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domingo, 25 de agosto de 2013

Fé, do tamanho de um grão de mostarda (Mateus)



,
do tamanho de
um grão de mostarda...

17,14 E, quando eles se reuniram ao povo, um homem aproximou-se deles e prostrou-se diante de Jesus,
17,15 dizendo: - Senhor, tem piedade de meu filho que está obsedado e sofre muito: Ora cai no fogo, ora na água;
17,16  Já o apresentei a Teus discípulos,  mas  eles  não  o  puderam  curar.
17,17 Respondeu Jesus: “ -Raça incrédula e de pouca fé! Até quando estarei convosco? Até  quando  hei de aturar-vos?  Trazei-mo!”
17,18 Jesus retirou o obsessor e este afastou-se do menino que ficou bom na mesma hora.
17,19 Então, os discípulos lhe perguntaram: - Porque não pudemos nós expulsar o obsessor?
17,20  Jesus respondeu-lhes: “ -Por causa de vossa pouca fé. Em verdade vos digo, se tiverdes fé, como um grão de mostarda, direis a esta montanha: Transporta-te daqui para lá, e ela irá, e nada vos será impossível. 17,21 Quanto a essa espécie de obsessor, só se pode afastar à força de oração e de jejum.”

             Para Mt (17,14-21), -Fé, do tamanho de um grão de mostarda... -tomemos a palavra de Kardec, no Cap. XIX de  “O Evangelho...”:
           
            “No sentido próprio, é certo que a confiança nas próprias forças torna capaz de executar coisas materiais que não se pode fazer quando se duvida de si; mas aqui é unicamente no sentido moral que é preciso entender essas palavras. As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, numa palavra, que se encontra entre os homens quando se trata das melhores coisas; os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo, as paixões orgulhosas, são outras tantas montanhas que barram o caminho de todo aquele que trabalha pelo progresso da Humanidade. A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem vencer os obstáculos, nas pequenas como nas grandes coisas; a que é vacilante dá a incerteza, a hesitação de que se aproveitam aqueles que se quer combater; ela não procura os meios de vencer, porque não crê poder vencer.”

            “O poder da fé recebe uma aplicação direta e especial na ação magnética; por ela o homem age sobre o fluido, agente universal, lhe modifica as qualidades e lhe dá uma impulsão, por assim dizer, irresistível. Por isso aquele que, a um grande poder fluídico normal junta uma fé ardente, pode, apenas pela vontade dirigida para o bem, operar esses fenômenos estranhos de cura e outros que, outrora, passariam por prodígios e que não são, todavia, senão as consequências  de uma lei natural. Tal o motivo pelo qual  Jesus disse aos seus apóstolos: se não haveis curado é que não tínheis a fé.”

            Para  Mt  (17,20) -Nada vos seria impossível...- leiamos “Livro da Esperança” de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Há quem diga que a discórdia e a ignorância, a penúria e a carência são chagas crônicas, no corpo da Humanidade, apelando simplesmente para o auxílio de Deus, qual se Deus estivesse escravizado aos nossos caprichos, com a obrigação de resolver-nos os problemas, a golpe de mágica.

            Indubitavelmente, nada de bom se efetua sem o auxílio de Deus, no entanto, vale destacar que o Infinito Amor age na Terra, nas questões propriamente humanas, pela capacidade do homem, atendendo à vontade do próprio homem.

            As criaturas terrestres, através de milênios, vêm realizando as mais belas empresas da evolução, com o Amparo Divino.

            Viviam segregadas no primitivismo dos continentes...

            Quando se decidiram a conhecer o que havia, para além dos mares enormes, com o auxílio de Deus, construíram as naves que se sustentam sobre as ondas.

            Venciam penosamente as longas distâncias...

            Quando se dispuseram a buscar mais largas dotações de movimento, com o auxílio de Deus, fabricaram veículos a motor, que deslizam no solo ou planam no espaço.

            Jaziam submetidas às manufaturas, que lhes mantinham todas as faculdades na sombra da insipiência.

            Quando resolveram conquistar o tempo preciso para o cultivo mais amplo da inteligência, com o auxílio de Deus, estruturaram as máquinas que lhes descansam a mente e as mãos, por toda parte, desde o cérebro eletrônico à enceradeira.

            Padeciam visão limitada...

            Quando diligenciaram obter meios de análise, com o auxílio de Deus, passaram a deter lentes e raios que lhes facultam observações minuciosas, tanto nos astros, quanto nas peças mais ínfimas do mundo orgânico.

            Experimentavam  manifesta insuficiência de comunhão espiritual...

            Quando se afadigaram por estabelecer contato entre si, com o auxílio de Deus, atingiram as comunicações sem fio, que lhes permitem o mútuo entendimento, de um lado a outro da Terra, em fração de segundos.

            Tudo isso conseguiram aprendendo, trabalhando, sofrendo e aperfeiçoando... E, para desfrutarem semelhantes benefícios, pagam naturalmente a aquisição de passagens e utensílios, engenhos e serviços.

            Assim também, os males que atormentam a vida humana podem ser extirpados da Terra, se procurarmos construir o bem, à custa do próprio esforço, com o auxílio de Deus.

            Tesouros do tempo, orientação, entendimento e recursos outros não nos faltam.

            Urge, porém, reconhecer que somos responsáveis pelas próprias obras.

            Desse modo, com o auxílio de Deus, será possível transformar o mundo em radioso paraíso, a começar de nós mesmos, no entanto, isso apenas acontecerá se nós quisermos.”  

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