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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

10. 'Fenômenos de Materialização'




10
Fenômenos de Materialização
autor: Manoel Quintão
 Livraria Editora da Federação Espírita Brasileira
 1942

           

            Nesta altura, não posso nem devo omitir um fato que me diz respeito pessoalmente, visto que mais que as próprias materializações, ele fala da sobrevivência da alma. No dia subsequente a essa extraordinária sessão, a Exma. D. Ana Prado nos fez ciente de que, ao começo da mesma, “João” lhe dissera achar-se ali presente, ima menina morena, de 4 a 5 anos, cabelos caídos à altura dos ombros, a qual vinha para ser materializada, porém que ele, “João”, não podia operar a materialização, porque a medida estava com uma ‘camisola vermelha’.

            Era a nossa filhinha Maria das Dores (Chicha) desencarnada nesta capital há cerca de 14 anos. A cor da camisola (precisamente da que vestia quando faleceu) não era, certo, motivo de impedimento à materialização, sabido que os bons espíritos tomam as vestes que bem lhes apraz, em geral brancas. Era, porém, essa cor de camisola, pela terceira vez, a característica da identidade desse espírito por tantos títulos querido.

            Da primeira vez, na Pensão Vegetariana, nesta capital, aos 22 de Janeiro do ano pp. (dia do natalício da Chicha) almoçávamos despreocupado quando, acercando-se de nós o caro confrade e "vidente" Pereira da Silva, interroga:

            - Quem é uma menina assim, assim, que te acompanha?

            E nós, incrédulo: - Qual menina, qual nada...

            - Olha, articulou sentencioso, ela veste uma camisolinha desta cor... e tomava entre os dedos os cordões vermelhos de uma cortina próxima...

            A segunda prova fez-se agora, na Bahia, no salão da União Espírita, após uma conferência ali realizada. Quando, depois da prece, comovido, mal procurávamos disfarçar a nossa emoção, aproxima-se de nós o Snr. F... também vidente, e...

            O senhor tem alguma filha desencarnada? Eu a vi, ainda agora, pairando por trás do senhor, morena, assim... e com uma camisola vermelha.

            Chegamos ao Pará, a ninguém comunicamos tais incidentes, ninguém sabia que perdemos há 14 anos uma filha e vamos ouvir que "ela" estivera presente aquela extraordinária sessão, só não se materializando pelo fato de trazer camisola vermelha!

            Meus senhores, basta. Confessemos que a só coincidência não pode abranger tantas maravilhas. E essa prova era para nós a maior, então, porque suficiente para nos encher o coração de piedade por todos os gratuitos inimigos da nossa causa, por aqueles mesmos que, em gestos e atitudes brutais; sem conhecer-nos, tentavam expor-nos à risota do vulgacho ignorante.

            Demos graças a Deus.






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