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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

A coincidência



A Coincidência  
Newton G. de Barros
Reformador (FEB) Julho 1975

            Parapsicologia: ilusão ou ciência?

            Lemos em “The roots of coincience" ( "As razões da coincidência" --- tradução cuidadosa de Editora Nova Fronteira - 1972).

            A apresentação do livro nos diz que o autor de “Do zero ao infinito” levanta
um novo tema audacioso:

            “Os fenômenos inconcebíveis da percepção extra-sensorial (telepatia, premonição, clarividência) parecem menos absurdos à luz das inconcebíveis proposições da Física Moderna.

            É interessante relembrarmos que Arthur Koestler, nascido húngaro, de Budapest, em 1905, estudou psicologia em Viena - a mesma Viena de Freud e sua psicanálise.

            Cidadão inglês, divulga seus conhecimentos através de conferências das Universidades americanas.

            Prêmio Sonning, da Universidade de Copenhague, está à altura de afirmações
curiosas para os dois mundos: da Física dos quanta e da Parapsicologia.

            Se procurarmos o lugar da ciência de Robert Amadou e Joseph Banks Rhine,
deveremos com a metodologia conhecer seu “objeto”. E qual sua posição entre as ciências dos quatro grupos da racional e lógica classificação, baseada em Auguste Comte: das matemáticas, da físico-química, da biologia ou das ciências sócio-morais?

            Logicamente, deveremos encontrá-la entre as sócio-morais, pelo seu método de pesquisa.
           
- Mas, qual o seu objeto?

            O próprio Robert Amadou levantava a questão, na primeira década das hipóteses.

            Afirma Koestler (Página treze): A pesquisa parapsicológica tornou-se mais rigorosa; levantou estatísticas; entrou nos computadores. Enquanto isso, a Física teórica tomou-se cada vez mais “oculta”.

            E prossegue: “De tal sorte que poderíamos, de certo modo, inverter a acusação - a Parapsicologia seria acusada de pedantismo científico e a física dos quanta de se inclinar para os conceitos sobrenaturais”.

            Quando William Crookes iniciou suas pesquisas sobre os fenômenos considerados sobrenaturais já era um nome respeitado na Academia Real de Londres. Estudioso da matéria radiante, das fotografias da Lua, descobridor do tálio e muitas outras iniciativas criteriosas; características de um Espírito que vinha destruir o conceito de sobrenatural.

            Com a médium Florence Cook - todos nós o sabemos da leitura de suas atas ("Fatos Espíritas", 6ª edição, FEB, 1971), obteve fotografias de Katie Kíng, materializada, através de magníficas provas de ectoplasmia.

            Esses fenômenos estão, hoje, sob controle científico e poderão admitir, em parte, a metodologia da físico-química. Ou das ciências biológicas.

            Resta-nos admitir o retorno do Espírito de um chamado morto e submetê-lo às técnicas de laboratório de William Crookes.

            Quando Madame Elisabeth d'Espérance, em seu livro "Shadow Land" (publicado pela FEB, 3ª edição, 1974 sob o título “No País das Sombras”), pedia que a estudassem, transformou-se, voluntária e cientificamente, em cobaia da Parapsicologia, da bio-comunicaçâo russa e da sagrada mediunidade.

            Ela mesma eliminaria o sobrenatural, submetendo-se, em condições precárias de saúde, à curiosidade não-científica até de aventureiros do final do Século XIX e início da era atômica.

            No livro “Desobsessão" (2ª edição, FEB, 1969, Espírito André Luís, médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira), os métodos de pesquisa para os fenômenos mediúnicos são apresentados à luz da didática mais moderna.

            Se há uma inversão de posições entre Física e Parapsicologia, Arthur Koestler possui razões forte com suas vivências politécnicas e polivalentes.

            Dizemos com Renée Haynes: “É fascinante de sincronicidade, o fato de físicos e parapsicólogos terem de usar o termo psi para indicar o que lhes é ainda desconhecido.


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