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domingo, 17 de fevereiro de 2013

'O Joio e o Trigo'



O Joio
e o Trigo

 13,36  Então, despediu a multidão. Em seguida, entrou de novo na casa e seus discípulos agruparam-se ao redor dele para perguntar-lhe: -  Explica-nos a parábola do joio e do trigo.
13,37  Jesus respondeu: “O que semeia a boa semente é o Filho.
13,38 O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino. O joio são os irmãos menos espiritualizados.
13,39 O inimigo, que semeia o joio, é espírito das trevas. A colheita é o fim  do mundo. Os ceifadores são os anjos.
13,40 E, assim como se recolhe o joio para jogá-lo no fogo, assim será no fim do mundo. 13,41  O Filho  enviará seus anjos que retirarão de seu reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal
13,42  e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes.
13,43 Então, no reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o sol! Aquele que tem ouvidos, ouça!”

         Para Mt (13,36-43) -O Joio e o Trigo -, encontramos a palavra de Antônio Luiz Sayão, em “Elucidações Evangélicas”:         

            “Encarregado do progresso do nosso planeta e da Humanidade a que pertencemos, isto é, do dos Espíritos que nele encarnam, Jesus, desde o aparecimento do homem na Terra, vem semeando o bom grão e o semeará sempre; sempre trabalhou, trabalha e trabalhará pelo nosso progresso, que os colocará na categoria dos Espíritos puros.

            Designando-se a si mesmo por filho do homem, fazia lembrada a missão que o trouxera ao mundo terreno, missão que, no parecer dos homens, era humana, como convinha que estes a considerassem. Entretanto, pela explicação velada que deu da parábola do joio mostrava o seu poder, como enviado de Deus, como tendo recebido de Deus a investidura de rei do nosso planeta, ao qual chama “seu reino” ; como tendo, sob sua autoridade e às suas ordens, os “anjos”; como tendo todo poder sobre a Terra, que é “seu reino”, e bem assim sobre as gerações humanas que nela se sucederão; como sendo quem, “no fim do mundo”, fará que “seus anjos” reunam e levem para fora da terra, para fora do “seu reino”, os filhos da iniquidade, simbolizados pelo joio, e quem os mandará lançar na “fornalha do fogo”, onde prantos e ranger de dentes, permanecendo no “seu reino”, onde brilharão como o sol, os filhos do reino, os justos, simbolizados pelo bom grão.

            O campo representa o nosso planeta e a sua Humanidade. Os filhos do reino, tendo por símbolo o bom grão, são os que tendem a progredir e se esforçam  por consegui-lo. Os filhos da iniquidade, cujo símbolo é o joio, ou cizânia, são os que se deixam arrastar pelas más influências, põe serem maus os seus instintos.

            O diabo, o “inimigo”, que semeou, semeia e semeará, por muito tempo ainda, na Terra, o joio, são todos os espíritos maus, espíritos de erro e de mentira que, errantes ou encarnados, trabalham por nos obstar ao progresso, impelindo-nos a praticar o mal, por pensamentos, palavras e obras, afastando-nos das vias do Senhor.

            O fim do mundo, predito por Jesus e que, na parábola, corresponde ao tempo da ceifa, não deve ser entendido como um fato repentino, como sendo a transformação, a renovação de todo o Universo, operando-se de um instante para outro. O fim do mundo vem sendo preparado de há muito e a pouco e pouco progressivamente vai ocorrendo. Compreendido como significando a época da colheita, ele se apresenta dividido em três períodos distintos:

             - primeiro, aquele em que aos espíritos inferiores foi e será permitido encarnar na Terra para, por sucessivas expiações e reencarnações, se purificarem,  passarem de “filhos da iniquidade” a “filhos do reino”;

             - segundo, aquele em que o joio começará a ser apartado do bom grão, em que os espíritos culpados, rebeldes, voluntariamente cegos, serão afastados do nosso planeta e lançados em planetas inferiores;

             - terceiro, aquele em que, concluída a separação do joio e do trigo, estará completado o afastamento dos espíritos inferiores e o nosso mundo se terá tornado morada de paz e felicidade para espíritos bons, já aptos a entrar na fase espírita.

            A luz que brilha nos justos, nos filhos do Senhor, é a da verdade, da fé e do amor.

            Os mundos superiores formam, na imensidade, o reino do Pai, e o nosso planeta, desde que atinja a necessária elevação, lhes pertencerá ao número, constituindo, para nos servirmos de uma comparação humana, “uma das províncias do reino de Deus.””  

                                       




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