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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Civilizar é Cristianizar!


Civilizar é Cristianizar
por Arnaldo S. Thiago

Reformador (FEB) Fevereiro 1970

            Restam apenas 30 anos para completar vinte séculos de ação cristianizadora da espécie humana, e ainda a cultura da inteligência deixa de ter por base o sentimento cristão, para firmar-se no realismo aparente dos sentidos, que só alcança o plano material, relegando aos domínios da crendice tudo que diz respeito ao plano espiritual, inacessível aos sentidos precaríssimos do homem encarnado na Terra.

                Firmado em dogmas que a razão esclarecida se viu obrigada a desmentir, o sistema religioso soi-disant decorrente do Cristianismo e que, em verdade, somente o que fez foi desnaturá-lo completamente, apela ainda hoje para a fé cega, para o  credo quia absurdum, de modo que a livre investigação conseguida pela inteligência orientou a ciência num sentido completamente oposto ao que se convencionou chamar religião e que apenas consiste em fórmulas vazias de conteúdo filosófico, com que pretendem ainda engambelar a superficialidade intelectual do comum dos homens, sob a égide dos governos constituídos, os quais entendem conseguir com isso a disciplina das massas – o que lhes não dispensa a força, que é o instrumento de contenção de que não podem prescindir. Destarte, tal sistema religioso não fala às necessidades espirituais do homem, mas somente às suas tendências hedonistas, ligadas ao plano das diversões e dos passatempos. Veja-se a maneira pela qual se festeja o Natal...

                Em consequência, a ação civilizadora da ciência que é estritamente mecanicista, observando e analisando a Natureza planetária, o próprio Universo, como entidades materiais surgidas ao léu de explosões de átomos que ninguém procura saber de onde procedem, em coisa alguma pode contribuir para a educação moral do homem, que é baseada no cultivo dos sentimentos, de que decorrem todas as virtudes. O que temos, portanto, é uma civilização econômica, isto é, que trata do bem estar material, dos interesses materiais – tudo isso de natureza superficial, perecível substancialmente.

                Cumpre introduzir nesse quociente de cultura científica o coeficiente indispensável de espiritualidade, para que a civilização possa levar à Cristianização. É o que o Espiritismo está realizando na Humanidade, com elevado índice de suficiência no Brasil que, por isso mesmo, Humberto de Campos cognominou “PATRIA DO EVANGELHO, CORAÇÃO DO MUNDO”. Das Universidades brasileiras, mercê de Deus, por esse influxo superior de espiritualização, saem todos os anos muitos jovens de formação superior – engenheiros, médicos, advogados, economistas, pedagogos, etc., todos perfeitamente cristianizados, porque se lhes amplificou, mediante a cultura assimilada nesses meios de labor e de preparação cientifica, o sentimento cristão, radicado em suas mentes por uma boa orientação religiosa que se plasmou no trato educacional com os princípios espiritas hauridos, desde o berço, nos lares brasileiros, organizados sob o influxo da Revelação Nova que vigorosamente se  vai alastrando, com firmeza de convicção, nas consciências, por toda a parte, em o nosso abençoado País.

                Somente um exemplo, para demonstrar a ação benéfica do Espiritismo: de um dos cursos superiores sai, diplomado em engenharia, um jovem cuja vocação cientifica se inclina para o estudo da Astronomia. De todo o acervo de conhecimentos matemáticos superiores que adquiriu, não irá ele servir-se exclusivamente para melhor elucidar a parte mecanicista do Universo, segundo as teorias materialistas, formulando teorias abstrusas; ao contrário disso, saberá, pela resposta à pergunta número 985 de “O Livro dos Espíritos” (“Constitui recompensa a reencarnação da alma em um mundo menos grosseiro?”, que a habitabilidade dos outros mundos é um fato, comprovado pelo depoimento  insofismável de Espíritos Superiores, segundo esta resposta conclusiva que os mesmos deram à pergunta acima formulada: - “É a consequência da sua depuração, porquanto, à medida que se vão depurando, os Espíritos passam a encarnar em mundos cada vez mais perfeitos, até que se tenham despojado totalmente da matéria e lavado de todas as impurezas, para eternamente gozar da felicidade  dos Espíritos puros, no seio de Deus”.

                A civilização espírita procura, assim, a cristianização do homem. Todos os credos religiosos devem, pois, ver no Espiritismo um aliado pró CRISTIANISMO.


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