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quarta-feira, 28 de março de 2012

Semear para Colher


para
Colher

            Desculpem-nos os nobres irmãos espiritistas, neste ensejo de comunicação que o Senhor nos permitiu.        

            Não entendemos bem a posição daqueles que recebem a graça divina do Espírito Consolador, a Doutrina dos Espíritos, o Evangelho redivivo.

            Falam na paz e quase todos ou quase sempre produzem discórdias.

            Enaltecem a humildade e resvalam nos abismos imensuráveis do orgulho.

            Pregam a Boa Nova, exaltando o amor do Cristo de Deus, e às ocultas comentam desairosos noticiários do mundo íntimo dos santuários de estudos.

            Erguem-se em orações brilhantes e emocionantes, e curvam-se temerosos ante os fatos inconsequentes do dia-a-dia.

            Guardam a atitude de adeptos fervorosos da Doutrina Sagrada, e conservam o coração repleto de fel.

            Grande Luz a do Espiritismo!

            Ela traz à Terra a presença do Mestre Imortal, num resplendor de glória.

            Imaculado como os lírios, perfumado pelo Divino Amor, santificado, porque oriundo do coração sagrado do Cristo de Deus, o Espiritismo é o representante do Mestre na Terra; entretanto, em torno dele, a luz presente do Imortal, vemos dissensões, distúrbios, confusões.

            Nascido na manjedoura humilde, enaltecido na missão santa do Mestre, erguido no alto do Gólgota, revivido no Consolador, o espírito do Cristo revela-se em esplendor celestial na Doutrina Espírita.

            Chegam os aflitos do caminho, os coxos e os estropiados, os cegos e os paralíticos, os mortos das margens das estradas, os desvairados e os sofredores, procurando, como outrora, a força esplêndida da Doutrina que cura, orienta, salva.

            O mundo ergue-se aflito e, atônito, vai descobrindo a grande luz.

            Como entender a repetição, nos dias atuais, do mesmo panorama que cercou o Mestre em Jerusalém, quando a Revelação cresceu, demonstrando a Verdade no espelho vivo das mentes abertas para a luz?

            Por que o cerco indébito à Doutrina sagrada? Por que a discussão, a confusão, o desrespeito?

            A mensagem do Senhor aí permanece viva: "Sereis considerados meus discípulos
se vos amardes uns aos outros, como vos tenho amado."

            Trazendo-vos estas páginas, não desejamos interferir em vidas ou resoluções; entretanto, à luz da Espiritualidade, sentimos pesar sobre os nossos ombros a responsabilidade de sermos espíritas, por termos recebido a Divina Luz!

            Por que retardar o passo, por que não aproveitar o tempo para achegarmos jubilosos ao Senhor, procurando-lhe a destra amiga para exclamarmos como Saulo: - Senhor, que quereis que eu faça?

            Irmãos, amigos, detenhamo-nos à beira dos abismos que sorvem os incautos!

            Meditemos na palavra sagrada, deixemos os trapos do homem velho e, transformados para o Cristo, estendamos as mãos para o alto, em ação de graças; e, trabalhando e servindo humildemente, avancemos para diante, ajustados à sublime vontade do Senhor.

            Que ele nos abençoe.

     Wantuil (Espírito)
por Mª Cecília Paiva 

Mensagem recebida em 22 de julho de 1975
e publicada em ‘Reformador’ (FEB) em  setembro 1975





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