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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Jesus em Nazaré, desestimado pelos seus... (A palavra de Mateus)


Jesus em Nazaré,
desestimado pelos Seus...

13,53 Após ter exposto as parábolas, Jesus partiu.

13,54 Foi para sua cidade e ensinava na sinagoga, de modo que todos diziam admirados: -Donde lhe vem esta sabedoria e esta força curadora?

13,55  Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos: Tiago, José, Simão e Judas?

13,56  E suas irmãs? Não vivem todas entre nós? Donde lhe vem pois, tudo isso?

13,57  E não sabiam o que dizer dele. Disse-lhes, porém, Jesus: “ -É só em sua terra e em sua casa que um profeta é menosprezado.” 

13,58  E, por causa da falta de confiança deles, operou, ali, poucas curas.



          Para Mt (13,53-58)- Jesus em Nazaré , encontramos a lição em Allan Kardec, no Cap. XVII de “A Gênese”:
           
            “O hábito de se verem desde a infância, em todas as circunstâncias ordinárias da vida, estabelece entre os homens uma espécie de igualdade material que, muitas vezes, faz com que a maioria deles se negue a reconhecer superioridade moral num de quem foram companheiros ou comensais, que saiu do mesmo meio que eles, cujas primeiras fraquezas todos testemunharam. Sofre-lhes o orgulho com o terem de reconhecer o ascendente do outro. Quem quer que se eleve acima do nível comum está sempre em luta com o ciúme e a inveja. Os que se sentem incapazes de chegar à altura em que  aquele se encontra esforçam-se por rebaixá-lo, por meio da difamação, da maledicência e da calúnia; tanto mais forte gritam, quanto menores se acham, crendo que se engrandecem e o eclipsam pelo arruído que promovem”.

            “A posteridade é juiz desinteressado no apreciar a obra do espírito; aceita-a sem entusiasmo cego, se é boa, e a rejeita sem rancor, se é má, abstraindo da individualidade que a produziu.”

            Ainda para Mt (13,53-58) -A Cegueira espiritual do povo de Nazaré, buscamos Antônio Luiz Sayão, em “Elucidações Evangélicas”: 

            “Nenhum profeta é desestimado, senão no seu país, na sua casa e entre seus parentes -Essas palavras, confirmativas destas outras que a sabedoria popular consagrou:

 “Ninguém é profeta na sua terra” e “santo de casa não faz milagre”, encerram uma reflexão filosófica, cujo valor todos temos podido verificar.

            Quanto ao não haver Jesus, ali, feito milagres, foi porque grande era a incredulidade, a cegueira voluntária dos que o cercavam. A obstinação os levaria a fechar os olhos, para não verem a luz, o que os tornaria mais culpados e passíveis de maiores castigos. Vendo isso, o Mestre que, pela doçura do seu coração, jamais provocou a revolta de qualquer Espírito, não quis vencer a oposição que à sua influência levantavam encarnados e desencarnados, dominando-lhes a resistência, para lhes poupar o remorso da falta em que incorriam.

            Verifica-se assim que não houve, para Jesus, impossibilidade de operar “milagres” naquela ocasião e naquele lugar. O que houve foi, de sua parte, “ausência de vontade”. Ele se forrou a exercer a sua autoridade incontrastável sobre os Espíritos que se opunham à ação, para lhes não aumentar o grau de culpabilidade.
           
           Nada obstante, sempre operou algumas curas, pela imposição das mãos.”    



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