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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

07/ 07 Algumas Ideias e Pensamentos de Allan Kardec


Allan Kardec
Algumas Ideias e Pensamentos (7)

Coligidos por Sylvio Brito Soares

Reformador (Outubro 1957)

Siglas usadas no final de cada ideia ou pensamento, indicadoras das obras de onde foram extraídos.

C. I. - O Céu e o Inferno
E. - O Evangelho segundo o Espiritismo
G. - A Gênese
L. E. - O Livro dos Espíritos
L. M. - O Livro dos Médiuns
O. P. - Obras Póstumas
Oq. - O que é o Espiritismo
P. E. - O Principiante Espírita
R - Reformador
R. S. - La Revue Spirite


Sábios

            Quando surge um fato novo, que não guarda relação com alguma ciência conhecida, o sábio, para estuda-lo, tem que abstrair da sua ciência e dizer a si mesmo que o que se lhe oferece constitui um estudo novo, impossível de ser feito com ideias preconcebidas. (L. E. – Pág. 28)
           
Sacrifício

            Todo sacrifício pessoal, tendo em vista o bem e sem qualquer ideia egoísta, eleva o homem acima da sua condição material. (L. E. - Pág. 324)

Sobrenatural

            O sobrenatural desaparece à luz do facho da Ciência, da Filosofia a da Razão, como os deuses do Paganismo ante o brilho do Cristianismo. Sobrenatural é tudo o que está fora das leis da Natureza. (Oq. - Pág. 32)

*
            Em todos os tempos foram reputados sobrenaturais os fenômenos cuja causa não era conhecida; pois bem: o Espiritismo vem revelar uma nova lei, segundo a qual a conversação com o Espírito de um morto é fato tão natural, como o que se dá por intermédio da eletricidade, entre dois indivíduos separados por uma distância de cem léguas; o mesmo acontece com os outros fenômenos espíritas. (Oq. - Pág. 32)

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            O Espiritismo repudia, nos limites do que lhe pertence, todo efeito maravilhoso, isto é, fora das leis da Natureza; ele não faz milagres nem prodígios,  antes explica, em virtude de uma dessas leis, certos efeitos, demonstrando, assim, a sua possibilidade. (Oq. - Pág . 32)

Socialismo

            As convulsões sociais são revoltas dos Espíritos encarnados contra o mal que os acicata, índice de suas aspirações a esse reino de justiça pelo qual anseiam, sem, todavia, perceberem claramente  do que querem e dos meios de consegui-lo. Por isso é que se movimentam, agitam, tudo subvertem a torto e a direito, criam sistemas, propõem remédios mais ou menos utópicos, cometem mesmo injustiças sem conta, por espírito, ao que dizem, de justiça, esperando que desse movimento saia, porventura, alguma coisa. Mais tarde definirão melhor suas aspirações e o caminho se lhes aclara. (O. P. -  Pág. 200)


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            A questão social não tem por ponto de partida a forma de tal ou qual instituição; ela está toda no melhoramento moral dos indivíduos e das massas. Ai é que se acha o principio, a verdadeira chave da felicidade do gênero humano, porque então os homens não mais cogitarão de se prejudicarem reciprocamente. Não basta que se cubra de verniz a corrupção, é indispensável extirpar a corrupção. (O.P. - Pág. 169)

Sofrimentos

            Sob a influência das ideias carnais, o homem, na Terra, só vê das provas o lado penoso. Tal a razão de  lhe parecer natural sejam escolhidas as que, do seu ponto de vista, podem coexistir com os gozos materiais. Na vida espiritual, porém, compara esses gozos fugazes e grosseiros com a inalterável felicidade que lhe é dado entrever e desde logo nenhuma impressão mais lhe causam os passageiros sofrimentos terrenos.  (L. E. - Pág. 169)

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            Os sofrimentos deste mundo independem, algumas vezes, de nós; muito mais vezes, contudo, são devidos à nossa vontade. Remonte cada um à origem deles e verá que a maior parte de tais sofrimentos são efeitos de causas que lhe teria sido possível evitar. Quantos males, quantas enfermidades não deve o homem aos seus excessos, à sua ambição, numa palavra: às suas paixões? (L. E. - Pág. 164)

Suicídio

            A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, porque não se tem esse direito? Porque não é livre o homem de pôr termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta, somente por constituir infração de uma lei moral, consideração de pouco para certos indivíduos, mas também um ato estúpido. pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá, como no-lo ensinam, não a teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas. (L. E. – Pág. 430)


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            Aquele que tira a si mesmo a vida para fugir á vergonha de uma ação má, prova que dá mais
apreço à estima dos homens do que a de Deus, visto que volta para a vida espiritual carregado de suas iniquidades, tendo-se privado dos meios de repara--las durante a vida corpórea. Deus, geralmente, é menos inexorável do que os homens. Perdoa aos que sinceramente se arrependem e atende à reparação . O suicida nada repara. (L. E. Pág. 427)

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            A afinidade que permanece entre o Espírito  e o corpo produz, nalguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição, donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. (L. E. - Pág. 430)

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            O suicídio não consiste somente no ato voluntário que produz a morte instantânea, mas em tudo quanto se faça conscientemente para apressar a extinção das forças vitais. Não se pode tachar de suicida aquele que dedicadamente se expõe à morte para salvar o seu semelhante.  (C. I. - Pág. 289)

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            Entre as causas mais numerosas de excitação cerebral, devemos contar as decepções os desastres, as afeições contrariadas, as quais são também as mais [requentes causas do suicídio. Ora, o verdadeiro espírita vê as coisas deste mundo de um ponto de vista tão elevado, que as tribulações não são para ele senão incidentes desagradáveis de uma viagem. Aquilo que em outro qualquer produziria violenta emoção,  afeta-o mediocremente. Ele sabe que os dissabores da vida são provas que servirão para o seu adiantamento, se as sofrer sem murmurar, porque sua recompensa será proporcional à coragem com que as houver suportado.
(Oq. - Pág. 68)

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            A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as ideias  materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio; ocasionam a covardia moral. (E. - Pág. 88)


Túmulo

            O túmulo é o ponto de reunião de todos os homens. Aí terminam inelutavelmente todas as distinções humanas. Em vão tenta o rico perpetuar a sua memória, mandando  erigir faustosos monumentos. O tempo os destruirá, como lhe consumirá o corpo. Assim o quer a Natureza. Menos perecível do que o seu túmulo será a lembrança de suas ações boas e más. A pompa dos funerais nâo o limpará das suas torpezas, nem o fará subir um dcgrau que seja na hierarquia espiritual. (L. E. – Pág. 369)

Ubiquidade

            Cada Espírito é uma unidade indivisível, mas cada um pode lançar seus pensamentos para diversos lados , sem que se fracione para tal efeito. Neste sentido unicamente é que se deve entender o dom da ubiquidade atribuído aos Espíritos. Dá-se com eles o que se dá com uma centelha, que projeta longe a sua claridade e pode ser percebida de todos os pontos do horizonte; ou, ainda, o que se dá com um homem que, sem mudar de lugar e sem se fracionar, transmite ordens, sinais e movimento a diferentes pontos. (L. E. - Pág. 81)

Unificação

            A unificação feita relativamente à sorte futura das almas será o primeiro ponto do contacto dos diversos cultos, um passo imenso para a tolerância religiosa em primeiro lugar e, mais tarde, para a completa fusão. (C. I. – Pág. 17)


Vida Espiritual

            A vida futura já deixou de ser um problema. É um fato apurado pela razão e pela demonstração, para a quase totalidade dos homens, porquanto os que a negam formam ínfima minoria, sem embargo do ruído que tentam fazer. (O. P. - Pág.  l89)

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            A vida espiritual é a vida normal; a vida corpórea é uma fase temporária da vida do Espírito, que durante ela se reveste de um envoltório material, de que se despe por ocasião da morte. (O.P. - Pág. 182)

Vigilância

            O Espiritismo está, sem contestação, muito espalhado, mas o estaria ainda mais se todos os adeptos sempre atendessem aos conselhos da prudência, contendo-se dentro de uma sábia reserva. É fora de dúvida que precisamos levar em conta as intenções, porém não é menos certo que alguns tem justificado o provérbio: "Mais vale um inimigo declarado que um amigo desastrado." O pior de tudo isto é fornecer armas aos adversários, que habilmente sabem explorar um ato irrefletido. Não cansaremos,  pois, em recomendar aos Espíritas que reflitam maduramente antes de agir; em semelhantes casos, a prudência  aconselha a não se prenderem às suas opiniões pessoais. Hoje, que por toda parte se formam grupos ou sociedades, nada mais simples que concertar antes de agir. O verdadeiro Espírita, que somente visa ao bem estar da doutrina, sabe renunciar ao seu amor próprio. Não é digno de um verdadeiro Espírita, crer na sua própria infalibilidade, negar-se a concordar com a maioria e persistir num ponto de vista mau e comprometedor; seria isto demonstração de orgulho, caso não fosse uma obsessão. (R.S., 1863; R., Outubro, 1951)


Vontade

            A vontade não é um atributo especial do Espírito, é o pensamento chegado  a certo grau de energia; é o pensamento tornado força motriz. É pela vontade que o Espírito imprime aos membros e ao corpo movimento em determinado sentido. Mas se tem o poder de agir sobre os órgãos materiais  quão maior há de ser esse poder sobre os elementos fluídicos que nos cercam! (R. S. 1868; R. Outubro 1949)


Fim

6 comentários:

  1. Oi, Aron! Cheguei a seu blog devido a uma pesquisa que tenho feito, motivada por uma leitura intrigante sobre uma suposta vinculação entre espiritismo e socialismo. Quem a sugeriu foi o filósofo Olavo de Carvalho, em seu livro "O Jardim das Aflições". Esse autor enxergou vínculos entre ambos, pelo fato de terem surgido praticamente à mesma época (O Manifesto do Partido Comunista foi publicado em 1848, enquanto que O Livro dos Espíritos, em 1857, o que situa os dois eventos na mesma geração) e em favor disso, Olavo alega a existência de muitos socialistas que são espíritas. As alegações vão ainda um pouco mais longe, pois esse autor relaciona a origem de ambos com a filosofia de Epicuro, a absurda ataraxia deste. Na verdade, Olavo prova exaustivamente no citado livro que a obra de Karl Marx é herdeira das ideias de Epicuro, e de lambugem colocou o espiritismo no meio pela proximidade das datas de surgimento. Quem estuda sabe que o antecedente filosófico da Doutrina dos Espíritos se encontra em Sócrates e Platão, e não em Epicuro. No entanto, o tema ainda tem me trazido desassossego, pois vejo como negativa qualquer vinculação entre um e outro, ainda mais diante das falsificações ideológicas que o socialismo sob o qual vivemos tem feito, dentre outras, a desmobilização do raciocínio e da reflexão, o recurso grotesco à propaganda enganosa para criar cortina de fumaça em torno da inépcia do governo (federal, principalmente), a libertinagem dos costumes, o sutil repúdio à família, a disfarçada incitação à pedofilia e o incesto, dentre as principais mazelas com que a esquerda tem nos importunado através da mídia e ações oficiais, de forma mais ou menos evidente. Sinceramente, não quero que a Doutrina dos Espíritos com a qual aprendo e me renovo tenha algo a ver com essas mazelas; no entanto, é preciso descobrir se meu querer tem respaldo na realidade prática, pois não posso eleger meu ponto de vista como único. As citações de Kardec presentes em seu post, relativas ao socialismo, eliminam qualquer suporte a ele, pois a doutrina não elege um sistema de governo ideal ou preferido. Aliás, a segunda citação quase entra no mérito da propaganda abusiva do socialismo, "Não basta que se cubra de verniz a corrupção, é indispensável extirpar a corrupção." Minha edição das Obras Póstumas é diferente da sua, Aron. Poderia citar o título para facilitar a localização das mesmas? Poderia indicar algum livro espírita sério ou artigo da Revista Espírita que aborde a questão do socialismo? Grato pela atenção e pelo retorno :-)

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  2. O atraso na resposta fica por conta de viagem ao exterior onde me encontro agora. Alguns fundamentos do Espiritismo encontram-se em Sócrates e Platão e não em Epicuro. Quanto à fundamentação teórica do Socialismo fica difícil elaborar algo em espaço tão pequeno como este onde escrevo. Acho que você encontrará alguns tijolos na construção de seu entendimento do século XIX no livro 'Em torno de Rivail'.(Ed. Lachatre?). O Jornalista Luciano dos Anjos também elabora algo bem interessante em 'Deus é o Absurdo'. Confesso que o desafio de entender o século XIX foi demais para mim. A primeira conclusão foi que o século XIX se integra com o século XVIII (1979 - Revolução Francesa que, por sua vez, tem seus antecedentes na implantação do Absolutismo pelos jesuítas). Além disso, os historiadores franceses se dividiram em socialistas e não socialistas sob a influenciação dos livros de Marx sobre 1848 o que prejudicou uma avaliação isenta dos fenômenos sociais. E paro aqui pois esse papo iria muito longe. Não tenha pressa em entender o assunto. Somos espíritos eternos e como tal teremos - breve - a oportunidade de conhecer todos os detalhes da evolução do homem na Terra. Semana passada fui assistir 'Lincoln' e 'Os Miseráveis'. Vale a pena observá-los com os olhos de pesquisador em busca das idéias e dos meios de sobrevivência do povo à época. Fraternalmente,

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  3. Quanto ao 'Obras Póstumas' eu, pessoalmente, uso o livro editado pela FEB (Tradução do Quintão?... acho que não é do Guillon). O Sylvio - autor do artigo acima - certamente usou a tradução da FEB. Fique com Deus,

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    1. Obrigado, Aron! Anotei as indicações. A edição das O.P que estou usando é a mini, pela IDE, em tradução de Salvador Gentile (ganhei de presente). Ainda não assisti ao filme "Lincoln", embora seja um personagem histórico que me fascina desde a adolescência. Sei dele através de leituras. Assisti a "Os Miseráveis" e não gostei. Não tanto pela linguagem do filme, cansativa, que deu para relevar, mas pela mensagem. O inspetor Javert é um legalista, mas apesar disso é o personagem mais racional e sensato (na verdade, é o único que apresenta essas qualidades no filme). No entanto, suicida-se. Deplorável esse desfecho para ele. Outra coisa que não gostei é do menino revolucionário. Os adultos fraquejam, mas é um menino o luminar que os incita à "luz" da revolução, se arrisca de forma medíocre fora das barricadas e é morto. E, ao passar pelo cadáver dele, o inspetor Javert lhe afivela na lapela sua medalha da Legião de Honra - o filme, para mim, acabou nessa cena. Da metade para o fim, a obra se converte num culto à estupidez e tenta elevar Jean Valjean a Jesus Cristo, pois numa das sequências finais ele é mostrado com vagar num salão em que na parede do fundo há um crucifixo. A primeira parte é melhorzinha, antes da Fantine morrer e, no geral, as atuações e reconstituição de época são primorosos. Porém, a mensagem perde o filme, e resulta apenas em mais uma embromação que o socialismo internacional nos quer impor. Mas, ainda que seja indignada, esta é apenas a minha opinião, Aron. Sem ofensa. Aproveite sua viagem e faça bom retorno. Fique com Deus também.

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  4. Acho que não nos cabe discutir a obra já consagrada pelo público e pela crítica. O que me impressionou foi o abandono a que eram relegados os pobres. Nada de leis sociais ou seja férias, aposentadoria,horário de trabalho etc. E por falar nisso vc já leu a coleção do Will e Ariel Durant? O único que não achei em português foi 'Rousseau and the Revolution' mas que está disponível nos sebos virtuais. A 'Era de Voltaire' é muito bom tanbém. Fique com Deus.

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  5. Aron, pelo que me lembro, determinadas leis trabalhistas, como o trabalho de 8 horas, fora criado por Henry Ford, capitalista de carteirinha. Outra coisa importante a ser mencionada e que por conta da automatizacao, trabalhamos mais com a cabeca, menos com pes e maos, nos possibilitando uma vida na qual se fazem 30 paos por segundo e nao 1 a cada hora. Resultado: vivemos melhor que um bilionario da idade media. Temos abundancia e riqueza como nunca existiu na historia da humanidade. A constante sofisticacao do sistema de producao se deve a feroz necessidade do capital em inovacao. Perde-se, temporariamente, trabalhos agora ocupado por maquinas, no entanto, por outro lado, temos, como consequência, a sofisticacao da mao de obra que sera realocada posteriormente. Entao tem muita coisa errada nessa mentalidade que tanto teme nosso amigo acima. Hoje, 2016, podemos ver os efeitos devastadores de uma doutrina materialista que nada tem a ver com direitos humanos, mas muito pelo contrario. Hoje, talvez, voce consiga entender o que o irmao acima quis dizer. O seu temor se realizou. Olavo de Carvalho tentou conectar uma coisa a outra, mas nem sempre estamos certo, Olavo nao e infalivel, apesar dos seus inumeros acertos. Ha uma diferenca enorme entre o marxismo e o espiristimo. Vamos dizer que o marxismo e materialista, mas se envolve na capa do humanismo, tanto querido do espiritas. Espiritas se creem socialistas, pois acreditam numa sociedade justa e igualitaria, onde ha oportunidade para todos, mas somente se apegam aos rotulos esquerditas, pois o marxismo NADA tem a ver com igualdade, liberdade e fraternidade. Bem pelo contrario, o marxismo sempre levou ao autoritarismo desenfreado, genocidios com mais de 100 milhoes de mortos e atrocidades inimaginaveis. O problema e que somos levados a essa maneira de pensar elaborada pelo batalha cultural incitada por Antonio Gramsci. Fomos vitimas de uma das ciladas mais brabas da historia e o processo so pode ser revertido com MUITA FE. Abraco a todos.

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