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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Antecipam-se as negativas de Pedro



Antecipa-se as Negativas de Pedro

 26,30  Depois do canto dos Salmos, dirigiram-se eles para o Monte das Oliveiras.
26,31  Disse-lhes, então, Jesus: “ -Esta noite, serei para todos vós um motivo de desapontamento, porque está escrito na Bíblia: “Ferirei ao Pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersadas (Zac 13,7),” 
26,32  mas, depois da Minha ressurreição, Eu vos precederei na Galileia.”0
26,33 Pedro interveio: -Mesmo que sejas para todos um motivo de desapontamento, para mim jamais O serás. 
26,34  Disse-lhe Jesus: “ -Em verdade te digo, nesta noite mesmo, antes que o galo cante 3 vezes, Me negarás! 
26,35  Respondeu-Lhe Pedro: Mesmo que seja necessário morrer contigo, jamais Te negarei! e, todos os outros discípulos, diziam-Lhe o mesmo.                                                                           

           Néio Lúcio, por Chico Xavier, em “Jesus no Lar” nos ensina sobre:

O Culto Cristão no Lar

           “Povoava-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos identificante, falou com bondade:
            -Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia?
           -Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos da pesca.
             Jesus sorriu e perguntou, de novo:
            -E o oleiro? que faz para atender à tarefa a que se propõe?
          - Certamente, Senhor -redarguiu o pescador, intrigado, modela o barro, imprimindo-lhe a forma que deseja.
            O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:
            -E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende?
            O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar:
        -Lavrará a madeira, usará  a enxada e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.
            Calou-se Jesus, por alguns instantes, e aduziu:
            -Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranquila sem que o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações? Se nos não habituarmos a amar o irmão mais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?
            Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou:
       Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos animais.
            Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:
            -  Mestre, seja feito como desejas.
          Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto do lar.”      

                Para  Mt (26,30-35) -Antecipam-se as  negativas  de  Pedro,  encontramos em
“Elucidações Evangélicas”(Ed. FEB) de A. L. Sayão o lindo trecho que se segue:

            “Jesus dá a ver, de antemão, a seus discípulos, quão frágil é a vontade humana e quão pouco deve o homem contar com as suas próprias forças. Dizendo a Pedro: Roguei por Ti, mostra que só na prece pode o homem encontrar amparo. Naquela ocasião, nenhum assim o compreendeu, tanto que nenhum recorreu a esse cordial da alma, pelo que todos faliram no momento do perigo. Foi uma lição que muito devemos aproveitar.
            Nisto que também disse a Pedro: Simão, Simão, satanás vos reclamou a todos para vos joeirar, como se faz ao trigo, aludia à influência que, sobre aquele apóstolo, exerceria o temor dos acontecimentos que poderiam dar-se, aos maus pensamentos que lhe germinavam no coração e que, por vezes, o faziam deplorar ter enveredado por tão perigoso caminho, pensamentos esses que, embora fugazes, não escapavam à percepção do Mestre. Pedro compreendia que um grande perigo os ameaçava, a eles e a Jesus, e a fraqueza humana lhe fazia nascer no íntimo, de quando em quando, um vago sentimento de pesar, por se haver exposto de tal modo.”


            A Seguir, extraído de “Revelação dos Papas” (Ed. UES - 1936), leiamos um ditado do próprio...

            Pedro Apóstolo (O médium vê um homem de barba e cabelos brancos, envolto em luz também branca. A irradiação luminosa impede que ele distinga as suas vestes.)

            Meus irmãos, quem vos visita hoje é Pedro, a quem chamais apóstolo e guarda das portas do céu.    
            O humilde espírito que ora baixa a terra, para vos falar em nome de Deus, é aquele a quem denominas santo e proclamas fundador da Igreja, que dizeis de Jesus Cristo.
            Tendes junto a vós o espírito de Pedro - o humilde pescador da Galileia, que vem à vossa presença dissipar as trevas que ainda envolvem a vossa consciência, impedindo-vos a visão clara e perfeita das coisas a que chamais sagradas.
            Deus, meus irmãos, coloca-me nesta hora perante a cristandade para que lhe fale em Seu nome, desmentindo tudo quanto de falso e absurdo se afirma a seu nome e a meu respeito.
            Ides ouvir a palavra do humilde e obscuro pescador da Galileia, do mais fraco e pequeno discípulo do Mestre, que neste momento olha para mim e me ordena dizer a verdade inteira, pura, como pura é a consciência do meu amado Mestre.
            Jesus está me acenando e dizendo: “Pedro, fala como falei, prega como preguei, ensina como ensinei, guia como guiei, nega como neguei, afirma como afirmei, ama como teu Mestre amou e perdoa como Ele perdoou. Pedro, fala, anuncia, profetiza, promete, garante em nome de Teu Pai e abençoa em nome de Teu Mestre.”
            O pescador vai, pois, declarar o que sabe; vai dizer o que todos precisam saber desde já, vai confirmar as palavras do Mestre e destruir o erro e a mentira ensinados em nome de Jesus como também no seu.
            Fui discípulo de Jesus e ouvi dos seus lábios a verdade que hoje exalto; recebi dele os ensinamentos que ora divulgo pelos homens, bebi na fonte inesgotável que é o Evangelho do Mestre, todas as lições que vos venho trazer. Fui humilde e obscuro pescador e jamais recebi a luz da instrução que, no meu tempo, era difundida pelos homens.
            Meus pais me destinaram ao mar e o mar exigia de mim apenas duas coisas: robustez física e coragem para lutar contra a fúria dos elementos. A minha inteligência era, por isso, inculta e acanhada.
            Todo o meu saber se limitava às coisas do mar, às necessidades da vida de marujo, e eu era dos mais audazes e resolutos.
            Nada compreendia do que respeita à filosofia, às superiores cogitações a que se entregavam os doutores nas sinagogas, onde eu assistia, absorto, aos atos religiosos e divinos, unicamente levado até ali pela fé simples e ingênua de homens do mar. Nada sabia das coisas sublimes de que se ocupavam os doutores da Lei; nada percebia do que estava escrito no Antigo Testamento, que o meu mestre-pescador lia à tardinha, sentado na proa da nossa barca, explicando-nos aquilo que a sua inteligência, também precária e desprovida de luzes e do preparo com que a instrução nos aperfeiçoa o entendimento e esclarece a razão, mal podia compreender.   
            Nada, portanto, sabia eu das verdades eternas e dos ensinamentos trazidos ao mundo pelos profetas de Israel.
            Leigo, obscuro, ignorante e simples, vivi até o dia em que fui ouvir o Mestre, que, então, falava aos pescadores da Galileia, ensinando-lhes a interpretar o Decálogo que Moisés recebera no alto do Sinai.
            Jesus falava mansamente; sua voz, pausada e firme, era cheia de ternura e encanto e abalava os corações dos que ouviam, arrebatados de assombro, as grandes verdades expostas com tanta simplicidade e clareza por aquele homem moreno, de tez lisa e ampla, cabelo cor do vinho claro que bebíamos à hora do repasto.
            Jesus sentara-se sobre o bordo da barca de Luiz e dali dizia aos pescadores, agachados no fundo de suas barcas, a verdade emanada de Deus, que o incumbira de trazê-la aos homens para liberta-los das trevas do obscurantismo.
            Quando Jesus terminou era noite já, ao clarão dos fachos que acendemos para acompanha-lo até a margem, escolheu os que desejavam aprender dele - que era bom e manso - as sublimes verdades da vida eterna, da bondade e misericórdia de Deus.
            Jesus disse: “-Quereis acompanhar-me, vinde. Dar-vos-ei outro ofício, outra tarefa, outro trabalho, mas não pagarei salário, como faz o vosso mestre-pescador, porque sou muito pobre, nada tenho para mim e muito menos para dar. Meu Pai, entretanto, vos pagará um dia, e garanto-vos aquele dentre vós que mais se esforçar para servi-lo, ele pagará generosa e fartamente. São estas as condições em que ides trabalhar; se vos agradam, aceitai-as, se não, deixai-me ir só e ficai com o vosso mestre-pescador.”
            Eu e Tiago fomos os primeiros que bradamos: “-Não mais vos abandonaremos, Senhor; morreremos ao vosso lado.”
            Jesus sorriu e acrescentou: “Refleti bem no que ides fazer, pois eu venho para sofrer, e todos aqueles que me pertencerem sofrerão também.”
            Tomamos o compromisso de comer o mesmo pão e beber a mesma água que o nosso Mestre. Partimos. Caminhamos dia e noite para chegar à Palestina, onde o esperavam ansiosos para ouvi-Lo. Ali chegados, embora cansados e famintos, sentimo-nos satisfeitos, contentes e confortados, sem que soubéssemos porque. Nada do que nos ofereciam para matar a fome e mitigar a sede foi devorado, bastando alguns bocados para refazer as forças perdidas durante a marcha penosa, através dos campos e cidades que percorremos.
            Jesus tocou apenas num bocado de pão e bebeu um pouco de água, oferecida por uma mulher que se aproximara para beijar-Lhe a mão e oferecer-Lhe aquela água do seu poço, por ser - dizia ela - a mais fresca do lugar.
           Daí por diante começou para mim nova vida, nova era; tudo se me afigurava claro e risonho; toda a dificuldade que até então encontrava para compreender o porque e a razão de ser das coisas desapareceu e, dentro de alguns dias, eu explicava aos que procuravam o Mestre, durante o seu repouso, as grandes verdades que ouvira dele durante a jornada.
        Quando se me perguntavam onde havia estudado para falar, com tanto acerto, ficava embaraçado para responder, e era sempre Tiago que me socorria, dizendo: “Foi o Mestre quem nos ensinou a falar assim.”
            Tinha então adquirido tanta facilidade de raciocínio e exposição que a mim mesmo causava assombro.
            Jesus dizia-me: “Tu és fraco, não tens a coragem e a energia de João, a audácia e a resignação de Simão; não obstante, a tua palavra medrará, a tua boca derramará as claridades divinas sobre teus irmãos. Mas, olha lá, não te deixes levar pelo teu gênio irrequieto, sôfrego, altivo e intolerante. Tu não é homem para a firmeza e para o sacrifício. Possuís virtudes, mas não tens ainda a fé bem enraizada no fundo da tua alma. Toma cuidado, pois, contigo mesmo; teu inimigo está na tua própria alma, vê se te livras dele.”
            Pensava e meditava sobre estas palavras do Mestre e dizia comigo mesmo: Onde irei buscar a força e a coragem de que me fala sempre o Mestre? E desatava a chorar copiosamente, pedindo a Deus me tornasse digno da missão que eu tomara sobre os ombros, concedendo-me a graça de ser um verdadeiro discípulo de Seu Filho.
          Continuamos sempre unidos, sempre juntos - Mestre e discípulos, caminhando de terra em terra, espalhando a luz da verdade que Jesus punha em nossos lábios.
         Em toda a parte éramos ouvidos com atenção e respeito, chegando a receber, em alguns lugares, aplausos extraordinários, que se traduziam nas ofertas trazidas ao Mestre e a nós, no agasalho e conforto que nos ofereciam povos inteiros.
            Correram assim os dias, meses e anos, até chegar o momento do sacrifício do Mestre. Todos os discípulos se resignaram a ver aproximar-se a hora do martírio de Jesus, conformando-se com a afronta que publicamente Ele ia suportando.
            Pedro era o único que não se conformava com a ideia de ver seu Mestre sacrificado; mas, quando lhe diziam - “Se não queres vê-Lo torturado, humilhado e morto, dá a tua vida por Ele”- a minha resposta era o silêncio. Recolhia-me dentro de mim mesmo, apavorado ante a idéia de me deixar imolar pelo Mestre.
            Jesus fitava-me e dizia: “Pedro, meu filho, és fraco, mas a tua palavra terá força; continua, pois.”
            Chegara a hora da condenação de Jesus e o galo cantara já duas vezes, pois duas vezes eu fora interrogado sobre as minhas relações íntimas com o Rabino da Galileia e o negara, declarando jamais te-Lo visto, sequer de relance.
            À terceira pergunta respondi negativamente, como as outras, mas desta vez Jesus apresentou-se na minha frente e disse: És fraco, Pedro, mas Eu te perdoo.”
            Olhei em volta e não mais encontrei o Mestre. Chorei toda a noite; não comia, não tinha sossego, não encontrava alívio em parte alguma; a cada passo parecia-me ouvir o Mestre dizer: “És fraco, Pedro, mas Eu te perdoo.”
            Aqui tendes o que fui enquanto estive junto de Jesus: fraco e vacilante, tendo fé pouco firme e confiança muito limitada na infinita sabedoria de Deus.
            Jesus me perdoou, dando-me esta luz que trago e intercedendo junto ao Pai pelo pescador da Galileia, fraco e vacilante.
            Após a morte, o espírito de Pedro ficou errante, confuso, ouvindo sempre a voz do Mestre ecoar-lhe nos ouvidos: “És fraco, Pedro, mas Eu te perdoo.”
            Fui, pois, dos discípulos de Jesus o mais fraco e o menos crente.
            Porque razão havia de caber-me uma tarefa tão espinhosa qual a de defender a sua doutrina após a desencarnação do Mestre?
           Porque haveria de merecer a graça de ser no mundo o esteio da doutrina de Jesus, defendendo-as dos golpes desferidos contra ela e seus adeptos pelos grandes da Terra, que procuravam, pelo ultraje e massacre, abafar a voz do Messias, ainda ecoando dos lábios dos discípulos e dos crentes.
            Porque me chamais príncipe dos apóstolos, quando fui o último deles?
            Porque haveis de acreditar tenha sido eu o organizador da Igreja se, por ocasião de sua fundação, eu já me achava na eternidade, de onde saí hoje para vir dizer-vos estas coisas?
            Jesus Cristo que me confia hoje a magna tarefa de afirmar que a realidade está toda inteira no Espiritismo, que é o seu Evangelho em espírito e verdade, anunciando-vos, ao mesmo tempo, que o Senhor mandará ao mundo muitos espíritos bem aventurados para vos ensinarem as verdades eternas e as restabelecerem onde os homens as desvirtuam, comprometendo a sua doutrina, procurando apagar o nome de seu Pai e o Seu no coração da criatura terrena.
            Pedro vem, assim, dizer-vos que não acrediteis seja ele o porteiro de um céu, que não existe senão na imaginação dos fracos e embusteiros, interessados em afastar-vos do caminho da verdade e da luz.
            O céu só existe na paz das consciências dos bons e dos puros e tem uma única chave, que está em vossas próprias mãos - a caridade.
            Vós mesmos é que sois porteiros do céu, onde haveis de viver um dia, quando terminada a provação terrena. Pedro, meus amigos, foi fraco e vacilante ao lado do Mestre e não teve a resignação e coragem e a confiança dos seus companheiros; para que, pois, emprestar ao humilde pescador da Galileia honras e títulos que não merece?
            Ficai certos e seguros de que tudo quanto vos contam a seu respeito são criações dos homens. Pedro foi grande, eloquente e sábio enquanto esteve ao lado do Mestre, recebendo as irradiações sublimes de seu espírito divino.
         Tudo isso desapareceu, porém, no momento em que negou o Mestre, na hora em que abandonou o compromisso de acompanha-Lo até a morte, comer do mesmo pão e beber da mesma água, faltando, deste modo à sua palavra e confirmando as de Jesus: “És fraco, Pedro, mas Eu te perdoo.”
            E perdoou-me o meu querido Mestre, o divino Jesus, e vai conceder-me novamente a graça de voltar à Terra, para continuar a sua obra e concluir o que há mil e novecentos anos não tive forças para sustentar. Volto, e desta vez o galo não cantará, nem mais ouvirei aquelas terríveis palavras que tantas vezes me escaldaram os ouvidos: “És fraco, Pedro, mas Eu te perdôo.”
            Jesus me falará e ouvirei sempre a sua voz; mas esta será um incitamento, um conforto que me alentará na luta em prol da verdade eterna, que voltarei a defender.
            Ficai, portanto, certos, meus irmãos, de que Pedro voltará entre vós, porém, mais forte, mais enérgico e firme na sua crença, mais inabalável na sua fé, confiando, em absoluto, em Deus e em Jesus, que o enviaram aqui para dizer certas palavras e ainda mais - que será Pedro o escolhido para dizer-vos muitas outras verdades em ocasiões diversas, em emergências difíceis, em situações perigosas nas quais vos achareis um dia na terra.
            Pedro vem, pois, à vossa presença declarar que não é santo, nem príncipe dos apóstolos; de todos os espíritos que acompanharam Jesus na Terra foi ele quem mais se perturbou após a sua desencarnação, e isso por ter sido o mais fraco e o menos crente de todos.
          Pedro já teve outras missões após aquela em que esteve entre vós. Seu espírito evoluiu e caminhou para poder hoje falar-vos humildemente, dizendo: “Sou pequeno e fraco, conservo ainda a simplicidade e rudeza do pescador dos mares tempestuosos da Galiléia; estou em meio do caminho e tenho ainda muito que andar para chegar à perfeição. Nada sei, muito me falta aprender ainda, muito tenho que estudar para alcançar o título de espírito sábio. Nada, pois, deveis conferir-me, nenhum título dar-me, nenhuma honra tributar ao meu nome, e, quando vos referirdes a mim, dizei sempre - o pescador da Galiléia. Isso me honrará muito mais do que o principado que injustamente me ofereceis.”   
            Aconselho-vos à prática do bem e da caridade, da justiça e do amor ao vosso semelhante, o respeito à lei de Deus e a observância rigorosa dos ensinamentos de Jesus.
           Agradeço a todos o ouvirem-me com atenção e afeto. Deus vos proteja e Jesus vos acompanhe em todos os atos da vida.
            Pedro, o pescador da Galiléia
                                               (Junho de 1916)




           
                                                   
                              


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