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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A Transfiguração (a palavra de Mateus)


A Transfiguração
                   
17,1   Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão,  e conduziu-os à parte  a  uma alta  montanha.
17,2   Lá, se transfigurou na presença deles: Seu rosto brilhou como o sol, Suas vestes tornaram-se   resplandecentes  de   brancura.
17,3   E, eis que apareceram Moisés e Elias conversando com Ele.
17,4 Pedro tomou a palavra e disse-lhe: “ -Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, farei aqui três tendas, uma para Ti, uma para Moisés, uma para Elias.
17,5 Falava Pedro ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E, daquela nuvem  fez-se ouvir uma voz que dizia: “ Eis o Meu Filho muito amado: Ouví-O!”
17,6 Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo.
17,7 Mas Jesus aproximou-se deles  e  tocou-os, dizendo: “ -Levantai-vos e não temais!” 17,8 Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus.
17,9   E, quando desciam, Jesus lhes fez esta proibição: “ Não conteis a ninguém o que vistes até que o Filho ressuscite dos mortos.”

           Para Mt (17,3), -Moisés e Elias conversando com Jesus -  leiamos Kardec, em “A Gênese”, no seu Cap. XIV:
           
            “Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis à visão e à audição do Espírito, mas que escapam aos sentidos carnais, impressionáveis somente à matéria tangível; o meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa e pelos efeitos da luz ordinária; finalmente, o veículo do pensamento, como o ar o é do som.

            Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.

            Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutra, são produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera.

            É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica, sob as aparências que tinha quando vivo na época em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, muitas encarnações. Apresenta-se com o vestuário, os sinais exteriores  -enfermidades, cicatrizes etc. - que tinha então.”
           
            Agora no Cap.XV , lemos:

             “ De todas as faculdades que Jesus revelou, nenhuma se pode apontar estranha às condições da humanidade e que se não encontre comumente nos homens, porque estão todas na ordem da Natureza. Pela superioridade, porém, da sua essência moral e de suas qualidades fluídicas, aquelas faculdades atingiam nele proporções muito acima das que são vulgares. Posto de lado o seu envoltório carnal, ele nos patenteava o estado dos puros Espíritos.”
                   
            Sobre a Transfiguraçãoleiamos Luiz Sérgio ,  por  Irene Pacheco Machado,  em “Dois Mundos Tão Meus”:

            “Para provar aos queridos discípulos que a morte não existe, Cristo, ao anoitecer, chamou para junto de Si três dos Seus discípulos: Pedro, Tiago e João, e os conduziu por acidentada vereda a uma deserta encosta da montanha. Aos fariseus hipócritas Cristo não deu sinal algum, mas aos Seus irmãos Ele provou a imortalidade da alma: Diante daqueles três fatigados discípulos, realizou a primeira sessão espírita disciplinada e cristã; orou, curvado sobre o pedregoso solo. Jesus brilhava como o sol e os apóstolos se davam conta de que estavam diante do Governador do Planeta. Seu semblante resplandecia; suas vestes tornaram-se brancas, transluzentes, e todo o monte iluminou-se; com temor e espanto fitavam a figura radiante de Jesus. Os apóstolos não compreendiam por que Moisés e Elias ali se encontravam. Mas Cristo quis dizer-lhes que os dois eram um único espírito e que Ele, Jesus, também não morreria, porque os Espíritos do Senhor não morrem, passam de uma vida para a outra. Muita coisa importante aconteceu no momento em que Jesus pôs os discípulos a par da reencarnação. Elias, em outra época, fora Moisés e, no tempo de Jesus, João Batista. Passaram a noite toda naquele monte e o nascer do sol encontrou Jesus e os discípulos a caminho da planície. João, Pedro e Tiago seguiam pensativos. Quando desceram, um grupo os aguardava ao pé do monte, juntamente com os outros discípulos que não foram convidados. Ali mesmo Jesus falou para os discípulos sobre a morte e a reencarnação. Ao conviver com o espírito de Elias quis Jesus ensinar aos discípulos tudo sobre o intercâmbio mediúnico, mas eles não compreenderam e indagaram o que queria dizer “ressuscitar dentre os mortos”. ” 

            Para Mt (17,5) - Eis  o  meu  filho muito amado, ouvi-O! - Emmanuel / Chico Xavier, em “Caminho, Verdade e Vida”, nos apresentam o que segue:
           
            “O homem, quase sempre, tem a mente absorvida na contemplação das nuvens que lhe surgem no horizonte. São nuvens de contrariedades, de projetos frustrados, de esperanças desfeitas.    Por vezes, desespera-se envenenando as fontes da própria vida. Desejaria, invariavelmente, um céu azul a distância, um Sol brilhante no dia e luminosas estrelas que lhe embelezassem a noite. No entanto, aparece a nuvem e a perplexidade o toma, de súbito.

            Conta-nos o Evangelho a formosa história de uma nuvem.

            Encontravam-se os discípulos deslumbrados com a visão de Jesus transfigurado, tendo junto de si Moisés e Elias, aureolados de intensa luz. Eis, porém, que uma grande sombra comparece. Não mais distinguem o maravilhoso quadro. Todavia, do manto de névoa espessa, clama a voz poderosa da revelação divina:          “Este é o meu amado Filho, a Ele ouvi!”

            Manifestara-se a palavra do céu, na sombra temporária. A existência terrestre, efetivamente impõe angústias inquietantes e aflições amargosas. É conveniente, contudo, que as criaturas guardem serenidade e confiança, nos momentos difíceis.

            As penas e os dissabores da luta planetária contém esclarecimentos profundos, lições ocultas, apelos grandiosos. A voz sábia e amorosa de Deus fala sempre através deles.”     

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