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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

06 Estudar e ... Estudar



06  Estudar e... Estuda
por J D Innocêncio

“Reformador” (FEB)  -   Agosto de 1981

"Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão,
em todas as épocas da Humanidade."
Allan Kardec
          
              Os Espíritos, respondendo ao nosso inesquecível Allan Kardec, quesito 625, de "O Livro dos Espíritos", que lhes perguntara:

            “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem) para lhe servir de guia e modelo?", esclareceram: "Jesus."

            À resposta, acrescentou o Codificador da Doutrina Espírita o seguinte comentário:

            "Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava. Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o têm transviado, ensinando-lhe falsos princípios, isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que regem a vida do corpo. (Destaques nossos.) Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens." (52ª ed. FEB, 1981.)

            Do capítulo I, da Parte Segunda, da mencionada obra básica do Espiritismo, item VI, "Escala espírita", Primeira ordem. - Espíritos puros, destacamos:

            112. Caracteres gerais. - Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.

            113. Primeira classe. Classe única. - Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus. (Destaques nossos.)

            Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material. Essa felicidade, porém, não é a de ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para manutenção da harmonia universal.”

            Segundo o relato de Mateus, Jesus afirmou:

            “Em verdade vos digo: Nenhum dentre quantos hão nascido de mulher foi maior que João Batista, mas aquele que for o menor no reino dos céus é maior que ele." (Cap. XI , v. 11.)

            Lucas faz idêntico registro (cap. VII v. 28).

            Na passagem evangélica, ora transcrita, temos a afirmativa do próprio Mestre e Senhor Jesus, de que não nascera de mulher. Afirmar o contrário é admitir que Ele fosse inferior a João Batista ou que se enganara.

            Mais uma vez buscamos, no bom senso e na autoridade do Codificador, apoio para o que focalizamos, transcrevendo:

            “Que autoridade maior se pode pretender, do que a das suas próprias palavras? Quando ele diz categoricamente: eu sou ou não sou isto ou aquilo, quem ousaria arrogar-se o direito de desmenti-Io, embora para colocá-lo mais alto do que ele a si mesmo se coloca? Quem pode racionalmente pretender estar mais esclarecido do que ele sobre a sua própria naturezas" ("Obras Póstumas", 17ª ed. FEB, 1978, Primeira Parte, item IV.)

            Na introdução do livro "Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas", obra depois substituída por "O Livro dos Médiuns", orienta o Codificador que "para os estudos complementares, indicamos "O Livro dos Espíritos", a "Revista Espírita", o que nos deixa à vontade para as referências que, seguidamente, temos feito à citada Revista.

            Assim, recordamos que ele, ao analisar a obra "Os Quatro Evangelhos" ("Revista Espírita" de junho de 1866, pp. 188/190), escreveu: "É um trabalho considerável e que tem, para os espíritas, o mérito de não estar, em nenhum ponto, em contradição com a doutrina ensinada pelo "O Livro dos Espíritos" e o dos "Médiuns". Que, referindo-se ao ensino de que o corpo de Jesus era um agênere, escreveu: "Nisso nada há de materialmente impossível para quem quer que conheça as propriedades do envoltório perispiritual." Que registrou: "Esperamos, pois, os numerosos comentários que ela não deixará de provocar da parte dos Espíritos, e que contribuirão para elucidar a questão."

            Os comentários não se fizeram esperar e, entre eles, os do próprio Codificador, confirmando os ensinamentos contidos na obra de responsabilidade de J.-B. Roustaing e mediunidade da Sra. CoIlignon.

            De uma das 18 mensagens de Allan Kardec (1913/1914) inseridas na obra mediúnica "Diário dos Invisíveis", pela médium Zilda Gama, transcrevemos:

            "Pode-se, pois, para os espíritos superiores, estabelecer as duas seguintes leis metafísicas:

                        I - Possuem a faculdade de produzir voluntariamente, com eflúvios ódicos, todos os corpos.

                        II - Podem decompor, com a potência psíquica, o que Ihes apraz.  

            Aplicando-se a Jesus, que as executava com facilidade) estão elucidados todos os fenômenos, que parecem incompreensíveis, dos seus chamados milagres:

            Provam sua faculdade organizadora:

                        a)         O seu corpo tangível.
                        b)         A transformação da água em vinho; nas bodas de Canã ;
                        c)         O acréscimo dos pães;
                        d)         Fazer aumentar, com o seu corpo materializado, as suas vestes inconsúteis ou
fluídicas.
                        Provam sua faculdade de desagregar a matéria, tornando-a invisível ou imponderável:
                       
                        a)         A perda de peso, a fim de poder equilibrar-se sobre as águas;
                        b)         A transfiguração no Tabor, em que ficou patente apenas seu radioso perispírito;
                        c)         A desaparição de seu corpo "material" depois de sepulto;
                        d)         Surgir e desaparecer onde se achavam os discípulos reunidos, com as portas cerradas, depois da ressurreição;
                        e)         Tomar parte na ceia dos Apóstolos parecendo ingerir alimentos, quando em realidade, ram eles desmaterializados ou decompostos ao contato de suas mãos puríssimas." (Editora "O Pensamento”, 1943, 2ª edição, pp. 210/211.)

            Continuemos, pois, a estudar e... estudar.





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