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domingo, 6 de março de 2016

Missão do Espiritismo


Missão do Espiritismo - parte 1
J. Martins Peralva
Reformador (FEB) Outubro 1970

            - A crença no Espiritismo ajuda o homem a se melhorar,
firmando-lhe as ideias sobre certos pontos do futuro. Allan Kardec

             Acima de tudo, cultuemos as bases codificadas por Allan Kardec,
sob a chancela do Senhor, assinalando-nos as vidas renovadas, no rumo do Bem Eterno. Emmanuel
           

            Difícil encontrar doutrina de tamanho equilíbrio, haja vista seu tríplice aspecto de Ciência, Filosofia e Religião. Harmonia completa com o bom-senso, a lógica, o sentimento e a fé.

            Revivendo os ensinos de Nosso Senhor Jesus-Cristo, cuja pureza vem restaurando em exegese racional, terá sempre a Doutrina Espírita meios de situar-nos, adequadamente, no âmbito social.

            Identifica-nos com as mais variegadas atividades humanas, desde que elevadas nobilitantes. 

            Corolário da ética do Cristianismo induz-nos ao respeito e acatamento às leis que regem a vida, na indefectível bilateralidade dos imperativos físico-morais.

            O Espírita será, assim, invariavelmente, um amante da ordem.

            Um impulsionador do progresso.

            Um respeitador da autoridade constituída.

            Bom cidadão.

            Cumpridor, consciente, dos deveres cívicos.

            Uma peça afinada no mecanismo da sociedade, da qual se torna eficiente servidor.

            Procurando amar a Deus sobre todas as coisas, o Espírita será encontrado, a qualquer tempo, na posição de efetivo e sincero colaborador do progresso e da felicidade.

            Recordando o diálogo de Jesus com fariseus que O procuravam confundir os Espíritos Superiores, da Codificação aos nossos dias, de Kardec a Emmanuel e outros induzem-nos ao cumprimento de todos os deveres, nos vários setores componentes da Vida, esclarecendo que tais deveres se estendem à família, à sociedade, à autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.

            Por isso que os Espíritas, sem qualquer embaraço ou prejuízo à sua diligência e senso progressista, são, via de regra, criaturas operantes, mas cordatas.

            Humildes, mas dignas.

            Modestas, mas realizadoras.

            Esclarecidas, mas não enfatuadas.

            Religiosas, mas não fanatizadas nem dogmatizadas .        

            Desprendidas, mas não perdulárias.

            Quando fortes, procuram amparar.

            Quando ajudam, o fazem sem humilhar.

            Quando servem, tem o cuidado de passar.

            Quando difundem a verdade, não o fazem com afetação.

            A fabulosa obra assistencial que se espalha por todo o Brasil, a atestar-lhes o dinamismo silencioso, confirma a atualidade de "O Evangelho segundo o Espiritismo",
que, em todas as suas lições, induz ao trabalho que enobrece.

            O que se faz, hoje, no campo assistencial, simboliza a compreensão de que não basta esclarecer, nem confortar espiritualmente. Que é, igualmente, imperioso, dar o pão, o vestuário, o medicamento.

            Ajudando materialmente e impulsionando, ao mesmo tempo, o serviço de expansão evangélico-doutrinária, o preceito "a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" estará sendo aplicado através da ação dos Espíritos, atualizando, assim, os ensinos grafados por Allan Kardec e pelas entidades de Mais Alto.

            A mediunidade edificante, em nossos dias, revigora as palavras dos Instrutores
de Escol que se fizeram presentes no trabalho de evangelização efetuado pelo Codificador, levando os companheiros do Espiritismo ao esforço da difusão doutrinária na tribuna e nos livros, na televisão e noutros veículos publicitários, simultaneamente com o labor de centenas e centenas de instituições que dão abrigo e educação, fraternidade e amparo aos desvalidos do caminho.

            Nos Templos de Fé, o ensino nobre no dar a Deus o que é de Deus."

            Lá fora, na sociedade, o impulso ao progresso e o respeito às instituições humanas, no "dar a César o que é de César".







Missão do Espiritismo - parte 2
J. Martins Peralva
Reformador (FEB) Novembro 1970


- O Espiritismo ensina o homem a suportar as provas com paciência e resignação;
afasta-o dos atos que possam retardar lhe a felicidade, mas ninguém diz que,
sem ele, não possa ela ser conseguida. Allan Kardec

    O Espiritismo, desdobrando o Cristianismo, é claro como o Sol.
Não nos percamos em labirintos desnecessários, porquanto ao espírita não se permite a expectação da miopia mental.        Emmanuel


            A missão de Jesus, O Cristo Consolador, é a consubstanciação da mensagem de eterno amor que se insculpiu, em todos os tempos, na consciência dos povos mais antigos, através dos Enviados de Sua Misericórdia, presente em todos os surtos evolutivos por Ele supervisionados, como "Pão da Vida" e "Luz do Mundo", mensagem que mais tarde, no terceiro quartel do século XIX, restaura-se, estuante de vida, nas páginas de "O Evangelho segundo o Espiritismo" .

            A missão do Espiritismo, em nossos dias, alimentada pela Voz dos Espíritos que orientam e inspiram, amparam e iluminam os missionários da mediunidade, em cuja vanguarda identificamos a nobre personalidade de Emmanuel, consiste em explicar, em Espírito e Verdade, o pensamento de Jesus.

            Se o que por Jesus foi dito, os homens esqueceram, no curso dos séculos; se as Suas palavras foram distorcidas ou sepultadas no sarcófago do obscurantismo, "O Evangelho segundo o Espiritismo" a tudo reviveu, em glorioso trabalho de interpretação e vivência que se perpetuam na atualidade, para felicidade de todos nós, no fabuloso acervo de instruções que a Espiritualidade Superior faz jorrar em intérminas catadupas de luz e sabedoria, assegurando, desta maneira à maravilhosa obra kardequiana, reconfortante e indestrutível perenidade, no Tempo e no Espaço.

            Os Espíritas, em nome do Senhor e por inspiração de "O Evangelho segundo o
Espiritismo", continuam consolando os deserdados. Encorajando os fracos. Reanimando os desesperançados Convertendo e redimindo almas impiedosas.
Argamassando o edifício da renovação humana.

            Graças à profunda beleza de sua filosofia, o Espiritismo supre a alma humana de tudo quanto ela precisa para sustentar-se, nos labores evolutivos, esclarecendo e consolando, porque, sem o conhecimento das motivações do sofrimento, com suas origens, via de regra no passado; sem o entendimento pelo raciocínio, da destinação da Terra -TERRA-ESCOLA, TERRA-TEMPLO, TERRA-OFICINA; sem a compreensão dos altos objetivos do sofrimento regenerador, por crise salutar ao Espírito Eterno, eis que conducente à felicidade, com o resgate depurador; enfim, sem essas noções filosóficas, profundas e ao mesmo tempo acessíveis, a consolação seria de superfície, sem nenhuma dúvida piedosa, mas, na verdade, inconsistente, como o esclarecimento teria a vacuidade das coisas transitórias.

            Hoje, como ontem, pelo desdobramento possibilitado pela obra realmente evangelizadora de Emmanuel e seus iluminados companheiros do Mundo Invisível, vai o homem, quando sofre, compreendendo a função renovadora da dor.

            Que o resgate é justo, como reflexo de ações pretéritas.

            Que gloriosas foram as portas abertas pelo conhecimento espírita, conhecimento que abrange o passado, opera no presente e descortina as paisagens do futuro.

            O Espiritismo oferece ao espírito humano os horizontes do porvir, concitando-o, sobretudo, a inabalável fé na Providência Divina, na Presença de Deus em nossa caminhada, desde o primeiro instante, em recuados milênios de milênios, dando-nos, outrossim, aquela certeza de que os sofrimentos do mundo, criados exclusivamente pela invigilância humana, em todos os tempos, nada representam, apesar de suas características dolorosas e incômodas, ante os esplêndidos panoramas que vislumbraremos na vitória do Amanhã.

            Renovando as palavras de "O Evangelho segundo o Espiritismo", a literatura mediúnica de nossos dias revigora os conceitos de amor e fraternidade, de cultura e sentimento, que o Cristo estabeleceu e que Kardec complementou, com o concurso e supervisão dos Espíritos.

            O Cristo da Galileia plantou, no solo da Palestina, a semente de luz, simbolizada em o Novo Testamento, revivendo-a Kardec, na França, em "O Evangelho segundo o Espiritismo."

            O Novo Testamento e "O Evangelho segundo o Espiritismo" refulgem, gloriosos, em nossos dias, na opulenta literatura mediúnica que se iniciou em Pedro Leopoldo, em 8 de Junho de 1927, e tem prosseguimento, em requintes de fidelidade doutrinário-evangélica, nas missionárias mãos de Francisco Cândido Xavier.

            O Evangelho é livro perene. Jamais perderá sua atualidade.

            Seu conteúdo moral resume o próprio pensamento de Jesus. Opulenta-se, hoje, nas milhares de mensagens que nos falam de Sabedoria e Amor, Cultura e Sentimento.

            O “livro-coração” dá-nos, de permeio, com o reconforto nas horas menos tranquilas, o conhecimento das coisas. A explicação sensata e lógica, de onde viemos e para onde iremos. Do que somos. É nos incentivo para que empreguemos o máximo esforço na construção do bem, no cenário bem controvertido da Terra, com diversidades aparentemente inexplicáveis.


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