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sábado, 4 de abril de 2020

Surto do Espiritismo



Surto do Espiritismo
Arlindo Collaço
Reformador (FEB) 3 Outubro 1929

            Com justa razão se pode dizer que a melhor e maior propaganda do Espiritismo é feita pelos fatos.

            A sua enorme extensão pode ser explicada pela circunstância de nenhuma outra religião ter produzido fatos semelhantes aos seus, no terreno das curas e dos fenômenos psíquicos que são os seus predicados e o meio de sua dupla difusão, patrocinada pelos invisíveis.

            Os fatos estão bem registrados por sábios eminentes.

            Já não é justo duvidar-se de que o Espiritismo se propaga quotidianamente, tanto nas classes incultas, onde predominam a inteligência simples e retas, como nas elevadas, onde existem os homens de maior cultura.

            Pelo crescente número de adeptos todo os dias ingressados em seu campo, pode dizer-se, sem temor de contradita, que cada um deles vem do catolicismo (quase sempre); portanto, é um de menos nesse campo.

            Sem dogmas, sem ritos, porém com o braço forte dos fatos, à nova doutrina vem altissonante trazer o seu penhor de verdade à humanidade já cansada de tantas crenças caducas,

            Acaba agora de entrar nos arraiais das academias, com grande êxito, de lá vicejando pelo mundo, qual flor olorosa sobre as ruínas do materialismo agonizante.

            É maravilhoso, nesta época, ver o seu rápido progresso não obstante a coação, de um lado, dos semi sábios (isto é, dos de pouca ciência) dos quais o mundo atual é composto, e, do outro lado, a forte corrente dos interesses pecuniários em ação.

            Nada é mais impressionante; os dois gladiadores estão na arena, de gládio em punho. A quem caberá vitória? Não há dúvida: a verdade triunfa sempre.

            Os Victor Hugo, os Vacquerie, os Michelet hão de vir.

            Alerta! Alerta, pois, espíritas, mãos à charrua, sem olhar para trás. O futuro aí vem e com ele a vitória da doutrina de que A. Kardec for o missionário.

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