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domingo, 13 de setembro de 2015

Jovens e Adultos



             No momento atual do mundo, quando se repetem por todos os recantos os impositivos de revisão do tratamento em favor da juventude, é razoável se aplique o mesmo critério para a madureza.

            Nem conceituação de irresponsabilidade para os jovens.

            Nem alegação de inutilidade para os adultos.

            Em se corporificando na Terra, o Espírito inicia uma viagem que vale por estágio educativo; e, num estágio educativo, todas as fases são importantes.

            Ninguém conquista certificado de competência numa faculdade de ensino superior, sem haver passado nas letras primárias, e ninguém consegue caminho seguro em semelhante iniciação sem apoio naqueles que amadureceram na escola da experiência.

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            Os jovens pedem a liberdade de crer em sua própria capacidade de realização.

            Os adultos devem acreditar em sua capacidade própria de valorizar e aperfeiçoar as realizações da vida.

            Na esfera do acatamento reciproco, os jovens podem criar campanhas de ação construtiva e os adultos precisam estabelecer campanhas contra a inação destrutiva, na qual muitos deles se põem a esperar improdutivamente a morte do corpo físico, qual se houvessem perdido a possibilidade e a obrigação de trabalhar.

            Os jovens podem improvisar a formação de novos padrões para a existência e os adultos são naturalmente chamados a selecioná-los para que se conservem os que se mostrem bons, - tudo isso nas bases do respeito mútuo.

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            Não vemos qualquer conflito mais grave agora que noutras épocas, entre os mais moços e os menos moços.

            O que existe é o anseio da juventude no sentido de se edificar segundo a sua própria vocação, tanto quanto anotamos na madureza a necessidade de aproveitar, com mais segurança e com espírito mais amplo de reconhecimento a Deus, os benefícios que a Providência Divina lhe propicia, através da ciência humana, a fim de proteger o veículo físico e salvaguardar a alegria de viver, com vistas à permanência, tanto quanto possível, mais longa e mais útil nos quadros de serviço terrestre.

            Concluindo, reconhecemos que tão livre e robusta é a mocidade para zelar, disciplinadamente, pelos seus próprios interesses, quanto robusta e livre é a madureza para defender a sua própria felicidade, pela aceitação da lei do trabalho que nos cabe a todos, em qualquer lugar, tempo, circunstância e condição, desde que se mostre agindo ponderadamente.

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            E, com relação a jovens e adultos que se transviam, desertando dos compromissos que assumem ou caindo no desrespeito à própria consciência, isso é outro problema, que não interfere com os nossos estudos, em torno da evolução.

Jovens e Adultos
Emmanuel por Chico Xavier

Brasil Espírita / Reformador (FEB), Agosto 1971

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