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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

2 de Agosto, 1873



2 de agosto, 1873:
luz cristã no Brasil
por Gilberto Campista Guarino



            “Aproximávamo-nos do final do século XIX ,e podíamos observar os labores incessantes da Espiritualidade Superior, firmando os alicerces do edifício de compreensão verdadeira, nas terras para onde o Senhor transplantara as sementes do Evangelho vivo e sentido. Tínhamos a impressão de que verdadeira usina de forças ali se erigia, tal a intensidade das luzes que coroavam o empreendimento e tal a envergadura da tarefa a ser desdobrada. A claridade de mil sóis parecia condensar-se, borrifando imensa quantidade de tônicos fortificantes sobre tudo e sobre todos.”

            Assim se expressou um Amigo Espiritual, a propósito da criação do “posto avançado da Espiritualidade Superior”, que é o Grupo Ismael, em suas mais puras e absolutas fontes e atividades.

            Para a Doutrina Espírita - indubitavelmente o Cristianismo redivivo -, a data de 2 de agosto de 1873 simboliza o dispositivo que acionou a luz cristã “em terras brasileiras”.

            Os Espíritos jamais negaram amparo ao trabalhador de boa vontade; é essa uma verdade que ninguém ousará contestar. Por isso, na instituição do Grupo Confúcio - 2 de agosto de 1873 - e, mais adiante, a 6 de junho de 1880, na criação do Grupo dos Humildes (mais tarde Grupo Sayão), o Anjo Ismael -  mandatário do Cristo no Brasil e daqui irradiando para o mundo - pousou sua mão amorosa, assinalando a empreitada com o marco do seu generoso coração, por que Jesus nos fala à miserável imperfeição.

            Rolaram os anos, arrastando em seu bojo tudo o que fosse falso, superficial. Os ataques reiterados das forças da discórdia lançaram dardos vivos à guisa de sementes; mas o terreno, que sempre foi sublime, rechaçou a impureza propositadamente espargida. Há cem anos o Grupo Ismael, “célula avançada da Espiritualidade Superior”, vem produzindo a cem por um, ainda e sempre sob a égide daquele que lhe confere a designação, além de lhe secundar e dirigir a produtiva atividade sobre a Terra.

            É interessante e proveitoso notar a obra da Alta Espiritualidade, reflexo do amor divino; tudo passa, menos a pureza imarcescível das palavras e das obras marcadas pelo assentimento do Cristo.

            Neste sentido, Leibnitz – o grande Leibnitz – definiu o tempo como “arranjo das coisas que se sucedem”. E o tempo é tão relativo para o espírito esclarecido... A tal ponto que as iniciativas verdadeiramente crísticas desdobram-se ao infinito, resistem aos embates da destruição e, prolongando-se em sua perfeição, englobam origens e fim, em um só abraço de vitória na certeza palpável de “missão cumprida e sempre a cumprir”. O que quer que vise à instauração da fraternidade real sobre a Terra, automaticamente vincula-se ao Senhor, recebe sei beneplácido e prossegue altaneiramente em meio à revolta e à gritaria. Assim, é o Grupo Ismael, cuja função – esclarecer e elucidar; amar e compreender; vigiar e tolerar – confunde-se com o preceito evangélico do “orai e vigiai, para não cairdes em tentação” e do “amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos.”

*

            A 31 de março de 1903, o luminoso Espírito Antônio Luiz Sayão retornava à Pátria de origem, com vastíssima bagagem de realizações. E, por certo, sua união com Jesus - junto a Bezerra de Menezes e a Bittencourt Sampaio - por si só nos diz da responsabilidade face a Ismael, com quem esses mesmos Espíritos continuam pugnando pela pureza da Doutrina Espírita, Cristianismo puro e redivivo.

            Cooperemos nessa luta santa, elevando ao Senhor a nossa mais sentida prece pela grandiosa realização doutrinário-cristã de Ismael, no Brasil e no mundo.

            Recordemos algumas palavras do Espírito Sayão, conclamando-nos à responsabilidade das tarefas cristãs:

            “Aprendamos finalmente a pacificar os nossos corações na revivescência dos princípios divinos que em nós ainda dormitam. Quando conseguirmos nossa libertação das malhas do egoísmo, seremos Lázaros redivivos, cegos retirados da escuridão, seres voltados às brisas leves, tocados pelo suave calor dos raios da alvorada com Jesus. Seres redimidos no foco que é ele, alçaremos o voo glorioso em prol da ressurreição do mundo, no prosseguimento do programa divino: a constante perfectibilidade do Universo.”

Reformador (FEB)  Agosto 1973




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