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terça-feira, 7 de maio de 2013

16. 'Didaquê Espírita'



16

Didaquê Espírita

compilação e coordenação
  Carlos Lomba
Ed.FEB 1948

CAPÍTULO XI


RELIGIÕES


404. Quantas religiões existem no mundo?

            - Centenas de religiões parecem existir no mundo, mas, se bem examinarmos os livros básicos de qualquer delas, chegaremos à conclusão de só existir uma única, visto que todas pregam mais ou menos os mesmos princípios.

405. Não teriam umas das outras copiado esses livros?

            - Durante séculos houve sempre quem apresentasse essa suposição, mas, hoje, que sabemos serem todas elas revelações trazidas à Terra, revelações adaptadas a cada povo e a cada época, podemos asseverar que os Espíritos incumbidos dessa elevada missão recebiam instrução da mesma fonte, d'Aquele que presidiu à formação do próprio Planeta e o governa ainda nos dias atuais: Jesus-Cristo.

406. Como então vivem essas religiões em luta?

            - Pela incompreensão, senão que pela vaidade dos homens, ora porque nelas enxertaram os seus princípios pessoais, ora porque deturparam a interpretação do amor contido em seus ensinamentos.

407. Que se deve pensar do Islamismo?

            - Por mais paradoxal que nos pareça, a religião dos maometanos é uma seita do Cristianismo, e, em alguns pontos, mesmo, mais acorde com a interpretação atual do Espiritismo, que aquela oferecida pelos que se dizem verdadeiros e únicos cristãos.

408. Como assim?

            - O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, exalta a personalidade de Jesus, chama-lhe profeta e descreve lhe o nascimento respeitosamente, mas,como os espíritas, rejeita a crença na Trindade e classifica como monstruosa a suposição de que DEUS se subdividisse.

409. E o Budismo?

            - Como o Cristianismo, o Budismo também surgiu na Ásia, no vale do Ganges, quinhentos anos antes daquele. Sua disciplina e sua moral perfeita anunciam as quatro verdades: a dor; a origem da dor; a destruição da dor; o caminho para a destruição da dor. A vida presente da criatura está dependente de atos cometidos em vidas precedentes. A reparação do mal é dever indeclinável da criatura. - Veem-se, pois, inúmeros pontos de contato entre o Budismo e o Espiritismo.

410. Se já existiam tantas religiões porque surgiu o Espiritismo?

            - O Espiritismo não veio para ser uma religião mas para ser a ligação de todas as religiões em torno do seu ponto de Partida, do seu foco originário, expurgando-as da parte humana nelas existentes.

411. Não se pode, então, dizer: Religião Espírita?

            - Sim ou não, conforme a acepção que se dê à palavra religião. Se a compreendermos como o amontoado de cerimônias que os homens foram inventando no correr dos séculos, responderemos negativamente; mas, se a considerarmos na sua verdadeira significação, diremos que o Espiritismo não é uma religião pois que é a RELIGIÃO.

412. Qual a maior diferença entre o Espiritismo e o que, com impropriedade, se chama atualmente Cristianismo?

            - Não ser ele exclusivista. Não prometer prêmios para os seus adeptos e castigos para os que lhe são contrários. Nada exigir do homem, senão que ele reja bom e caridoso. Nada receberem os seus adeptos pelo benefício que possam levar ao próximo. Asseverar que todos se salvarão, todos, de qualquer religião, mas que só o conseguirão pelo esforço individual de cada um.

413. Quer dizer, então, que todos os missionários, fundadores das religiões existentes, foram enviados à Terra sob a égide do Cristo de DEUS?

            - Sem dúvida alguma! Moisés, Hermes, Pitágoras, Buda, Sócrates, Platão, Maomé, Lutero, Calvino, Comte e outros, jamais estiveram dissidentes no terreno da Moral e do Bem. Provocaram, sim, atritos e contendas nos domínios da inteligência, da lógica e da razão, soerguendo a mentalidade do Mundo, despertando a receptividade das almas, para que, todos nós e só agora, pudéssemos receber as bênçãos do ESPÍRITO DA VERDADE, bênçãos de luzes do CONSOLADOR prometido - o ESPIRITISMO.



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