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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ismael - Votos de Paz


A Palavra
de Ismael



Comunicação recebida no Grupo Ismael
pelo médium Frederico Jr,
em 12 de Abril de 1906

               Paz.  Paz aqueles que aqui vem, mais uma vez, contritos e arrependidos do passado, trazer suas homenagens ao Justo - pre eleito, que por amor dos homens soube, banhado em sangue, amargurado o seio, subir a pétrea senda, como que levando no pesado madeiro todo o peso da consciência criminosa!

              Paz aos arrependidos, paz às ovelhinhas desgarradas, que em tempo souberam voltar ao doce aprisco, entregando-se, em efusões de amor, aos cuidados do seu Bendito Pastor!

             Paz aos nossos levitas que vão, apoiados no seu bordão de peregrinos, demandando em pensamento, o Horto das Oliveiras, para contemplar o seu Divino Mestre, ciente e consciente das torturas que se preparavam para instantes, de olhos elevados para seu Divino Pai, pedindo que, se fora de seu agrado, passasse de seus lábios aquele cálice de amarguras, mas que, no entanto, nele se fizesse unicamente a Sua Santíssima Vontade!

            Paz a nova legião de crentes, que vão, transidos de dores nos corpos e nas almas, ver em pensamento o seu Divino Mestre, aos pés dos pescadores, dos homens rudes, curvado como o último dos servos - Ele quase um Deus - para dar essa lição de humildade, esse divino ensinamento no qual pode o homem absorver-se, se o quiser, para compreender que não há maior grandeza para um espírito, aos olhos do seu Deus, do que se fazer o último dos homens aos olhos dos próprios homens.

            Paz àqueles que em pensamento se edificam nessa cerimônia do lava-pés! Jesus, descido para engrandecer-se, Jesus tornara-se servo! Jesus, o forte, o poderoso, fazia-se fraco como o mais fraco espírito, aguardando o momento em que a turba desenfreada viesse buscá-lo para esse altar glorioso de uma montanha, onde, melhor visto, Ele pudesse dar o último amplexo à humanidade que o desprezava!

             Paz aos nossos romeiros que vão em pensamento ouvir o discípulo vacilante, ao fazer Ele a dolorosa despedida aos seus amigos, perguntar-lhe “como haveriam de encontrá-LO, se eles não sabiam o caminho:” e dizer-lhe o Cordeiro Divino docemente: “Eu sou o caminho. Eu sou a verdade. Eu sou a vida! 

            Meus filhinhos, que belezas não encerram essas três afirmativas: Jesus o caminho, Jesus a verdade, Jesus a vida. Trilogia concreta de um pensamento santo e divino, que numa forma velada diz à criatura: “Nunca Tu poderás encontrar-me, se não lograres concentrar no teu espírito as verdades da minha doutrina, que é a vida, a única vida que tu reclamas para tua verdadeira felicidade!
           
            Para conhecer o meu caminho, é preciso que me conheças! E aquele que conhece Jesus - Oh! Suprema ventura! - é aquela que sabe desprezar todas essas miséria da vida humana e coloca acima de tudo o seu Evangelho, que é a barca flutuante no tranquilo oceano de tudo quanto é belo, santo e bom que o homem possa desejar!

            Aqueles que conhecem Jesus e dele gostosamente se fazem amigos, esses certamente, meus filhinhos, terão a luz radiante, traçando-lhes a jornada da porta estreita, onde irão encontrar o Pastor das Almas - Aquele que a humanidade toda hoje festeja na sua dor, pela sua humildade, na sua humildade, pela sua Paixão.

            Filhinhos, é tempo. Se porventura um sono funesto e mal tomou o vosso espírito por alguns instantes, trazendo-vos às consciências horrendos pesadelos; se fatigados de grandes jornadas no espaço e no tempo, feridos pelas vossas próprias mãos, o cansaço tomou dos vossos corpos e vos fez sentar em pedras do caminho - soerguei-vos, agora que o Espírito de Verdade vos bafeja; tomai de novo o vosso cambo e procurai, com os olhos límpidos, o pulso avigorado - a árvore do bem, que plantada foi por vós, e dela colhei os doces frutos!

Os tempos se aproximam. Vamos trabalhar para que os tempos não nos surpreendam!

Paz seja convosco.
 
Ismael

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