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domingo, 19 de julho de 2020

O lava-pés



O lava-pés      

 13,1 Antes da festa da páscoa, sabendo que chegara  sua hora de ir da Terra ao Pai, como amasse os seus que estavam na Terra, até ao extremo os amou. 
13,2 Durante a ceia - quando espíritos do mal já tinham lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotis, o propósito de traí-Lo, 
13,3  sabendo Jesus que o Pai tudo Lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, 
13,4  levantou-se da mesa, depôs suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-Se com ela. 13,5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e começou a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. 
13,6 Chegou a Simão Pedro que Lhe disse: -Senhor, queres lavar-me os pés!? 
13,7  Respondeu-lhe Jesus: “ -O que faço não compreendes agora, mas compreender-lo-á em breve!” 
13,8  Disse-Lhe Pedro: -Jamais lavarás os meus pés! Respondeu-lhe Jesus: “ -Se Eu não tos lavar, não terás parte comigo!”  
13,9  Exclamou, então, Simão Pedro: -Senhor, não somente os pés,  mas   também   as   mãos   e   a   cabeça.

         Para  Jo (13,1-15) - O lava-pés - tomemos  “Caminho, Verdade e vida”, de Emmanuel por Chico Xavier:
           
            “É  natural vejamos, antes de tudo, na resolução do Mestre, ao lavar os pés dos discípulos, uma demonstração sublime de humildade santificante.
            Primeiramente, é justo examinarmos a interpretação intelectual, adiantando, porém, a análise mais profunda de seus atos divinos.
             É que, pela mensagem permanente do Evangelho, o Cristo continua lavando os pés de todos os seguidores sinceros de sua doutrina de amor e perdão.
            O homem costuma viver desinteressado de todas as suas obrigações superiores, muitas vezes aplaudindo o crime e a inconsciência.
             Todavia, ao contato de Jesus e de seus ensinamentos sublimes, sente que pisará sobre novas bases, enquanto que suas  apreciações fundamentais da existência são muito diversas.
            Alguém proporciona leveza aos seus pés espirituais para que marche de modo diferente nas sendas evolutivas.
            Tudo se renova e a criatura compreende que não fora essa intervenção maravilhosa e não poderia participar do banquete da vida real.
            Então, como o apóstolo de Cafarnaum. experimenta novas responsabilidades no caminho e, desejando corresponder à expectativa divina, roga a  Jesus lhe lave, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça.”
        
          O lava-pés                                       

13,10  Disse-lhe Jesus: “ -Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se. Está inteiramente puro, ora, vós estais puros, mas... nem todos.” 
13,11 Sabia quem O havia de trair, por isso disse: “ Nem todos estais puros.” 
13,12  Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-Se de novo   à mesa e perguntou-lhes: “ -Sabeis  o que vos fiz? 
13,13 Vós Me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem porque O sou; 
13,14 Logo, se Eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros; 
13,15  Dei-vos o exemplo para que, como Eu fiz, assim façais também vós!” 

         Para Jo (13,10-15), -O lava-pés - leiamos a Bittencourt Sampaio por Frederico Jr. em “Jesus perante a Cristandade”(Ed. FEB):

            “Vós Me chamais Mestre e Senhor, e bem o dizeis, porque o Sou!
            Mas, se sendo Eu vosso Mestre e Senhor vos lavo os pés, o que devereis vós fazer uns aos outros?  Sede humildes; amai-vos, como Eu vos amo e como vos ama o Pai, e só assim vos fareis conhecidos como meus verdadeiros discípulos.
            Eis as sublimes palavras do Enviado de Deus, que baixou à Terra para mostrar à triste humanidade, ainda escrava das suas próprias paixões, o caminho de luz que deve conduzi-la, redimida e limpa do pecado, aos pés do Criador!
            E, no entanto, existe na Terra um homem, um sucessor de Pedro, que, lendo esse trecho grandioso do Evangelho, lição suprema da humildade cristã, interpreta-o e o põe em prática sentando-se em suntuosa cadeira, de onde assiste ao desfilar dos peregrinos que de todas as partes do mundo, reverentes, lhe vêm beijar os pés!
            E, assim, se interpreta o Evangelho de Nosso Senhor  Jesus Cristo!”  

                  


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