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quarta-feira, 14 de março de 2012

02 / 05 Antônio Wantuil de Freitas



02 / 05  Antônio
Wantuil de Freitas

inReformador’ (FEB) Abril 1974


A Conversão ao Espiritismo

            Nasceu Antônio Wantuil de Freitas a 23 de outubro de 1895, no então arraial (hoje cidade) de Patrocínio do Muriaé, no Estado de Minas Gerais. Filho do capitão Joaquim Olinto de Freitas e de D. Virgínia Maria de Freitas, aquele nascido em ltabira de Mato Dentro, e esta em Cachoeira do Itapemirim.

            Sua mãe casou-se aos 14 anos de idade e teve cinco filhos.

            Órfão de pai aos 5 anos, e de mãe aos 22, Wantuil foi educado num meio católico, tanto assim que, até aos 12 anos de idade, um dos seus desejos era ser padre, gostando de ajudar missa e cantar no coro da igreja.

            Sentiu grande atração para o protestantismo metodista logo após diplomar-se, em 1913, pela então notável "Escola de Farmácia e Odontologia d'O Granbery", de Juiz de Fora. Brilhante curso de Farmácia, quase todo com distinção, deu-lhe a oportunidade de progredir na vida. As lutas pela existência afastaram-no do pensamento que, aos 18 anos, nutrira, qual seja, o de se fazer pastor metodista. Dedicou-se à profissão em sua terra natal (1914-1918), em Presidente Soares (1918--1922), em Manhumirim (1923) e, finalmente, no Rio de Janeiro, onde se instalou, desde 1924, como farmacêutico-industrial, fundando um laboratório de produtos farmacêuticos. Em 1944 passou parcialmente aos filhos a direção do laboratório, a fim de se entregar, de corpo e alma, aos interesses do Espiritismo. Desligou-se completamente do mundo social, passando a viver exclusivamente para esse ideal.

            Como dissemos antes, a luta pela vida levara-o a alhear-se de qualquer credo religioso, continuando embora a cultivar sincera amizade com diversos padres e pastores. Já por esse tempo, o jovem farmacêutico lia tudo quanto se referisse a religião e filosofia, a Bíblia, o Alcorão, etc., pró ou contra, pois desejava estar atualizado com o movimento religioso mundial.

            Tal particularidade é muito significativa, porque, desinteressado dos credos, não resistia à atração que o assunto exercia sutilmente em seu espírito, satisfazendo-a com a sede de conhecimentos que as leituras delatavam. É que o seu íntimo estava preparado para render-se à doutrina que realmente atendesse aos seus mais recônditos anseios. Sua conversão ao Espiritismo foi relatada no folheto "Uma entrevista sensacional", divulgada em 1953. Começou numa drogaria do centro da cidade do Rio de Janeiro, por ele frequentada quase que diariamente. Ali trabalhava um senhor espírita, de grande cultura e íntegra moral. Wantuil pontilhava com gracejos e ironias qualquer alusão ao Espiritismo. Em fevereiro de 1932, em resposta às irreverências do nosso valoroso Wantuil, convidou-o a assistir a uma sessão espírita. E lá se foi ele, totalmente incrédulo, sem supor que ia ao encontro de sua estrada de Damasco. O fato se verificou em 8 de março daquele ano.

            A certa altura da sessão, manifestou-se sua própria mãe, contando-lhe episódios de sua meninice, alguns somente de ambos conhecidos. É fácil compreender a estupefação do incrédulo assistente, que viu desmoronar seu ceticismo. Como explicar as revelações que ouvira num ambiente em que era completamente desconhecido? Desde então, pôs-se a estudar o Espiritismo e o fez durante meses seguidos
lendo tudo quanto lhe caía sob os olhos, entre obras nacionais e estrangeiras. Transformara-se, finalmente. A 27 de maio seguinte achando-se em Patrocínio do Muriaé, aonde fora visitar um irmão enfermo, Wantuil foi compelido pelas circunstâncias a presidir pela primeira vez, a uma sessão de doutrinação de Espíritos.




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