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sábado, 12 de março de 2016

'Os Empregados da Vinha' (Parábola)


19,30 Muitos dos primeiros serão  últimos e muitos dos últimos serão primeiros!
20,1 Com efeito, o reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para a sua vinha.
20,2 Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha.
20,3 Cerca da 3ª hora, saiu  e viu alguns mais na praça sem nada fazer.      
20,4 Disse-lhes :-Ide também  para minha vinha e vos darei o justo salário.
20,5 Eles foram. À 6ª hora saiu de novo e também na 9ª hora fez o mesmo.
20,6 Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: Porque estais todo o dia sem fazer nada?      
20,7   Eles responderam: -É porque ninguém nos contratou. Disse-lhes, então: Ide vós também para minha vinha.
20,8   Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: -Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros.
20,9 Vieram aqueles da undécima hora e receberam cada qual um denário.
20,10 Chegando, por sua vez, os primeiros, julgavam que haviam de receber mais, mas só receberam cada qual um denário;
20,11  Ao receberem, murmuraram contra o pai da família, dizendo:
20,12  Os últimos só trabalharam uma hora... e destes-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor.
20,13 O senhor, porém, disse:
 -Meu amigo, não te faço injustiça, não contrataste comigo um denário?
20,14 Toma o que é teu e vai-te: -Eu quero dar a este último tanto quanto a ti.
20,15 Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?
20,16 Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos (porque muitos serão os chamados, mas poucos os escolhidos).

         Para Mt (19,30 até 20,16) -O Trabalhador da última hora-, temos a orientação de Constantino (espírito protetor), no Cap. XX de  “O Evangelho...”:
           
            “O trabalhador da última hora tem direito ao salário, mas é preciso que a sua vontade tenha estado à disposição do Senhor que devia empregá-lo, e que esse atraso não seja o fruto da preguiça ou da má vontade. Tem direito ao salário, porque desde a madrugada, esperava impacientemente aquele que, enfim, o chamaria ao trabalho; era trabalhador,  só o trabalho lhe faltava.
             Mas se tivesse recusado o trabalho a cada hora do dia; se tivesse dito: Tenhamos paciência, o repouso me é agradável; quando a última hora soar, será tempo de pensar no salário da jornada; que necessidade teria de me incomodar por um senhor que não conheço, que não amo! quanto mais tarde, será melhor. Este, meus amigos, não teria encontrado o salário do obreiro, mas o da preguiça.
            Que será, pois, daquele que, em lugar de permanecer simplesmente na inação, tiver empregado as horas destinadas ao labor do dia em cometer atos culpáveis; que tiver blasfemado contra Deus, vertido o sangue de seus irmãos, lançado a perturbação nas famílias, arruinado os homens confiantes, abusado da inocência, que tiver enfim se chafurdado em todas as ignomínias da Humanidade; que será, pois, daquele? Bastar-lhe-á dizer na última hora: Senhor, eu empreguei mal meu tempo; tomai-me até o fim do dia, que eu faça um pouco, bem pouco da minha tarefa, e dai-me o salário do trabalhador de boa vontade?   Não, não; o senhor lhe dirá: Não tenho trabalho para ti, no momento; esbanjaste teu tempo; esqueceste o que havias aprendido e não sabes mais trabalhar o que havias aprendido e não sabes mais trabalhar na minha vinha. Recomeça, pois, a aprender, e quando estiveres mais disposto, virás a mim e eu te abrirei meu vasto campo, e tu poderás nele trabalhar a toda hora do dia. 
            Bons espíritas, meus bem-amados, sois todos vós obreiros da última hora. Bem orgulhoso seria aquele que dissesse: Comecei o trabalho no alvorecer e não o terminarei senão no declínio do dia. Todos vós viestes quando fostes chamados, um pouco mais cedo, um pouco mais tarde, para a encarnação, da qual carregais os grilhões; mas desde quantos séculos e séculos o Senhor chamou para sua vinha sem que tivésseis querido nele entrar!  Eis o momento de receberdes o salário; empregai bem essa hora que vos resta e não olvideis jamais que a vossa existência, tão longa que vos pareça, não é senão um momento bem fugidio na  imensidade dos  tempos  que  formam  para  vós  a eternidade.”

            Para  Mt  (20,16) -Muitos são chamados mas poucos  escolhidos-     leiamos  “Livro da Esperança” de Emmanuel por Chico Xavier:

            “O espírita, na prática da Doutrina Espírita, faz-se realmente conhecido, através de características essenciais.

            Rende constante preito de amor a Deus, começando na consciência.

            Respeita no corpo de carne um santuário vivo que lhe cabe sublimar.   Abraça o trabalho construtivo, seja qual seja a posição em que se encontre.    Abstém-se formalmente do profissionalismo religioso.    Sabe-se um espírito em evolução e, por isso, não exige nos outros qualidades perfeitas que ainda não possui.

            Aceita sem revolta dificuldades e provações por não desconhecer que os princípios da reencarnação situam cada pessoa no lugar que traçou a si mesma, ante os resultados das próprias obras. Empenha-se no aprimoramento individual, na certeza de que tudo melhora em torno, à medida que busca melhorar-se. Estima no dever irrepreensivelmente cumprido, seja no lar ou na profissão, na vida particular ou na atividade pública o alicerce da propaganda de sua própria fé. Exalta o bem, procurando a vitória do bem, com esquecimento de todo mal. Foge da crítica pessoal, à face da caridade que lhe rege o caminho, mas não recusa o exame honesto e imparcial desse ou daquele problema que interesse o equilíbrio e a segurança da comunidade em que vive. Exerce a tolerância fraterna, corrigindo o erro sem ferir, como quem separa o enfermo da enfermidade. Estuda sempre. Ama sem escravizar e sem escravizar-se. Não tem a presunção de saber e fazer tudo, mas realiza, com espontaneidade e alegria o trabalho que lhe compete. Age sem paixões partidárias, em assuntos políticos, embora esteja atento aos deveres de cidadão que o quadro social lhes preceitua. Usa as posses do mundo em favor da prosperidade e do bem de todos.    Evita os excessos. Simplifica, quanto possível, a própria existência. Acata os preconceitos dos outros, conquanto não se sinta obrigado a cultivar preconceito algum.

            Definindo-se o espírita de aprendiz infatigável do progresso, será justo lembrar aqui a conceituação de Allan Kardec, no item sete do capítulo primeiro de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”: Assim como Cristo disse  “ não vim destruir a lei, porém, cumpri-la”, o Espiritismo também diz -“não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.””

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