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quinta-feira, 23 de abril de 2015

O 3º Mandamento


O 3º Mandamento

Rodolfo Calligaris
Reformador (FEB) Abril 1973

            Prescreve:  "NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO."

            Duvidamos haja qualquer pessoa, por mais modesta, que não preze o seu nome. Isto porque nada está mais intimamente relacionado conosco que o nome que nos personaliza e identifica. Ele faz parte de nós.

            Daí o desprazer que experimentamos sempre que outrem não o pronuncie corretamente, e o profundo dissabor que nos causa vermo-lo escarnecido, vilipendiado ou envolvido em algo menos digno.

            Tais considerações nos ajudam a compreender quanto maiores devem ser o respeito e a veneração devidos ao santíssimo nome de Deus.

            Torna-se defeso, pois, usá-lo em expressões frívolas, superficiais, ou meramente formalistas: "por Deus", "palavra de Deus", rebaixando-o ao nível das palavras ordinárias de nosso vocabulário.

            Menos ainda se deve empregá-lo em imprecações de impaciência, de irritação,
de cólera, de rancor ou em ameaças de vinganças, pois tal uso, abusivo e inconveniente, implica desrespeito grave à sua sacralidade.

            Não menos censurável é a sua citação em anedotas irreverentes ou em conversações levianas e mentirosas, eis que constituem pesadas ofensas à honra que lhe é devida.

            Condenáveis, ainda, são as blasfêmias, consideradas como tais não apenas expressões violentas e injuriosas, quais: "Maldito seja Deus!", "Deus cão!", como igualmente as que neguem Sua existência e eternidade: "Deus é uma invenção dos homens", "Deus está morto", ou infirmem Suas perfeições: "Deus é injusto", "Deus
é um tirano", etc.

            Os juramentos representam outro mau uso do nome de Deus, que devemos esforçar-nos por abolir de nossos hábitos, mormente quando se trate de invocá-Lo por testemunha de banalidades ou para confirmar detrações do próximo.

            Só se tornam escusáveis aqueles juramentos que nos sejam exigidos pelas autoridades do país em que vivemos, em ocasiões soleníssimas, quando façam parte de costumes estabelecidos e desde que, em o fazendo, estejamos plenamente convictos da veracidade daquilo sobre que juramos.

            Agora, uma advertência: policiemos nossa linguagem, evitemos injuriar, menosprezar ou zombar do augusto nome de Deus, "porque o Senhor não terá por inocente aquele que assim o fizer" (Êxodo, 20:7).

*

            Até aqui, demos ao terceiro mandamento a interpretação comum, no sentido proibitivo.

            Pode-se, entretanto, torná-lo também como uma promessa: a de que nenhuma invocação do nome de Deus será vã, inútil, pois terá, sempre, a melhor resposta, ou seja, atendimento de acordo com as reais necessidades de quem o invoque.


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