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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

25e. 'Amor à Verdade'




25e
“Amor à Verdade”
por Alpheu Gomes O. Campos
Marques Araújo & C. – R. S. Pedro, 216
1927


            É da maior monta a notícia de todas estas coisas. A todo o mundo interessam. Ao espírita particularmente. Porque, em grupos sabiamente dirigidos, compostos de pessoas bem intencionadas, movidas do empenho de lançar a verdade e estabelecer a concórdia, muito se pode fazer pela evolução da humanidade ignara, que cega, se deixa encavalgar pelos cegos do espaço.

            Segundo observação de vidente e explicação dos Protetores, nas sessões com médiuns de efeitos físicos, onde haja, por exemplo, cem Espíritos para serem norteados, o primeiro serviço é separá-los em grupos consoante o avanço intelectual e as tendências de cada um. Com extrema facilidade o executam as almas adiantadas.

            Assim distribuídos, a cada classe toca um Instrutor. Ao mesmo tempo, outros trabalhadores extraem dos médiuns a força fluídica, encaminhando-a para os doutrinantes, que a empregam segundo as necessidades.

            Em duas horas de labor, pode converter-se, tal seja a capacidade moral dos médiuns, um pelotão de Infelizes. É claro, muito influi outrossim a concentração da assistência, que, quanto menor, melhor.

            Dois factos fisiológicos se passam, conforme vimos, durante os trabalhos: a sede e o bocejo. É este bastante útil ao médium, pelo desenvolvimento dos órgãos respiratórios. Por experiência própria o asseveramos. Dá-se com a extração dos fluidos e provoca a sede, indício de dispêndios orgânicos em tal sorte de atividade. O corpo realmente ha de reclamar, como reclama, reposição do que lhe foi subtraído.

            “Para a formação dos quadros há pouco descritos pelo vidente, disse-nos um Protetor, necessiramos material de variada espécie, que, manipulado, possa prestar-se às operações convenientes. Assim, permitimos que os Infelizes, rodeando o médium, saturem-no de seus fluidos pesados. Por nossa vez também lhe enviamos os nossos, para retirá-los de mistura, logo em seguida, e dar-lhes a aplicação que     já sabem.

            “Nota que também nisto se verifica a lei circulatória: se, por um lado, sacamos elementos, por outro os repomos; com eflúvios salutares e restauradores não só se retribui a dedicação do médium, mas segura-se o seu estado hígido (de saúde).

            “O organismo do que entra a desenvolver essa faculdade, quer-se prudentemente conduzido, até habituar-se de todo a tais permutas. Portanto, ao começo, é pequeno o serviço prestado. Não estando os seus tecidos, principalmente o nervoso, afeito às trocas, importa lentamente educa-las. A vontade, porém, opera milagres; o esforça perseverante é tudo”.

            Vamos encerrar este capítulo com uma palavra justificativa da insistência e largueza com que versamos a questão. Do alto nas veio:

            “O sistema de trabalho que assaz tem aproveitado não só aos meus filhos, como às almas aqui orientadas, está senda aceita par muitos adeptos com que os meus filhos tem palestrado. Contudo, a propagação é morosa, vista como se limita ao círculo das suas relações.

            “A matéria, entretanto, é digna de estudo, e mais, de propaganda. Devem os meus amigos fazê-la pelos meios que lhes parecer, convictos de que para isto serão favoniados (favorecidos).

            “É tempo de fazer ver a maneira de concorrer cada qual mais e melhor para o engrandecimento das almas, primeiro do espaço e logo da terra.

            “Desde remotas eras se aproveita a força latente dos encarnados para a ensinança dos desencarnados. A obra do Criador é sem intermissão. Por esse processo muito se tem realizado nos diferentes planetas. Na Terra, desde que o homem apareceu, sempre os mensageiros do Senhor doutrinaram os invisíveis a poder de demonstrações que exigem fluido dos humanos.

            “Se assim é, e só agora tem a graça de o conhecer em toda a plenitude, é que os tempos chegaram e urge desvelado o segredo. Se, ao tempo de Kardec, não foi isto propalado, é porque a humanidade não estava em ponto de compreendê-lo e lhe causaria, em certa maneira, enormes embaraços ao Codificador, que, sem embargo da grandiosa missão, expiava ainda o passado, mormente no tocante à vida de Jesus.

            “À obra, pois, meus amados filhos. Batalhem neste sentido, e nada para tão grande ofício lhes faltará.”



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