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quarta-feira, 29 de abril de 2020

Santuário interior



Santuário interior
Agar por Chico Xavier  
Reformador (FEB) Abril 1958

            Na procura da felicidade e da paz todos somos viajantes do mundo, caminhando sobre as cinzas de nossos ídolos mortos.

            Construímos palácios de ouro de que nos retiramos desencantados e abraçamos paixões que nos calcinam os sonhos a fogo de angústia e arrependimento.

            Seguimos para diante, entre flores que morrem, luzes que se apagam, cânticos que emudecem...

            Só existe, na vida, em verdade, uma edificação que resiste à ventania implacável das horas - aquela que, em nossa alma, recolhe da argila humana a experiência necessária para erguer em si mesma o templo da humildade e do amor.

            Santuário feito de suor e de lágrimas, nele rendemos culto incessante à compreensão e à fraternidade, por facultar-nos mais amplo entendimento da Bondade de Deus.

            Nele, por vezes, agoniada solidão nos aflige, entretanto, é aí dentro que conseguimos o silêncio bastante para ouvir os apelos do alto proclamam à Glória Celeste, através da renunciação incansável no bem dos outros.

            E, quase sempre, a fim de erigi-lo no coração e na consciência, é imprescindível padecer todas as provas e conhecer todas as dores.

            Alcançando-o, porém, respiramos na antecâmara da Vida Mais Alta, porque, aí, nesse altar indevassável e luminoso, fala o Mestre e ouve o aprendiz, assimilando, por fim, a lição preciosa que o integrará na posse do Céu para sempre.

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