver nisto uma função da matéria cerebral?”


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