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sábado, 17 de setembro de 2011

Sonhos


Sonhos
          Percebo-te, meu filho, a ansiedade, a inquietação. Consultas o calendário, conferes o relógio, anotas os dias, os anos, e contemplas o céu.
         Desde os anos mais tenros sonhas e esperas. Que radiosos castelos de esperanças ergueste nas florações da juventude! Com que frenesi te moveste no trabalho e no cultivo dos ideais, ao calor da madureza realizadora e vigorosa! E como ainda agora, nas luzes esmaecidas do crepúsculo que te acaricia, ergues ao firmamento uma muda interrogação, suplicando, sem palavras, uma resposta da vida!
         Aquieta, meu filho, o coração; repousa a mente no regaço divino e espera, sem datas e termos.
         A prudência da celeste sabedoria não se apressa. O rio do tempo corre sem preocupação e sem tardança para o mar da eternidade.
         Inexistem fronteiras para a evolução ou prazos para a felicidade.
         Tranquiliza-te e caminha.
         De repente, quando menos esperares, a suprema ventura te envolverá e acordarás nos seus braços sublimes, resplendentes de luz.

Letícia

por  Hernani T. Sant’Anna

in “Em busca da Verdade” (1ª Ed. Auta de Souza – 1996)



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