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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Palavras e Atos

 

Palavras e Atos

por José Augusto T. Romero

Reformador (FEB) 16 de Outubro de 1925

             “Nem todo aquele que diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus: aquele, porém que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse entrará no reino dos céus.” Mateus VII v.21

             Luminosa sentença proferida pelos divinos lábios do Cordeiro de Deus, quando, há quase vinte séculos, veio iluminar o mundo com a sua doutrina, que há de regenerar todos os povos!

            As palavras que fluem dos nossos lábios, visando instruir o próximo nas verdades de ordem divina, para que atinjam o objetivo almejado, necessário é que tenham por apoio seguro os bons atos que emanam do coração, pois, do contrário, jamais produzirão frutos sazonados.

            O ensinamento deve guardar paralelismo com as boas ações, correspondendo com equidade ao ideal colimado, além de revestir os requisitos exigidos pelo Mestre, que praticava sempre o que ensinava.  

            É improdutivo todo ensino que não se apoia solidamente em ações elevadas, em o sentimento de amor ao próximo e na prática da caridade cristã. Admirar a moral pura que o Cristo exemplificou, eximindo-se de praticá-la, é contrariar deveres impostos pela consciência que, no momento oportuno, fará sentir com veemência o descaso anteriormente praticado e que seria previdentemente neutralizado, se fosse observado com leal sinceridade o ensino cristão.

            Este deve ser ministrado com a máxima prudência, precaução e tolerância, para que não se converta em opinião própria, que degenera sempre em fanatismo cego, produzindo o desvirtuamento da doutrina, desnaturando-lhe a pureza e obumbrando-lhe (obscurecendo) o brilho.

            Por que motivo os dissidentes do Cristianismo, em um período tão longo, ainda não conseguiram reunir todos os povos do Planeta num só laço de fraternidade? Certamente, porque, desviando-se da verdadeira moral que o Mestre nos legou, ministram ensinos que não se fundamentam nos atos praticados.

            Pelo só fato de se esposar uma doutrina, às vezes com entusiasmo invulgar, sem ter no íntimo todo interesse de propugnar, em primeiro lugar, pelo aperfeiçoamento próprio, jamais se obterá resultado eficiente e proveitoso.

          O Divino Mestre, em suas sublimes exortações, quer que o nosso modo de agir na divulgação do ensino evangélico seja acorde com o critério íntimo.

            O insucesso na propagação da doutrina está na razão direta da falta de metódica organização, sobretudo quando a mente age como uma espécie de autômato, sem reflexão prévia, tão necessária a quem se incumbe da nobre missão de instruir.

            A responsabilidade aumenta na proporção dos conhecimentos adquiridos. “Muito será pedido a quem muito foi dado”.


2 comentários:

  1. "Entrará no reino dos céus aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus."

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  2. "Muito será pedido a quem muito foi dado."

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